Sociedade do espetáculo
Por: Lucas Gomes • 20/5/2015 • Projeto de pesquisa • 2.865 Palavras (12 Páginas) • 199 Visualizações
E.E. Dr. Alfredo Pujol
A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
Trabalho a apresentar
Para o Professor Leonardo
Da matéria de Geografia.
Nome:
Lucas Gomes Leite / Nº30
Gustavo Cabral / Nº 17
Rawan / Nº 36
José Fabiano / Nº 23
Leonardo Gomes / Nº 27
João Victor Mello / Nº 21
Ygor Louzada / Nº 42
Pindamonhangaba-SP
16/04/2015
Introdução
Um dos principais equívocos sobre a sociedade contemporânea é o argumento de que o conjunto dos meios de comunicação, a mídia, é a instituição social mais poderosa. Faz parte desses argumentos expressões problemáticas como “sociedade midiatizada”, “cultura da mídia” etc. Antes de tudo, é preciso distinguir quais meios de comunicação possuem poder e que tipo de poder exercem.
O conceito de “indústria cultural”, ainda que tenha sido criado por Adorno e Horkheimer na primeira metade do século passado, explica muito melhor a atuação dos meios de comunicação do que o termo “mídia”, pois destaca a dimensão econômica da comunicação. Adorno e Horkheimer, no livro Dialético do Esclarecimento publicado em 1947, já indicavam que os conglomerados empresariais que atuam na comunicação são fundamentais para a existência da sociedade capitalista, mas que seu poder depende do poder dos conglomerados empresariais de modo geral.
A própria expressão “sociedade do espetáculo” pode dar margem a interpretações equivocadas, se for entendida como o poder que as imagens exercem na sociedade contemporânea. É certo que Guy Debord, o criador do conceito de “sociedade do espetáculo”, definiu o espetáculo como o conjunto das relações sociais mediadas pelas imagens. Mas ele também deixou claro que é impossível a separação entre essas relações sociais e as relações de produção e consumo de mercadorias. A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, quando há uma interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra perfeitamente bem o que Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens.
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O poder da mídia sobre a sociedade
A mídia possui uma grande força e isto fica mais nítido quando ela passa a passar uma ideia ou mesmo um ponto de vista já formado sobre determinado assunto. Quando fazemos referência a mídia estamos nos referindo à todas as suas formas de veiculação, seja ela falada, escrita, televisada e até aquela feita pelos meios virtuais e outros meios que sejam possíveis.
Um das criticas a mídia é: até que ponto a mídia deve atuar e quais os seus limites em um Estado verdadeiramente democrático?
A causa deste questionamento consiste no fato de que a sociedade não passa de massa de manobra na mão da mídia utilizada toda vez que o apoio social é visto como preponderante para uma questão específica.
Em classes de menor poderio econômico, ou seja, em classes mais pobres o poder da mídia tem mais força, pois sempre que determinado assunto carecer do apoio social, e claro, havendo reciprocidade entre a mídia e os privilegiados com a ação, a sociedade passa a ser bombardeada com notícias, reportagem, propagandas e até publicidades, que possuem o mesmo objetivo, qual seja, conseguir o apoio da sociedade. Notória toda essa influência e persuasão que ela possui principalmente na parte mais pobre da sociedade, vez que esta, formada na sua maioria por pessoas com pouca instrução, acaba tomando como verdade absoluta tudo que é veiculado, justamente por não possuírem meios e ou condições de discordar daquilo que é dito.
Muitas notícias veiculadas principalmente as relacionadas com o universo jurídico, estão, quase sempre, dissonantes daquilo que realmente é, ou seja, da verdade. Muitos fatos transmitidos, principalmente na TV, não possuem qualquer relação com o que de fato são, e isso ocorre simplesmente porque a verdade em muitos momentos “não é um bom negócio”, isto é, não vende notícia e não dá ibope, por essa razão ela acaba sendo passada, digamos, de uma forma mais interessante.
Se no processo judicial estamos acostumados com o contraditório e a ampla defesa, o mesmo não pode ser dito das notícias veiculadas na mídia, posto que na grande maioria das vezes aquilo que é posto em forma de notícia não se direciona simplesmente para informar ou mesmo possibilitar que as pessoas tenham condições de formar suas próprias convicções, muito pelo contrário, da forma que tem sido feito, todo aquele que lê, assiste ou ouve determinada notícia esta muito mais propício a seguir a opinião apresentada e defendida do que propriamente formar sua própria.
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Internacional Situacionista
Em 1960 é lançado o Manifesto da Internacional Situacionista, organizado por um grupo de jovens franceses dotados de uma autodenominada "ideologia marginal".
A Internacional Situacionista surgiu a partir de uma fusão de grupos, entre eles o COBRA, os Psicogeográficos, e o MIBI (ou Movimento Internacional para uma Bauhaus Imaginista), este último encabeçado por Asger Jorn, além de artistas como Pinot Gallizio (químico convertido em industrial e pintor que realizou desenhos a partir das "máquinas de pintar", rolos de tela pintados com pistolas e resina, feitas com o intuito de cobrir grandes extensões da cidade). No geral, dentre as atividades da Internacional Situacionista reuniam-se obras das mais distintas mídias e formatos, fruto do trabalho de: artistas, urbanistas, escritores, cineastas e poetas.
Guy Debord, líder ideológico do movimento, assumia nitidamente uma postura "contra-cultural" numa época por ele denominada de "sociedade do espetáculo". Recusava-se a entrar no enquadramento rígido e homogeneizante sugerido pelos conceitos de "usuários-tipo", definição esta surgida no Estilo Internacional e difundida principalmente dentre os arquitetos do Movimento Moderno. Quanto à situação social vigente, dirigiam incisivas críticas para o "efeito retardam-te de uma estrutura econômica opressora que exclui os usos de efeitos afetivos". Questionavam o papel da produção cultural na cultura consumista do pós-guerra, posicionando-se assim como um grupo de dupla identidade estética e política. Destinavam fortes críticas para a "pasteurização da vida cotidiana", em meio a qual os usuários encontravam-se "embutidos nas fórmulas de uso".
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