A alienação educacional brasileira
Por: Hemilio Hortolani Boldrin • 27/9/2015 • Artigo • 471 Palavras (2 Páginas) • 434 Visualizações
A alienação educacional brasileira.
Hemilio Hortolani Boldrin*
A história da educação do Brasil mostra que desde o período colonial a educação escolar tem objetivo de controle social. E essa realidade, esta hoje, sendo mudada nas ruas, o controle da educação não pertence à aristocracia política do país. A educação é um direito de todos, e é por ela que constitui cidadãos engajados nos problemas sociais.
A história nos mostra que os jesuítas, trazidos ao Brasil pelos colonizadores, vieram com a finalidade de “instruir” a população indígena e os filhos dos colonos, e também defender os interesses políticos da metrópole.
O processo educacional dos jesuítas transformou-se numa força ameaçadora no campo político e social de domínio do senhor de engenho. Causando desconforto ao governo português, destituindo assim, o domínio jesuíta na colônia.
Com Marques de Pombal surge o ensino publico patrocinado pelo Estado, visando mudanças no Brasil com o objetivo de adaptá-lo aos interesses políticos de Portugal.
A chegada da nobreza no Brasil foi decretada reforma no sistema educacional. Surgem novas ideias no contexto educacional, como a liberdade de ensino. Contudo, as reformas não partiram de uma realidade das instituições existentes, foi adotado um modelo importado, de interesse burguês.
No período republicano a reforma educacional, apesar de uma visão positivista, não tinha uma pauta estabelecida, sendo assim, não conseguindo se adequar as novas tendências sócias do Brasil da época. A tendência mercantilista exercia forte influência, a questão não era o aprender ou ensinar, o objetivo da formação escolar era único e exclusivo para obter lucro.
As ideologias de combater o monopólio do ensino não foi o objetivo na Republica Nova pelo Estado. A ideia resume-se na formação eficiente da elite, que teria a função de conduzir as massas, ou seja, o povo passivo. Houve um retrocesso, fica evidente nesse período o modelo nazifascista, a promoção do desenvolvimento econômico sem modificação da ordem social.
Diante desses fatos, fica-se clara a alienação que o sistema de ensino tem com interesses políticos e econômicos deste país. A liberdade, a independência educacional fica restrita aos interesses de uma esfera da sociedade aristocrática e burguesa, que ainda persiste na sociedade brasileira.
Hoje fica evidente que quando a massa oprimida toma por si o direito de voz ativa nas decisões políticas, ela faz valer seus direitos e promove mudanças. Portanto, basta aos profissionais da educação tornar o sistema educacional promotor de uma sociedade integradora, inclusiva, desalienada dos interesses de uma classe social especifica.
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