LIVRO 1889
Por: Grazielly Fernandes • 3/5/2016 • Resenha • 828 Palavras (4 Páginas) • 380 Visualizações
O Golpe republicano de 1889 foi um marco na história brasileira, mas um marco que se sucedeu sem a efetiva participação do povo brasileiro. No dia 15 de novembro, o encarregado de atiçar o povo e trazê-lo para junto do exército, acabou que cometendo um pequeno erro cominando no atraso de sua missão. A Monarquia brasileira encontrava-se extremamente fragilizada devido à perda de muitos de seus colaboradores, entre eles o próprio exército. É interessante falar que na Independência a Monarquia teve o apóio de todo o povo brasileiro, incluindo as forças armadas e populares. Menos de dois anos antes do golpe, os únicos colaboradores que a Monarquia tinha eram os senhores de escravo.
O livro fala que a transição do poder aconteceu no momento certo, a monarquia não durou tempo suficiente pra ser um grande estorvo, mas se sustentou em um lapso de tempo fundamental que garantiu o atual território brasileiro.
A aversão de um Terceiro Reinado vinha do fato de a Princesa Isabel ser uma católica fervorosa, casada com o Conde d’Eu, estrangeiro. O povo não iria aceitar um novo governante estrangeiro, onde pairava o fantasma de uma submissão do Brasil ao país de origem do governante, ou uma aliança forçada das nações. A questão do catolicismo radical da Princesa se tornou um problema quando deixou a entender que seu reinado estaria sob a incondicional tutela papal, tornando o Brasil quase que um sub-reino do Vaticano.
Deodoro da Fonseca é considerado o pai do Golpe de 1889, mas essa afirmação é equivocada e paradoxal de certo modo. Deodoro da Fonseca, antes de tudo, um monarquista fervoroso, e até amigo do Imperador. Como um homem que acreditava na Monarquia poderia derrubá-la? A verdade é que Deodoro foi apenas uma peça no jogo dos verdadeiros republicanos, as mentes por trás de tudo, porém de fundamental importância pois assumia a patente de Marechal, poder suficiente pra ir de frente contra o Imperador. No final do dia, o Marechal derrubou a Monarquia devido a sua insatisfação quanto a nomeação de Gaspar Silveira Martins para Chefe de Ministério, este era desavença pessoal de Deodoro. Interessante salientar que Deodoro estava com saúde fraca nos dias anteriores ao golpe, e duvidava-se se viveria para ver o dia seguinte.
Um personagem pouco lembrado, mas de enorme importância, é o Tenente-Coronel Benjamim Constant, o homem que poderia ser chamado de arquiteto do golpe de 1889. Era um republicano que seguia as ideias de August Comte, porém de muito golpe de 1889. Era um republicano que seguia as ideias de August Comte, porém de muito azar, dizia inúmeras vezes ser seguido pela má sorte. Foi líder do movimento Mocidade Militar, que iniciou os focos de rebelião contra o Império. Porém o brilho de Constant foi ofuscado pela vaidade de Deodoro da Fonseca.
A Mocidade Militar foi um movimento que se iniciou nos quartéis da Praia Vermelha, era organizado pelos “praças” do exército. Porém muito desorganizados, tomando forma de movimento organizado após Benjamim Constant tomar a liderança do grupo. O que começou nos quartéis se espalhou para clubes, onde as mentes republicanas arquitetavam minuciosamente o golpe.
Ao contrário do que se pode pensar, devido ao cenário que se formou, D.Pedro II era um grande Imperador, sempre preocupado com as minuciosidades de seu reino.
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