TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

AS BRUXAS AO LONGO DA HISTORIA

Por:   •  22/2/2016  •  Resenha  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  433 Visualizações

Página 1 de 4

ALINE DE FÁTIMA AMADEU

AS BRUXAS AO LONGO DA HISTÓRIA:

Trabalho de História apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de História Moderna, Povo, Cultura e Religião, História do Brasil Colonial, Cultura e Sociedade na Modernidade, Seminário da Prática IV.

Orientador: Prof. Fabiane Taís Muzardo, Wilson Sanches, Gleiton Luis de Lima, Fabiane Luzia Menezes Santos, Bernadete de Lourdes Streisky Strang

Itapetininga

2014

O objetivo desta resenha é analisar o ensaio de Paola Basso Menna Gomes Zordan, Doutora e Mestre em educação pela UFRGS, atua como professora permanente do programa de Pós-Graduação em Educação, intitulado Bruxas: figuras de poder. Este ensaio foi publicado a revista Estudos Feministas, um periódico de publicação quadrimestral tendo como objetivo divulgar cientificamente textos originais sob a forma de artigos, ensaios e resenhas. O propósito da autora é analisar o que as mulheres representavam na imaginação popular sendo consideradas “bruxas”, por serem diferentes, a visão da igreja dos homens sobre elas e seu medo em relação a tais mulheres. O ensaio analisa duas visões: a de Jules Michelet, historiador francês que em seu livro, A Feiticeira, fala da condição feminina, daquelas que eram chamadas de bruxas e feiticeiras, sendo encerradas em conventos, enterradas vivas ou mesmo queimadas vivas nas fogueiras onde construiu uma imagem romântica e martirizada da bruxa. Outra visão é dos inquisidores do século XV, o Malleus Maleficarum, publicado primeiramente na Alemanha em 1487, posteriormente, novas edições por toda Europa, um manual considerado demoníaco e cruel que por muitos séculos onde o calor das fogueiras, crueldade e castigos foram realizados em nome de Deus.

No imaginário do homem, as bruxas sempre estavam presentes explorando paradigmas para representação e concepção do que seria o bem e o mal. Ambígua, a bruxa pode ser uma velha encarquilhada, sentada em vassouras voadoras com uma verruga no nariz, gargalhadas assustadoras, estereótipo para filmes e desenhos animados, ou ainda, uma bela jovem sedutora, mulher sábia, “fêmea inebriante”.

Relevante a intenção da autora, dando ênfase ao titulo, ao abordar a bruxa como figuras de poder, da qual era um modo de enxergar a mulher, corroborando com a afirmação de Campbell (1959), “a força mágica e misteriosa da fêmea era tão maravilhosa quanto o próprio universo, e isto atribui à mulher um poder prodigioso”, e foi através do cristianismo que essa expressão de poder da mulher era a representação de todo o mal, o que culminou em punição, visto esse poder pertencer somente à igreja, constituindo uma afronta a esta. Como “colaboradora de satã”, e desde os primórdios já era considerada pecadora original por causa da desobediência da primeira mulher.

Outro ponto que a autora aborda embora que de forma superficial e merece um destaque especial é sobre o livro Malleus Maleficacum, escrito pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, um livro assustador e que muito contribuiu para a execração da mulher e que reflete até os dias de hoje. Para esses inquisidores todas as bruxas faziam um pacto com o Diabo, e todas elas dedicavam-se de corpo e alma a prática do mal. No Malleus Malefirum, fica claro, que se alguma bruxa operou algum prodígio sem a ajuda do Diabo, certamente foi porque serviu como instrumento para que Deus realizasse alguma

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.7 Kb)   pdf (71.2 Kb)   docx (11.3 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com