Ensino de História nos Presídios
Por: José Walter • 18/4/2016 • Resenha • 420 Palavras (2 Páginas) • 243 Visualizações
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO- CAMPUS MATA NORTE
PRÁTICA IV
LUCIANO FALCÃO TORÉ - IV PERÍODO
A educação escolar nos presídios enfrenta, no Brasil, uma situação de invisibilidade. O princípio da formação escolar aponta a escola como possibilidade de transformação, a formação do sujeito e um despertar da criatividade enquanto a cultura prisional é caracterizada pela repressão.
Propor uma resposta para essa pergunta é um problema de difícil esclarecimento, uma vez que existe contradição entre características da instituição escolar e do sistema prisional, onde o primeiro requer a liberdade e autonomia dos sujeitos, enquanto os valores prisionais determinam de modo totalitário a submissão. A impressão que se tem é que o comportamento omissivo do Estado vem a calhar com sua vontade: conter os subalternos e excluídos em sua insignificância, impossibilitando sua reinserção social pelo exercício da razão.
A educação oferecida no ambiente carcerário pode contribuir como o processo de reinserção do detento na sociedade, mas temos que nos lembrar o quadro a qual estão submetidos os alunos, eles se encontram presos e alguns tem uma formação escolar muito pobre ou até mesmo não apresentam nenhum tipo de escolaridade; sendo a sala de aula a cela do detento. Muitos dos professores que ali estão lecionando não tiveram escolha, foram postos lá, sem nenhuma preparação psicológica/pedagógica. Essa ausência de escolha muitas vezes deixa o professor desmotivado quando a atuação profissional não condiz com seus valores nem quando não tem reconhecimento e lecionar algo para aqueles “excluídos” da sociedade pode lhe render um reconhecimento tanto que negativo. Tem que se traçar um perfil corretamente do docente que ira trabalhar nessas escolas prisionais, alguém que esteja motivado para cumprir essa meta e não recue ao primeiro obstáculo, que lhe seja apresentado; é necessário também que tenham seus valores de acordo com ressocialização, apresentando uma condição emocional para lidar com seus alunos/detentos, cujos valores na maioria dos casos são voltados para um lado repressivo e hostil.
A educação tem papel importante na ressocialização dos presidiários, funciona como meio para levar a reflexão, transformando o individuo, pois com a reflexão da própria realidade o aluno/preso tem uma formação de opinião e que estará contribuindo para a sociedade com seus novos valores e deveres. A escola deve proporcionar uma discussão sobre a conscientização desses indivíduos e o entendimento do papel de cada um deles enquanto sujeitos da história.
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