Os Aparelhos Ideológicos do Estado

Os Aparelhos Ideológicos do Estado

        Para Althusser, é apontado que os clássicos do marxismo compreendiam o Estado como uma realidade mais complexa, em que eles reconheciam essa complexidade, mas não exprimiram em uma teoria que fosse correspondente. Sendo assim o autor tenta esquematizar uma teoria que é corresponde e que seja compreensível ao leitor o “poder do Estado” e “aparelho de Estado”. E para isso ele apresenta no capitulo dois pontos importantes que serão discutidos ao longo do texto, que são eles, “Aparelho (repressivo)” e Aparelhos Ideológicos de Estado.

        A primeira definição que o autor busca enfatizar e o que distingue um ponto do outro, é que na teoria o Aparelho Repressivo seria compreendido pela questão do funcionamento da violência, ou seja, são aquelas instituições que buscam repreender ou limitar atos que forem gerar a violência. Exemplos desses tipos de instituições são: exércitos, polícias, tribunais, prisões entre outros. E quanto à definição de Aparelhos Ideológicos de Estado, ele difere nos tipos de instituições, que a tal, busca exercer as suas funções pela ideologia, no entanto ficam evidentes que o que distingue os tipos de Aparelhos de Estado citados, são os tipos de instituições que cada um se encabe e para que, cada uma tem o propósito.

        Althusser, ainda ressalta que mesmo com as distinções de cada Aparelho de Estado, sendo ele repressivo ou ideológico, ambos funcionam simultaneamente pela violência e pela ideologia, mas com um aspecto muito importante, para que não haja confusão entre cada Aparelho de estado. Portanto é enfatizado que o Aparelho (repressivo) de Estado tem o intuito de funcionar de maneira explicita pela repressão, inclusive fisicamente, e mesmo assim também funciona com a ideologia, o autor exemplifica isso com as instituições que são repressivas, mas que utilizam mesmo que seja secundariamente a ideologia para assegurar a própria coesão. Do mesmo modo, os Aparelhos Ideológicos de Estado que são prevalecidos pela a ideologia, também funcionam secundariamente pela repressão, mesmo que seja no limite, mas não trabalham apenas com a ideologia.

        Sendo assim fica evidente que não existe um aparelho, que seja puramente ideológico. Exemplificando essa afirmação, podem ser destacados os tipos de instituições que deveriam utilizar apenas da ideologia para o seu funcionamento e acabam utilizando da repressão, para não se estender em todas as que funcionam dessa maneira, serão destacados apenas duas que são também citadas pelo o autor, são elas, a igreja e a escola. Que ambas educam utilizando métodos que excluem e selecionam, no entanto acabam fugindo da proposta de ideologia.

        O autor faz observações para instigar a imaginação e o lado crítico do leitor, no aspecto que diz se realmente os Aparelhos Ideológicos de Estado funcionam de maneira massivamente em que prevalece a ideologia.

E assim o poder do Estado, está vinculado com os Aparelhos Ideológicos, sendo que a classe dominante também influencia nesses aparelhos, sobretudo evidenciam o domínio que o Estado exerce com esses aparelhos, ou seja, existe sim uma ideologia, mas essa sempre esta junto com a repressão com o interesse de ambas as partes (classe dominante e Estado). Os Aparelhos Ideológicos de Estado são compostos por instituições que fazem ser prevalecidos como ideológico , mas acaba sendo contraditório pelo fato de utilizar meios que repreendem, excluem e selecionam. No entanto funciona duplamente como um aparelho ideológico e como um poder de força repressiva. É constituído de forma que assegura os interesses da classe dominante para a classe dominada.