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Filme Matrix relacionado à Hannah Arendt

Por:   •  21/6/2017  •  Dissertação  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  550 Visualizações

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O objetivo deste trabalho acadêmico é traçar um paralelo entre as teorias desenvolvidas pela filosofa alemã, Hannah Arendt com base em seu livro “As Origens do totalitarismo” (1951) e o filme “Matrix” (1999/2003), dirigido pelas irmãs Lana Wachowski e Andy Wachowski. A escassez de mulheres tanto na filosofia, quando na direção cinematográfica, áreas predominantemente masculinas, instiga a elaboração de um ensaio utilizando suas obras como fontes, mesmo que o enfoque do projeto não seja sobre elas, deixo explicito neste primeiro parágrafo a admiração pelas mentes pensantes e sobretudo brilhantes; se inserir no núcleo de dois universos hostis para com as mulheres e ainda que poucas tenham conseguido o reconhecimento que merecem, estamos muito bem representadas.

Hannah Arendt propõe os conceitos de poder e política, tendo como antítese conceitual a força e a violência, a autora afirma que para se obter poder político é necessário que um grupo de social entrem em um consenso, reconhecendo tal indivíduo como líder; ou seja, se o aspecto que de fato define as mãos que configurarão o poder é um comum acordo, mesmo que inconsciente ou fruto de manipulação a fim de reconhecer determinada persona como figura de poder, quaisquer manobra feita pelo poderio, que não condiz com o bem social, mas sim visando melhorias pessoais, entra na contradição “violência”.

A violência se manifesta justamente quando assentimento de um povo em relação ao que foi delimitado sobre a persona de poder é violado, a violência entra então como uma manutenção do que foi o poder, dado que ele não existe mais pois fora substituído, resultando na privação da liberdade através do uso da violência; para isso é crucial um método governamental fechado em si mesmo, ou seja, a imposição de um sistema ditador.

Relacionado a Matrix, é possível compreender a violação do poder a partir do sistema ao qual a humanidade está sujeita, privados de toda espécie de liberdade, a princípio a liberdade de escolha, a liberdade do corpo e da mente; o ápice da privação direitos se dá através da manipulação das maquinas sobre os seres humanos, pois recriam a partir de uma série de sistemas internos e mecânicos, os diferentes cenários humanos, tais como o político, o econômico, o social e o cultural. Há então a conexão mental da humanidade com a máquina e seus sistemas ilusórios, forjando a liberdade, e mantendo toda uma espécie controlada, dentro do descontrole das características sociais: Elegem seus presidentes, servem a um rei, cultuam seus deuses, investem na bolsa, possuem empregos que podem ser medíocres, ganham dinheiro, perdem dinheiro e o mais chocante, lutam e defendem suas ideologias. Uma eterna e brutal busca pelo vazio.

Enquanto que no mundo além da máquina, os poucos humanos que restaram não-alienados, estão alojados dentro de uma realidade ainda mais brusca, pois a ditadura é palpável, a luta pelo direito de poder é assídua entre o homem e a máquina.

Este ambiente se constitui, pois, há a necessidade mutua entre máquina e homem; o cenário inicial é o homem como centro, que não vive sem maquinas, até que elas tomam o poder e inicia-se uma guerra, onde a situação se inverte, pois, a máquina passa a utilizar os seres humanos, estabelecendo um regime governamental qual o poder é substituído pela violência, ignorando qualquer senso

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