A Transição do Cativeiro para a Liberdade
Por: fomeesono • 14/5/2017 • Resenha • 434 Palavras (2 Páginas) • 380 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE HISTÓRIA – LICENCIATURA E BACHARELADO
HISTÓRIA DO BRASIL MONÁRQUICO
Carolina Orquen
KLEIN, Herbert S; LUNA, Francisco V.A transição do cativeiro para a liberdade. In: Escravismo no Brasil. Tradução: Laura Teixeira Motta. São Paulo: Edusp, 2010, p. 319 – 345.
Segundo Vidal e Klein (2010), foram dois eventos os que marcaram a transição da escravidão para a liberdade no Império: o primeiro foi o encerramento do tráfico negreiro no Atlântico, no ano de 1850, e o segundo foi a ascensão do movimento abolicionista. O segundo se deu pela maior propagação das ideias abolicionistas que vinham mais fortes da Europa para a América.
Com a ascensão deste movimento, no fim do século XVIII, as grandes potências da época tentavam (e começaram) a combater a escravidão, seguindo esta ideia os abolicionistas se fixaram no ponto principal e mais fraco da escravidão na América: o tráfico de negros africanos. Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, em todos os países europeus que eram escravocratas, no Brasil a proibição deste aconteceu muito mais pela pressão econômica feita pela Inglaterra do que realmente por adesão as ideias abolicionistas.
Houve a partir daí uma considerável diminuição da população escrava, mas não acabou em si com a escravidão. Ao contrário disso, se manteve a escravidão, mas agora os escravos tinham um preço de comércio muito mais altos.
Por fim, no texto os autores destacam que a abolição no Brasil se caracterizou como um processo lento e gradual, uma luta que se deu entre classes, líderes abolicionistas versus os grandes senhores que resistiam ao máximo a perder seus bens, suas mercadorias (lê-se aqui escravos).
Mas é só a partir de 1880 que o movimento abolicionista consegue criar força real no Brasil onde dessa vez se exige o fim imediato da escravidão, mesmo que há algum tempo já vinham se instalando limites à escravidão, além da proibição do tráfico, como por exemplo: compra da própria alforria, mescla de mão de obra escrava com mão de obra livre, leis como a do Ventre Livre e a do Sexagenários.
Algumas áreas como o Ceará e Amazonas começam então a se declarar livres e era para esse lugar que os escravos fugiam quando podiam.
“Um século depois que o último escravo foi libertado, ainda se vê o legado da escravidão na pobreza de muitos descendentes de cativos, no ainda existente preconceito contra afro-brasileiros e nas taxas de mobilidade mais baixas que as dos brancos” (p. 341).
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