RESENHA “O POPULISMO NA POLÍTICA BRASILEIRA – CAP. 3”
Por: Gabriella Menezes • 21/10/2021 • Trabalho acadêmico • 878 Palavras (4 Páginas) • 194 Visualizações
WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. In: ____. O populismo na política brasileira. 5ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003. Cap. 3, p. 69-88.
Palavras-chave: Francisco Weffort; Populismo; Oligarquias; Classes populares; Pensamento político brasileiro; Participação popular.
Autor da obra “O populismo na política brasileira”, Francisco Correia Weffort,
nascido em 1937, se formou em ciências sociais pela Universidade de São Paulo e,
após alguns anos lecionando em universidades fora do Brasil, assumiu a chefia do
Departamento de Ciência Política na USP. Além disso, foi convidado por Fernando
Henrique Cardoso, em 1995, a assumir o cargo de Ministro da Cultura, tendo que se
desligar de seu partido (PT), para que não entrasse em conflito. Sua principal obra
publicada é o livro “O populismo na política brasileira”, entretanto, o autor também
conta com títulos como “Formação do Pensamento Político Brasileiro”, “Qual
democracia?” e “A cultura e as revoluções da modernização”, entre outros.
A obra tem como tema central o populismo na política brasileira, e o impacto
que este fenômeno causou no âmbito político, econômico e social do país. O autor
traz diversos questionamentos em sua obra, como a questão de enxergar o populismo
como sendo uma criação das massas em um momento de crise oligárquica, em uma
tentativa de alcançar um equilíbrio de poder. Há também a visão do populismo como
possuindo características predominantemente pessoais em vez de políticas, além de
trazer o ponto da manipulação das massas, não apenas como uma possibilidade, mas
como uma certeza.
O livro de Weffort foi escrito durante o período da Ditadura Militar, em que
Weffort estava lecionando em outras universidades fora do país, muito provavelmente
fugindo da repressão característica da época. Na cronologia do texto, Weffort aborda
questões correlatas ao populismo desde 1930, até meados do período de democracia
pós guerra.
Quanto aos grupos colocados em foco por Weffort, trata-se dos grupos políticos
que buscavam uma representação e um poder em âmbito nacional, políticos
populistas, que tinham como função manter uma certa ordem e um bom
relacionamento das classes mais ricas com a dos trabalhadores, e as classes
populares, que queriam “subir de vida” para ascender politicamente, e assim garantir
sua qualidade de cidadão.
Com relação as citações e bibliografia utilizada por Weffort, pode-se destacas
suas citações a José Honório Rodrigues, Leôncio Martins Rodrigues, Virgínio Santa
Rosa e o próprio Getúlio Vargas. Além disso, são utilizadas fontes provenientes de
dados censais de Azis Simão, em seu livro “Sindicato e Estado”, para realização de
uma análise empírica do crescimento do proletariado industrial.
Baseado na leitura do texto, pode-se dizer que os principais conceitos utilizados
pelo autor no terceiro capítulo de “O populismo na política brasileira” são: “populismo”,
“oligarquias”, “classes populares”, “participação popular”.
No capítulo em questão, Weffort tenta explicar o que é o populismo, e como
este teria se originado, além de classificar o populismo em diversas categorias, como
sendo um fenômeno, regime ou movimento político, e até mesmo um estilo de
liderança. Algumas das marcas de um governo populista são o carisma, a demagogia,
e o assistencialismo, principalmente em relação aos trabalhadores e às camadas
médias, o que conquistava as massas, e garantia
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