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Origens e Desenvolvimento da Segunda Guerra: Considerações Sobre a Querela dos Historiadores de Tullo Vigevani

Por:   •  24/10/2016  •  Dissertação  •  1.175 Palavras (5 Páginas)  •  669 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CAMPUS SANTANA DO LIVRAMENTO

Nome: Nicolás U. Ramirez Maciel                                                                        Nº 161152554

Origens e desenvolvimento da Segunda Guerra: considerações sobre a querela dos historiadores

Autor: Tullo Vigevani

Em sua obra Tullo categoriza a 2º Guerra Mundial como a querela dos historiadores ou lamentação deles, ele inicia explanando que há duas razoes para se estudar a 2º Guerra Mundial a primeira é que cada fato histórico necessita de um estudo para termos uma fonte ou um ponto de partida de pesquisa histórica. O que ocasiona em uma busca, para que tenhamos novas interpretações de se chegar ao mundo contemporâneo. E sua segunda razão abrupta mudança acarretada por ela, pois a segunda grande guerra mudou todo o sistema mundial e nos fez reconsiderar os valores sociais da época.

Vigevani aponta que a segunda guerra mundial foi decorrente de fatores sistemáticos, como os tratados de paz imposto pelos Aliados (Tríplice Entente) para com os Impérios Centrais (Tríplice Aliança) e principalmente para a Alemanha, o surgimento do partido nacional socialista da Alemanha com seus ideias de ufanismo e a chegada de Hitler à chancelaria, foram alguns dos fatores que originaram a eclosão da 2º Guerra Mundial. Ele ironiza o fato de que as guerras procuravam a civilidade ou um fim pacifico onde ambas as partes concordassem politicamente com seu desfecho. Porem muitas destas indagações não se concretizam obviamente, afinal um país busca sua soberania. Ainda que em alguns pontos do pensamento de Nolte (citado pelo autor), a guerra não teria tomado o rumo que tomou caso alguma das reivindicações da Alemanha em 1914 como a reunificação à Áustria fossem atendidas, mas obviamente são apenas colocações do autor. Alguns, em alegações da obra e dos fatos, apontam que a Alemanha estava em estado de “paranoia” por assim dizer temia o fim de sua civilização, de sua etnia germânica e ariana e uma futura desconstrução de sua identidade de patriotismo. E portanto buscavam uma redenção a procura de uma mudança benéfica para seu estado.

O autor ressalta outro ponto de Nolte, de que a literatura não deve antagonizar os objetivos da Alemanha nazista, por que a mesma buscava ferozmente abdicar suas necessidades. Ao mesmo ponto que a literatura cita vários eventos para frear o avanço da guerra e que resultaram no contrário, fizeram ambas as partes marchem em direção ao conflito.

Graças a Conferência de Munique que viria a resolver questões referentes a Tchecoslováquia, Hitler conquistou um punhado de território entre eles os Sudetos região pertencente a mesma. A Conferência de Munique foi duramente criticada pois muitos países europeus que batiam de frente com a Alemanha como a Grã Bretanha e a França aceitaram passivamente as exigências territoriais da Alemanha. O autor enfatiza a Alemanha ter se lançado a guerra, pois um pais ocidental como este deveria ser modelo em questões diplomáticas na europa ocidental e central, mas tornou-se um exemplo de barbárie a âmbito universal. E que tudo isso ocorreu graças ao advento do totalitarismo e a destruição da democracia, e por meio disso surgiram dois lados, o nacional-socialismo e o liberalismo, um desses para a Alemanha, lhe faria conquistar todos seus objetivos (baseado em citações de Arendt, Neumann, Mosse e Nolte). Mas Tullo ao final ressalta que não devemos interpretar estes fatos da segunda grande guerra de modo privilegiado, afinal estamos em vantagem pois a mesma já acabou.

Vale muito bem apontar o chamado Blitzkrieg (tática de guerra relâmpago), quando o exército alemão invadiu a Polônia, foi a chamada “ignição” da guerra. Vários foram os motivos para a invasão a Polônia, além de conquista de território (principal tática em uma guerra), foi uma resposta a negação de anexar a região de Dantzig à Alemanha.

Tullo fala que alguns historiadores ou formuladores do revisionismo histórico da Alemanha, interpretam um conceito do período entre as guerras chamado “nexo”, como já havia citado foi uma forma sistemática, de cadeias, que de alguma forma ocasionou nesse desfecho. Segundo alguns escritores (Nolte, Hillgruber, Stürmer, Hildebrand e outros) citados pelo autor, que outro exemplo de nexo logico entre guerras foi o extermínio político bolchevique que assemelha-se ao extermínio racial nacional-socialista dos alemães, porém esses acontecimentos sofrem ressalvas, pois para o ver dos Alemães esta podia ser sua única chance de sobrevivência, mas não necessariamente era. A “solução final” assim chamada por Tullo, imposta pelo exército alemão, era o extermínio ordenado da raça judia como uma forma de ação ideologicamente condicionada, como uma necessidade objetiva para derrotar seus inimigos.

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