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Política Externa: Mecanismos de Integração America Latina

Por:   •  27/5/2017  •  Abstract  •  1.470 Palavras (6 Páginas)  •  312 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS 

DISCIPLINA: Política Externa: Mecanismos de Integração America Latina

CURSO: Relações Internacionais  

Apontamento:  Carta de Jamaica – Simón Bolívar

A carta vem em pedido de compreender os objetos e aspectos da política americana, no entanto o autor reconhece a falta tanto de material quanto a dificuldade de conhecer a fundo um imenso país. Bolívar se atenta a atender as perguntas, mais reconhece que suas respostas careceriam de precisão, devido a fatos e revoluções estarem “encobertas” (retomando o argumento da falta de material de analise). A carta tem o intuito de atualizar sobre as políticas e previsões na américa meridional. Ao final conta também om predições de Bolívar sobre os caminhos de alguns países.

As barbaridades dos espanhóis cometidas no continente se tornaram fabulas (tidas como superiores a perversidade humana cometida pelos espanhóis), das quais os críticos não acreditariam se não estivessem documentadas. Neste momento, Bolívar cita Las Casas, que denunciará as “atrocidades” cometidas no continente. Em especial Las Casas expunha a dominação dos índios na região, e no final de sua vida, adquiriu caráter emancipatório dos escravos advindos da África. Bolívar deixa claro em sua carta a divisão em províncias, antes ligadas sob domínio espanhol, e agora alimentadas pelo ódio, se torna mais difíceis de reconciliar e unir. No passado havia um princípio de adesão, no presente se tem o contrário, deixando morte, desonra, gerando um temor de outra sucessiva escravização.

Assim Bolívar ressalta a questão de defesa do hemisfério, bem como suas lacunas e impactos. A província do Rio da Prata, vencendo no Alto Peru, assim disfrutando de liberdade. O reino de Chile, lutando contra a dominação, embora, o autor afirma que em vão. O Peru, que foi constantemente prejudicado pela causa do Rei, e sem dúvida, ainda ameaçado. Assim Bolívar exprime a preocupação pela independência e a manutenção frente a volta dos dominadores que se impõem como uma das principais questões no hemisfério, contanto ainda com o caráter devastador das guerras, exemplificado pela Venezuela, que sofreu diversos impactos da guerra, sendo duzentos e cinquenta mil habitantes sendo sacrificados por ela, e outros desastres da região. Entretanto Bolívar afirma para a independência dos mexicanos, no seguinte parágrafo:

“A pesar de todo, los mejicanos serán libres, porque han abrazado el partido de la patria, con la resolución de vengar a sus pasados, o seguirlos al sepulcro. Ya ellos dicen con Reynal: llegó el tiempo en fin, de pagar a los españoles suplicios con suplicios y de ahogar a esa raza de exterminadores en su sangre o en el mar.” (Bolívar, pag.3)    

Cuba e Porto-Rico se destacam com uma posição insular que permite maior afastamento com os independentes. Destaca também os milhões de americanos que lutam por seus direitos, comprimidos pela nação espanhola, que no passado era um grande império, e agora, luta para mantes antigas colônias. Neste ponto, ressalta o interesse europeu em contraste com a justiça, que, segundo o autor, o confunde. A Espanha pretende aí reintegrar seu povo em nova obediência e guardar contra o ataque vizinho. No entanto o autor reitera que no futuro, os mesmos anseios por liberdade voltarão, pois, a sociedade permanecerá com as mesmas características. Ainda aconselha a Europa a dissuadir a Espanha de seus anseios de conquistas, pois, os mesmos a levará a ruina, sendo preferível, se concentrar em seu próprio território. A Europa deveria, segundo Bolívar, executar a independência americana, assim seria o melhor modo de garantir estabelecimentos ultramarinos de comercio e o equilíbrio mundial.

Bolívar crítica também a neutralidade não apenas da Europa, como também da America do Norte (a América Saxônica) sobre o conflito das antigas colônias hispânicas, dos quais aumenta ainda mais o sentimento de desespero pelos povos dominados. O autor ressalta também as sortes dos reis espanhóis e americanos, segundo ele, os primeiros são tratados com dignidade e os segundos com sofrimento e tormentas. Neste ponto o correspondente de Bolívar o questiona sobre as esperanças, reflexões, preferencias e constituições de governos na américa, povo marcado pela busca de direitos retirados pela Coroa.  Bolívar levanta as dificuldades de se ter dados exatos da população, tendo sua sorte interferida por diversas catástrofes, o que infere nas predições do autor. No entanto devida a recente formação da sociedade, predizer o sistema político (republica, monarquia) a ser adotada bem como sua tendência aparece como um desafio. O que para Bolívar conclui sendo suas predições mais como uma adivinhação as linhas políticas da América.

Considerando os anos de submissão do povo a tirania, este se encontra passivo, com a privação de sua liberdade durante anos. Tendo isto impacto direto nas administrações internas e externas, que assim o autor afirma que os americanos estavam privados também da tirania ativa, sendo impossível exercer suas funções. Tendo ainda, um papel de servos ou consumidores na sociedade espanhola. A consequência está na insuficiência em se auto sustentar. Um continente rico e populoso, mais meramente passivo. O povo, segundo Bolívar, estava neste estado ausente de ciência do governo e administração do Estado, uma população controvérsia a suas instituições.

 O sistema político deu-se no controle espanhol através do que Guerra denomina “nuestro contrato social” (Bolívar, pag. 7), feito pelo imperador Carlo V e os conquistadores, sendo a Coroa espanhola detentora da administração e privilégios em seu código. A America não estava preparada para desprender-se da metrópole, marcando profundamente a história política. Assim os americanos estavam diante de um sistema sem conhecimento prévio ou experiência nas práticas políticas na cena mundial. Neste sentido, Bolívar afirma:

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