O Projeto de Ensino
Por: edirsilva • 23/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.716 Palavras (7 Páginas) • 193 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Desde o seu nascimento, todo ser humano convive com pessoas diferentes entre si e realiza muitas descobertas com essas pessoas e no meio social no qual está inserido. A vida de cada ser humano é uma história que se constrói a cada momento de sua vida, e todos nós somos criadores da nossa própria historicidade.
Conhecer um pouco mais sobre a história do Brasil é uma boa forma de adquirirmos conhecimento acadêmico e nos colocarmos a par das mudanças ocorridas com o passar dos tempos em nosso país.
Vamos aqui, nos atermos no período histórico que relata sobre o processo de independência do Brasil, colocando em evidência os fatos mais importantes da história nessa época.
O filme Carlota Joaquina: Princesa do Brasil, (1995), e o Hino da Independência, serão usados para análise do conteúdo.
2 JUSTIFICATIVA
Concebendo história como a ciência que busca compreender as transformações das sociedades humanas no tempo, o estudo da história do Brasil deve possibilitar e facilitar a todo e qualquer cidadão brasileiro, construir um conhecimento reflexivo e crítico do seu país, pensando historicamente a sociedade em que está inserido e compreendendo a realidade, não se ocupando somente com o passado, mas do entendimento do presente, tendo como ponto de referência o passado.
O estudo da história do Brasil deve reconstruir a ação e a interação dos homens no desenvolvimento de suas atividades, em diferentes espaços e tempos, considerando as variadas formas de organização social, num processo permanente de transformações.
A percepção da diversidade étnica e cultural entre o povo brasileiro possibilita a consideração de especificidades internas a cada sociedade, pois compreende que grupos e classes sociais se manifestam de modos diversos na linguagem, nas representações de mundo e de valores, nas relações interpessoais e no seu fazer cotidiano.
Nesse contexto, o tempo histórico é o da transformação/criação da realidade, do presente, com primazia sobre o passado, que só tem significado real, se permite a compreensão das indagações contemporâneas.
O estudo do processo de independência do Brasil, através de análise do filme Carlota Joaquina: Princesa do Brasil (1995), que fala sobre a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, facilita a compreensão de como estava nosso país no início do século XIX e como ocorreram os movimentos que culminaram com a independência do Brasil, também o Hino da Independência será utilizado nesse projeto, o que possibilita ainda, uma reflexão sobre as ações do homem em outros tempos e espaços e sobre suas relações no grupo de convívio e na coletividade, contribuindo para a conquista da cidadania.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 AS MUDANÇAS OCASIONADAS COM A VINDA DE D. JOÃO PARA O BRASIL
Portugal passava por uma situação delicada. Não queria se envolver no conflito entre Inglaterra e França.
Napoleão Bonaparte não aceitou com bons olhos a falta de posicionamento de Portugal e decidiu invadir o país, contando com o apoio das tropas espanholas (Tratado de Fontainebleu, assinado em 27 de outubro de 1807).
Sem ter como evitar ou resistir o ataque, D. João e sua corte vieram para o Brasil, protegidos no mar, pela marinha inglesa.
A saída de família real aconteceu no dia 29 de novembro de 1807, tendo chegado na Bahia foi a 22 de janeiro de 1808 e ali ficado por mais de 1 mês, quando foi para a cidade do Rio de Janeiro, instalando ali sua sede de governo.
De acordo com Norton (1979), a vinda da família real portuguesa para o Brasil foi planejada, ele declara que: “(..) abandonar a Europa para fundar no Brasil um grande império, fora, em Portugal, desde o século XVI, um plano esboçado, estudado maduramente por soberanos e estadistas, quando circunstâncias políticas tornaram periclitante a soberania continental portuguesa, ou esta foi ameaçada por estranhas tentativas de absorção fulminante”.
Gomes (2007), também afirma que: “A existência de tantos planos e tão antigos, explica porque a mudança das corte para o Brasil deu certo em 1807. Foi uma fuga, mas não tão apressada nem tão improvisada como geralmente se imagina. A decisão já havia sido tomada e analisada diversas vezes por diferentes reis, ministros e conselheiros ao longo de quase três séculos”.
Em 1815, o Brasil adquiriu autonomia administrativa, quando se tornou Reino Unido a Portugal e Algarves.
O príncipe regente D. João foi coroado D. João VI, no Rio de Janeiro em 1816, após a morte de sua mãe, D. Maria I.
Após a grande seca que acometeu Pernambuco em 1816, destruindo as plantações e causando fome no nordeste, os pernambucanos, que já estavam revoltados com o uso dos impostos altíssimos que mantinham a vida luxuosa da corte, queriam proclamar uma republica organizada de acordo com os ideais franceses de igualdade, liberdade e fraternidade. Quando D. João VI soube da revolta, condenou todos os líderes à morte. Todos os líderes do movimento foram condenados à morte.
Em agosto de 1820, na cidade do Porto, em Portugal, estourou a Revolução Liberal do Porto. Os revolucionários contavam com o apoio de vários segmentos da sociedade e conquistaram o poder em Portugal; decidiram então, elaborar uma constituição liberal que impusesse limites aos poderes de D. João VI.
D. João VI queria ficar no Brasil, mas tropas portuguesas obrigaram-no a voltar para Portugal em 26 de abril de 1821, deixando seu filho Pedro de Alcântara como príncipe regente do Brasil. E assim, rumava-se para a Independência do Brasil.
Gomes (2007), afirma que: “...o rei partia do Rio de Janeiro contra a sua vontade e sem saber exatamente o que o esperava em Portugal. Deixava para trás um país completamente mudado, que o acolhera com tanta alegria treze anos antes e no qual o processo de independência era já previsível e inevitável”.
D. João VI chegou a Portugal, tendo seus poderes limitados e as Cortes de Lisboa, que controlavam o país, objetivavam recolonizar o Brasil para resgatar o poder econômico do reino português. Para conseguirem isso, seria necessário anular duas importantes decisões de D. João, a saber: anular a abertura dos portos e a elevação do Brasil a Reino Unido, tirando-lhe assim a autonomia administrativa.
Os latifundiários da época resolveram então, se organizarem e apoiarem D. Pedro, para que ele resistisse às ordens que chegavam de Portugal, mantendo assim, a liberdade de comércio e a autonomia administrativa brasileira.
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