Meio ambiente e sobrevivência humana

Escrevi ontem, e achei que o assunto irá animá-lo um pouco mais a seguir sua vocação. Bj.

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O ATUAL MODELO DE DESENVOLVIMENTO E A SOBREVIVÊNCIA HUMANA

Assunto recorrente nos últimos anos, as discussões sobre aquecimento global e a possível escassez futura dos recursos naturais, são preocupações legítimas e inquestionáveis, mas empobrecidas quanto se atêm apenas às questões ambientais para conceituar esta palavra tão em uso nesses nossos dias: SUSTENTABILIDADE. 
O que é sustentabilidade, afinal? Vamos pensar um pouco a respeito, para sairmos dos padrões de repetição, e tentarmos entender o aspecto muito mais abrangente do termo mais usado nos últimos tempos?
A sustentabilidade está amplamente associada a processos que podem se manter e serem melhorados ao longo do tempo e, ao contrário, a insustentabilidade, a processos que se esgotam. E quando falamos em processos, não podemos restringi-los a questões ambientais. Aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos, são, também, fundamentais. 
Dados científicos nos mostram, a todo o momento, que o modelo de desenvolvimento atual não só é insustentável, como ameaça a nossa sobrevivência. Teorias da conspiração à parte, podemos observar claramente esse processo destrutivo, se prestarmos atenção às ações que se tornam cada dia mais corriqueiras, porque impensadas, e que são o contrassenso do termo “sustentável”.
Pra ficarmos em poucos exemplos: violência, desigualdade social, corrupção, caos educacional, autoritarismo, desemprego, poluição, trânsito caótico, individualismo, descaso com idosos, deficientes e crianças, consumo irresponsável e desenfreado, descarte inapropriado de lixo – eis a INSUSTENTABILIDADE. 
Podemos apreender então, partindo do pressuposto que entendemos que SER SUSTENTÁVEL não se restringe às questões ambientais, que ações como: reciclar e evitar desperdícios, diálogo em contraponto à violência na solução de problemas, ética pautando nosso dia-a-dia, educação de qualidade, justiça social, Democracia, trabalho digno para todos, transporte coletivo decente e bicicletas, solidariedade – compõem o conjunto de ações que realmente nos tornaria uma sociedade sustentável – sociedade pautada por processos que podem manter-se e serem melhorados ao longo do tempo.
Nosso atual modelo de desenvolvimento, o INSUSTENTÁVEL, está nos colocando, a todos nós, hóspedes deste lindo Planeta Azul, no papel de destruidores de nossa própria casa! As provas disso são tão abundantes, que chocam. Metade das florestas do planeta, extintas. É o planeta funcionando com metade dos pulmões. Quantidades surreais de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa, provocando aquecimento global e instabilidades climáticas que já podemos sentir em nosso dia-a-dia. Solo sendo desertificado, diminuindo, à passos largos, a capacidade de produção de alimentos. Uma quantidade assustadora de espécies de plantas e animais, simplesmente desaparecendo do planeta, em decorrência de atividades humanas.
Transformamos-nos numa sociedade planetária nababesca e absurdamente desigual. A concentração de renda nas mãos de 3% de bilionários e trilhardários, enquanto metade da população sobrevive com quase nada e uma parcela escandalosa desta população, ainda hoje, em pleno século XXI, morre de fome. 
É fato que o cenário é extremamente preocupante. É urgente que haja uma conscientização, global, da necessidade de adotarmos um modelo de desenvolvimento sustentável. E a resposta pra tudo isso, cabe a nós, mal acostumados habitantes deste lindo Planeta Azul. 

Rose Marin, desenvolve projetos de educação e conscientização ambiental, para crianças e jovens, da pré-escola, ensino fundamental I e II ao ensino médio, através do cinema itinerante, 4 e 5D.

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