A confederação do equador
Por: Andre Pedroni • 24/11/2015 • Artigo • 359 Palavras (2 Páginas) • 512 Visualizações
A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário que contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais. Ocorreu no Nordeste do Brasil durante o período imperial, em 1824. Começou como uma reação à Constituição outorgada por dom Pedro I no mesmo ano, que mantinha o Brasil preso aos portugueses.
Iniciou em Pernambuco ese alastrou rapidamente para outras lugares, como Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Ficou conhecido por esse nome, Confederação do Equador, devido à proximidade da região do conflito com a linha do equador.
Do final do século XVII até o início do século XIX, período também conhecido como “era das revoluções”, ocorreram na Europa profundas mudanças políticas, econômicas e culturais. Essas mudanças foram sentidas em outras partes do mundo, e também no Brasil. Em um contexto mais amplo, a Confederação do Equador foi um reflexo dessas mudanças.
Causas principais
- Forte descontentamento com centralização política imposta por D. Pedro I, presente na Constituição de 1824;
- Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após a independência;
- A elite de Pernambuco havia escolhido um governador para a província: Manuel Carvalho Pais de Andrade. Porém, em 1824, D.Pedro I indicou um governador de sua confiança para a província: Francisco Paes Barreto. Este conflito político foi o estopim da revolta.
Objetivos da revolta
- Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Constituição de caráter liberal;
- Diminuir a influência do governo federal nos assuntos políticos regionais;
- Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;
- Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo central imperial;
- Formação de um governo independente na região.
Reação do governo e fim do movimento
Sob o comando do almirante britânico Thomas Cochrane, as forças militares do império atuaram com rapidez e força para colocar fim ao movimento emancipacionista. Um dos principais líderes, Frei Caneca, foi condenado ao fuzilamento. Padre Mororó, outra importante liderança, foi executado a tiros. Outros foram condenados à prisão como foi o caso do jornalista Cipriano Barata. Muitos revoltosos fugiram para o sertão e tentaram manter o movimento vivo, porém o movimento perdeu força no mesmo ano que começou.
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