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PROJETO DE ENSINO GETÚLIO VARGAS: O TIRO QUE ENTROU PARA A HISTÓRIA .

Por:   •  23/10/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.091 Palavras (13 Páginas)  •  429 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

NOME DO CURSO

EUDELI DE FÁTIMA BERGAMASCO

PROJETO DE ENSINO

GETULIO VARGAS: O TIRO QUE ENTROU PARA A HISTÓRIA.

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Cornélio Procópio

2014

EUDELI DE FÁTIMA BERGAMASCO

PROJETO DE ENSINO

GETULIO VARGAS: O TIRO QUE ENTROU PARA A HISTÓRIA.

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina  de Projeto de Ensino em História sob a orientação dos professores Cyntia Simioni França e Julho Zamariam

Cornélio Procópio

2014

TEMA

Este projeto de ensino intitulado Getúlio Vargas: o tiro que entrou para a História busca propiciar aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental a possibilidade de conhecer através de atividades diversificadas, entender os fatos ocorridos no passado em relação à política utilizada por Getúlio Vargas, o que motivou o golpe de estado, a sua biografia e a suas realizações importantes, os momentos de instabilidade política, um estado de perfil autoritário. Os alunos serão instigados às pesquisas observando as principais causas. Para ensinar História precisamos olha-la no presente para compreendermos o futuro, desta forma será trabalhado análise de textos documentais escritos, fílmicos e músicas, com produção de texto, aula temática e expositiva.

Através deste trabalho pretende-se que haja uma compreensão das diferentes organizações políticas no Brasil e que possa se respeitar as diferenças culturais e sociais dos indivíduos.

JUSTIFICATIVA

        O presente trabalho justifica-se pela importância da história da República Brasileira estar carregada de contradições e por mais que passados quase 60 anos o fantasma de Getúlio Vargas ainda rondar o país. A República tinha se um regime com o propósito de garantir mais participação popular nas decisões políticas do país, que tinha como princípio básico as eleições, e passa a revelar um regime de golpes de estado e ditaduras, em um momento civil em outro militar.

        Nesse contexto, o trabalho proposto tem como finalidade proporcionar aos alunos uma avaliação das rupturas desse período, analisar sobre as diversas interpretações sobre o Regime Militar Brasileiro, as contradições o autoritarismo e o nacionalismo. Os principais fios de ligação entre o passado e o presente que foi o tempo Varguista.

        O Brasil foi um país agroexportador e dependia da venda do café para outras partes do mundo, quando ocorre a quebra da bolsa de Nova York, em 1929, há uma redução das importações feita pelos Estados Unidos e Europa, por isso o café não tinha para quem ser vendido, o quadro se agravou com o estouro da crise e como o governo não sabia o que fazer com o café estocado, muitos fazendeiros começaram a queima-lo. Isso tinha um objetivo reduzir a queda dos preços, que com essa crise a República brasileira seria então reformulada.

        Ocorreram várias mudanças políticas no Brasil, país este que era governado por coronéis que tinham por interesse beneficiar a república velha, estes controlavam o Estado como comandavam as suas propriedades e em 1930 perdem o poder, Getúlio Vargas lideraria um grupo de oposição que toma o poder e se torna presidente da República, com um governo provisório e uma politica centralizadora, a um rompimento da política que era chamada na época de “café com Leite”, política esta que o poder era centralizado entre os partidos políticos, entre São Paulo e Minas Gerais. O Presidente Washington Luís, iria indicar um mineiro para o cargo, ao invés disso apoiou Júlio Prestes, onde causa uma grande revolta armada.

“O golpe de outubro de 1930 resultou no deslocamento da tradicional oligarquia paulista do epicentro do poder, enquanto os demais setores sociais a ele articulados e vitoriosos não tiveram condições, individualmente, nem de legitimar o novo regime, nem tão pouco de solucionar a crise econômica.” (LINHARES, 1990. p. 322.)

        

        Esta é uma das linhas teóricas traçadas por Linhares que define o período de 1930 a 1937 como uma crise de política aberta, onde as classes envolvidas não perceberam o que estava sendo garantindo ao Estado, uma burocracia estatal. O que acontecia era uma mudança para novos rumos e a quando em 1937 é instalada a ditadura seria esta uma forma de explicar tais tendências. Porém quando São Paulo se vê derrotado e Vargas liderando exigem uma nova Constituição. A era Vargas foi intervencionista por atingir os setores sociais que regulamentava a área trabalhista, o trabalho das mulheres e crianças, entre outras interversões que buscavam a cidadania. Vargas se destacou pelo nacionalismo, industrialismo e trabalhismo.

        O país dependia do mercado externo, mas não tinha como manter as políticas anteriores abre mão do processo de importação e amplia o setor industrial, criando novos empregos, para o trabalhismo se consolidava ai as leis do trabalho.

        A política de Vargas buscava atingir o seu eleitorado e isso acontecia da forma de sensibiliza-lo. Este homem capitalizava as reivindicações dos grupos ou organizações fez disso sua política, sua promoção pessoal e investiu no meio de divulgar a sua imagem e seus feitos, nasceria então a DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).

        Vargas ficou conhecido como um mito, como o pai dos pobres e sabia como domina-los, a massa parecia ser desinformada, os operários manipulados e assim garantia o crescimento econômico com os alicerces das indústrias nacionais. Vargas também fazia sua propaganda por meio do radio, buscava atingir populações distantes, utilizava a hora do brasil.

        Seu governo foi marcado também por resistência os militares tiveram grande importância na consolidação da Revolução de 1930, nos principais cargos do governo estavam os tenentes que foram designados representantes do governo para assumirem o controle dos estados, essa  medida tinha como meio anular a ação dos antigos coronéis e sua influência. Dessa forma há uma grande tensão entre as velhas oligarquias e os militares interventores. A oposição  a Vargas de centrou em São Paulo que apelava ao povo paulistano lutar contra o governo e elaborar uma Assembleia Constituinte. Teve se então a chamada Revolução Constitucionalista de 1932. E Tendo derrotado a oposição, Getúlio convoca eleições para a Constituinte, porém os principais militares do governo perderam seu espaço com os desgastes com os conflitos paulistas e em 1934 uma nova constituição foi promulgada. Esta constituição dava maiores poderes ao poder executivo, com medidas democráticas e bases da legislação trabalhista, aprovou o voto secreto e o voto feminino. Vargas garantia se por meio dessa resolução e o apoio da maioria do Congresso mais um mandato seria ele o Governo Constitucional, uma política voltada para ideais como o fascista introduzido na Itália por Mussolini, defendido pela Ação Integralista Brasileira (AIB), e o democrático a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que era partidária à reforma agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por meio da luta de classes. A ANL partindo desse espírito revolucionário e com as orientações do comunismo soviético, tenta um golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Em 1935, alguns comunistas brasileiros iniciaram revoltas dentro de instituições, mas devido à falha de articulação e união entre os outros estados, a chamada Intentona Comunista, foi controlada pelo governo. Porém depois dessa experiência Getúlio revela estado de sitio faz uma perseguição aos seus adversários e desarticula a AIB, e ainda consegue anular a eleição que deveria acontecer em 1937, com mais um golpe o chamado plano Cohen ele anula a constituição de 1934 dissolvendo o poder legislativo 

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