A Tragédia de um povo- Revolução Russa de 1891-1924
Por: Alana Santos • 20/2/2018 • Resenha • 704 Palavras (3 Páginas) • 373 Visualizações
Aluna: Danielle dos santos Machado.
Disciplina: Tópicos de História Contemporânea
Prof.: José Roberto
Bibliografia: FIGES, Orlando. A Tragédia de um povo- Revolução Russa de 1891-1924. Rio de janeiro: Record.
XVI- Mortes e partidas
A guerra civil, o terror, a fome e as enfermidades fizeram da Rússia revolucionária um cenário catastrófico, não há exatamente um número preciso de vítimas, no entanto chega-se a algo em torno de 10 milhões.
Nesse período morrer na Rússia era fácil, mas ter um funeral digno era dificil. Com os serviços públicos nacionalizados, para conseguir um enterro era necessário enfrentar uma longa lista de exigências burocráticas. Havia também a falta de madeira para a fabricação dos caixões. Em alguns lugares, por exemplo, havia falta de túmulos, o que tornava o necrotério de Moscou um depósito de centenas de cadáveres putrefatos. Para amenizar o problema os bolcheviques ofereceram cremações gratuitas.
Em 1919, prometeram construir o maior crematório do mundo, porém as crenças religiosas não permitiram que a iniciativa fosse a frente.
Sete anos de guerra tornaram o povo insensível. Perguntados se não sentiam mal em matar, soldados do exercito vermelho alegaram: “não, não sentimos. Ele tem uma arma, eu tenho outra, estamos em igualdade de condições. Qual é o problema? Se nós matarmos sobrará mais espaço no mundo”.
“Camponeses da Sibéria cavavam buracos e enterravam os pioneiros do Exército Vermelho de ponta a cabela;;depois, observavam as convulçoes das canelas...”
A fome de 1921 – 1922 foi a maior de todos os males da época, responsável pelo extermínio de 5 milhões de vidas. Secas de verão e geadas rigorosas no inverno caracterizando clima das estepes; as camadas mais sensíveis do solo estavam improprias para cultivar a lavoura mais simples. A safra de 1920 foi ruim, e a 1921, pior. Habituados a terem safras minguadas , os camponeses tinham grandes estoques de grãos, geralmente em silos comunitários.
A guerra civil e os conflitos tornaram a crise devastadora , “ Temendo que os bolcheviques levassem tudo, os camponeses haviam passados a agricultura de subsistência, plantando apenas para alimentar a família e gado, e garantir sementes necessárias par o próximo cultivo” ( pg.952).
A fome transformou as pessoas em canibais. Um homem que foi condenado por devorar várias crianças confessou: “ em nossa aldeia , todos consomem carne humana , mas não revelam que o fazem. Há enumeras tavernas nas vilas e todas servem pratos a base de crianças (…) as pessoas se alimentam de seus parentes , com frequência, bebes, menos resistentes as doenças à fome e ás doenças cuja carne era mas tenra. ( pag.964) Fácil é caracterizar esses acontecimentos como loucura , mas muitas vezes era a agonia de ser o filho morrendo lentamente de fome que fazia um pai cometer tal atitude maluca.
Até julho de 1921, o governo soviético não conhecia a existência da fome. Coube as entidades da sociedade civil e organismos estrangeiros organizar campanhas de ajuda aos famintos. Dessa forma, aos 21 de julho, surgiu o comitê publico de auxílio aos famintos (Pomgol), 1º e último ogão público de independente nascido sobre a égide do comunismo.
Com o auxílio dos EUA, ARA começou a atuar em questões sócias na Rússia, contudo, foi impôs que a entidade deveria atuar sem qualquer interferência dos comunistas e que todos os cidadãos que estivessem presos deveriam ser libertados.
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