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PRODUÇÃO NO SÃO FRANCISCO, FATORES

Por:   •  14/5/2019  •  Ensaio  •  1.985 Palavras (8 Páginas)  •  169 Visualizações

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NORDESTE

  1. PRODUÇÃO NO SÃO FRANCISCO, FATORES

A produção de alimentos no semiárido nordestino, ao longo dos anos, passou por dificuldades, devido, principalmente, a níveis baixos de pluviometria, o que ocasiona escassez de água nessa região. Com a modernização do processo produtivo estabelecido pela irrigação, a produção frutícola tornou-se a atividade econômica com maior dinâmica no Nordeste, especificamente no polo Petrolina/PE-Juazeiro/BA, Dessa forma, a produção agropecuária regional tem direcionado seus produtos ao mercado externo. Isso ocorre, por exemplo, na fruticultura de Petrolina. Além disso, o abastecimento de água por meio dos avanços tecnológicos, com utilização de sistema de irrigação moderno, possibilita extinguir choques aleatórios, como as estiagens (BNB, 2014). polo de desenvolvimento Petrolina-Juazeiro como um importante centro produtivo da fruticultura, iniciado com a implantação do perímetro de irrigação no início da década de sessenta. O setor público é o responsável por distribuir terra intensiva em áreas de baixa densidade demográfica, além de propiciar empreendimentos agrícolas agroindustriais. O polo de Petrolina-Juazeiro é conhecido por ter sediado projetos pioneiros de irrigação, configurando um dos maiores perímetros públicos irrigados no Brasil. O Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho foi o maior desses projetos, propiciando o cultivo de frutas tropicais em uma região semiárida. Por outro lado, o Governo Federal também destinou investimentos nessa região, que foram gerenciados pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf)1 , o que proporcionou indiretamente a formação de investimento privado e criou organizações não governamentais Os frutos cultivados e escoados nos mercados nacional e internacional são: banana, coco-da- -baía, goiaba, limão, mamão, manga, maracujá, melancia, melão e uva. Isso, devido à elevada rentabilidade desses produtos. Na presente pesquisa, as culturas analisadas serão2 : banana, coco, manga, goiaba, uva, maracujá e o caju, No ano de 1968, a Codevasf implantou o Projeto Bebedouro, que foi pioneiro em irrigação no Nordeste, Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho (PISNC), calcula- -se em R$ 340,52 milhões. Este é considerado o maior perímetro irrigado do Brasil e foi dividido em dois projetos: Nilo Coelho e Maria Tereza, iniciados em 1984 e 1996

O  crescimento  destas  áreas  está  relacionado  com  a  instalação  de  grandes empresas  nesta  região,  com  o  objetivo  de  valorizar  o  seu  capital.  Em  matéria vinculada ao Jornal Gazeta Mercantil, com o título: “Fruticultura  atrai  investidores para  o  semi-árido”, pode-se  perceber  como  o Estadoaparelhou  a  região  para  que uma determinada lógica de produção se prevalecesse.Terras  baratas,  novas  variedades  de  frutas  e  a  ampliação  do  aeroporto  de Petrolina  estão  tornando  o  Vale  do  São  Francisco  mais  atraente  aos  olhos do  agribusiness  mundial.  A  região,  que  é  favorecida  pelo  clima  seco,  água de  boa  qualidade,  solos  profundos  e  férteis,  vem  atraindo  investidores  de várias  partes  do  mundo.  Só  no  eixo  de  Juazeiro  (BA)  e  Petrolina  (PE)  são movimentados US$ 400 milhões ao ano em hortifrutis no mercado interno. A rede  francesa  Carrefour  tem  investimentos  de  R$  25  milhões  na  região

  1. A CODEVASF

A Codevasf é uma empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional que promove o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim com a utilização sustentável dos recursos naturais e estruturação de atividades produtivas para a inclusão econômica e social. A empresa mobiliza investimentos públicos para a construção de obras de infraestrutura, particularmente para a implantação de projetos de irrigação e de aproveitamento racional dos recursos hídricos. É reconhecida principalmente pela implantação de polos de irrigação, a exemplo do Polo Petrolina–Juazeiro.

  1. PRODUÇÃO DE SOJA NO PIAUI

O cultivo e expansão da soja surgiram com o programa de pesquisa voltado para essa cultura por meio da Estação Experimental Apolônio Sales, do Ministério de Agricultura, juntamente com ajuda financeira de outras parcerias (SILVA, SOARES e MADALENA, 2014). Essa forma de expansão deveu-se, em grande parte, a três fatores: (1) mercado favorável; (2) políticas agrícolas de incentivo ao complexo agroindustrial nacional; (3) desenvolvimento e estabelecimento de uma ampla cadeia produtiva compreendendo desde a produção interna voltada para a exportação do produto bruto até a transformação voltada à indústria esmagadora, A cidade responsável pelos altos índices de produção é Uruçuí, localizada no sul do estado, onde o cerrado é predominante e existe uma das sedes da empresa Bunge Alimentos, Um dos fatores preponderantes para a oleaginosa ser tão produzida é sua importância para a alimentação e entre os subprodutos destacam-se o óleo e o farelo da soja. O óleo da soja é utilizado tanto para o consumo humano como pode ser ingrediente de massas, chocolates, margarina e temperos. Já o farelo é usado para o consumo animal, servindo como ração na pecuária (LIMA, 2013). De acordo com o mesmo autor, isto permitiu a oferta crescente de modernas tecnologias de produção, associadas ao melhoramento vegetal, produção de sementes, trabalhabilidade do solo e controle de pragas e doenças, dentre outros. Registrou-se que o Piauí apresentava a maior taxa anual de desmatamento, com 1,1% e os municípios piauienses: Baixa Grande do Ribeiro e Uruçuí lideraram as perdas, pois juntos totalizaram 7,5% de redução do cerrado local em tal período, ambas para o cultivo da soja

  1. CEARA COMO PRODUTOR DE FOSFATO E URANIO

A Usina de Itataia é um empreendimento avaliado em US$ 375 milhões, que fica localizado no  município de Santa Quitéria (Sertão Central) e produzirá fosfato e urânio. O fosfato, com previsão de 240 mil toneladas anuais, será utilizado para fertilizantes (o Brasil importa 90% do total consumido). O urânio, com produção estimada em 1.600 toneladas anuais, será utilizado pela usina nuclear Angra III. Itataia concentra a maior jazida de urânio do País. Projeto de Mineração de Urânio e Fosfato também prevê utilizar 1 milhão e 100 mil litros de água por hora e, em seus 20 anos de vida útil, e pretende uma barragem de rejeitos na região. Um parecer do IBAMA fala que o Projeto Santa Quitéria deixará pilhas e barragem de rejeitos com mais de 29 milhões de toneladas de metros cúbicos, material radioativo que será espalhado pelo estado e provocará a contaminação das águas, da vegetação, do solo e dos alimentos. Apresenta, ainda, as diferentes pesquisas que indicam a relação entre exploração de urânio e aumento dos casos de câncer, assim, arquivando o projeto.

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