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Resumo do Texto de Basile

Por:   •  26/5/2021  •  Resenha  •  1.883 Palavras (8 Páginas)  •  108 Visualizações

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Texto 3 parte A

O império brasileiro panorama político (Marcelo Basile)

Vinda da corte portuguesa para o BRASIL

Basile defende que a vinda da Corte para o Brasil foi um dos elementos que motivaram o processo de independência. Caracteriza o governo joanino como um absolutismo ilustrado com aspirações imperialistas na América do Sul. A Revolução Vintista também é vista como um elemento que contribui para o processo de independência. O Brasil é apresentado como um território de diversos embates, principalmente das províncias do Norte e Nordeste. É presente a ideia de uma falta de sentimento de identidade nacional no país. O primeiro reinado é palco de diversos embates de grupos políticos e de uma crise financeira intensa. Houve uma crescente insatisfação em relação a Dom Pedro, essa insatisfação se fortalecia por um antilusitaníssimo que era corrente na população brasileira. O sete de abril foi encarado como um momento de ruptura. As reformas liberais e o incremento do aparelho repressivo do Estado deram-se paralelamente. O movimento Farroupilha tem caráter elitista.

O texto inicia fazendo uma breve apresentação da vinda da corte portuguesa para o Brasil. Além da motivação tradicional que leva a este acontecimento, a invasão de Portugal por tropas napoleônicas, o autor adiciona outro fator que estimulou a vinda da Corte: “[...] um projeto reformista ilustrado de constituição no Brasil de um poderoso Império Luso-Brasileiro.” (BASILE, 1990, p. 188) Em seguida, Basile discute alguns dos efeitos da vinda da Corte para o Brasil. A transformação do Rio de Janeiro em cidade, o inchaço dessa cidade e problemas relativos à urbanização, a instalação de instituições político-administrativas e científico culturais, abertura de portos, medidas para desenvolvimento industrial do país e privilégios concedidos ao comercio com a Inglaterra são algumas das transformações ocorridas. O autor faz uma breve análise do governo joanino no Brasil discutindo o que Alan Manchester denomina a “preeminência inglesa no Brasil”. Além da política em relação a Inglaterra, Basile apresenta a política agressiva de D. João com as outras regiões da América do Sul. A Guiana Francesa é invadida em 1808 e o Montevidéu é conquistado em 1817, com a anexação da Província Cisplatina ao Brasil em 1821. Nas questões internas do Brasil, D. João articula-se com as elites locais, sobretudo as elites do Centro-Sul do Brasil. As demais regiões, principalmente o Nordeste, tinham uma relação conflituosa com a Coroa. Essa insatisfação é observada em momentos como na Revolta de Pernambuco em 1817.

Enquanto a Corte se estabelecia no Brasil, Portugal sofria uma séria de crises. O descontentamento da burguesia, nobreza e camadas populares culminou na revolução vintista. O objetivo desse movimento era estabelecer um governo liberal em Portugal e subordinar a Coroa ao Poder Legislativo. Com isso, esperava-se recuperar a economia do País e melhorar a situação da população. Para que isso se desenvolvesse, os revolucionários pediam o retorno da Corte à Portugal e o restabelecimento dos vínculos coloniais com o Brasil. D. João atende a esse chamado e retorna a Portugal, deixando seu filho, D. Pedro, na condição de regente. A regência de dom Pedro inicia com dificuldades marcadas pela crise financeira que decorre do desfalque dado pela família real no Banco do Brasil e pelo levante de tropas portuguesas. Em paralelo, a constituinte de Portugal se desenha com participação tímida de deputados brasileiros. No texto, dentre outras medidas referentes ao Brasil, está a decisão pelo retorno de D. Pedro a Portugal. Essa notícia não é bem recebida no Brasil e logo uma campanha pelo fico é articulada para que o príncipe regente permaneça no país. Havia uma ideia de que a partida de D. Pedro levaria a anarquia e a independência e isso não era interessante para parcela da população. No dia 09 de janeiro de 1822 o príncipe decide permanecer no Brasil. Após o fico algumas as tropas portuguesas que residiam no Brasil se revoltam, mas são contidas e algum tempo depois, expulsas de volta para Portugal. A Corte demonstra insatisfação em relação à atitude de D. Pedro, essa insatisfação só cresce quando se recebe a notícia de que o príncipe convoca uma Assembleia Geral Constituinte e Legislativa no país. Grupos divergentes aparecem nesse momento no contexto político brasileiro. O primeiro mais moderado defendia uma monarquia centralizada com predomínio do Executivo sobre o Legislativo. O segundo era mais radical e almejava uma monarquia menos centralizada com predomínio do Legislativo sobre o Executivo. No embate entre esses dois grupos na definição do caráter das eleições, o moderado saiu vencedor e as eleições indiretas foram estabelecidas. Em agosto de 1822, dois manifestos representam a quase formalidade da ruptura em relação a Portugal: O “Manifesto aos Povos deste Reino” e o “Manifesto aos Governos e Nações Amigas”. Embora se aponte para a independência do território brasileiro, observa-se uma preocupação em mostrar que não há uma vontade de romper plenamente com Portugal. Em 7 de setembro de 1822 ocorre o famoso episódio em que dom Pedro grita “Independência ou morte” as margens do Ipiranga. A adesão das províncias não é pacífica e se dá de forma gradual. Houve conflitos nas regiões do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Ceara, Bahia e Pernambuco.

O MOVIMENTO VINTISTA E A SITUAÇÃO NO BRASIL

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Em meados de 1920 um ideal de liberdade permeava algumas províncias brasileiras. Mas será uma rebelião em solo português, que vai gerar acontecimentos que vão intensificar esse intento; a revolução liberal ocorrida na cidade do Porto, posteriormente seguida por Lisboa. Neste momento Portugal se via em total pobreza, arruinado pela invasão francesa, crises econômicas, e pela perda de seus privilégios enquanto metrópole, que eram provenientes de seu vasto império colonial. Com destaque especial para a abertura dos portos brasileiros e o tratado de comercio e navegações, terminando inclusive com o exclusivo colonial e dando vantagens a alfandegarias à Inglaterra, prejudicando a burguesia comercial portuguesa, atingindo também a vacilante industrialização do país. inconformados a nobreza pretendia recuperar as mordomias perdidas com a transferência da corte para o Brasil, almejando ainda, assegurar o sistema de impostos, que recendia sobre comerciantes e funcionários, especialmente de

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