Ensino de História e Música

Ensino de História e Música

A utilização da música, como metodologia lúdica para a sala de aula, propõe uma nova concepção de ensino, pois ao adotá-la, o docente poderá exercer diferentes abordagens de linguagens e fontes, o que se contrapõe o a uma educação tradicional, de transmissão de conhecimento, ou seja, uma aula expositiva.

Na prática de ensino de História a música surge como um importante componente didático, por estar contida na realidade e no cotidiano dos alunos, e por ser considerada uma fonte mais interessante e motivadora devido a sua linguagem musical que desperta a atenção destes, e ao ser aplicada pelo docente, este deve considerá-la como um documento histórico e deve ter cuidado na metodologia ao que vai ser empregada, para não cair na dicotomia de não problematização desta fonte, pois ela precisa ser contextualizada historicamente, esteticamente e musicalmente, analisada e indagada, para não transmitir a idéia de um conhecimento histórico exaurido e repetitivo, ou seja, apenas um conhecimento meramente adquirido, o que acontece com mais freqüência, por muitos docentes que se vêem desmotivados com as condições que as escolas fornecem e não procuram diferentes abordagens de se trabalhar metodologicamente se apoiando no livro didático como sua estratégia e recurso de aula não procurando novas inovações.

No ofício da História com a música deve se levar em consideração uma básica dicotomia em sua execução: ouvir música e pensar música.

Ouvir música: é caracterizada por uma pratica de ensino em que não há um aprofundamento crítico da analisa da música, apenas se escuta, mas não questiona, não contextualiza o local social de produção em que ela está inserida, e ou foi produzida. Neste processo os alunos apensas escutam a canção sem refletirem os meandros existentes em seus versos e suas letras.

Pensar música: Nesse processo a música é tratada de forma mais aprofundada, onde a sonoridade, a melodia, o ritmo, instrumentação, contexto social da música e do autor, a intra, inter e interdisciplinaridade são ponderados na metodologia da sala de aula, podendo também ser pensada no imaginário coletivo.

Segundo o historiador Marcos Napolitano, para se trabalhar com a música como fonte histórica é necessário um preparo metodológico específico devido a necessidade de um aparato técnico de analise, que envolve a interdisciplinaridade com outras áreas.

O uso da música popular como instrumento da pratica pedagógica perpassa o limite da história dialogando com outras disciplina, por exemplo: na física ela pode ser utilizada como no ensino da propagação e acústica; nas artes ela pode ser utilizada em um estudo comparado entre cultura popular e erudita.

Ciente do exposto podemos compreender a importância da música como ferramenta para o ensino de história, pois a parti dela temos a possibilidade de trazer uma compreensão para que o aluno se posicione como um sujeito histórico, despertando sua capacidade de criticidade e argumentação, e dinamizando o processo de ensino-aprendizagem.

...