Politica
Por: aguabranca • 24/7/2016 • Projeto de pesquisa • 1.898 Palavras (8 Páginas) • 165 Visualizações
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LICENCIATURA EM HISTÓRIA
7º SEMESTRE
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Polo - Araçuaí
2015
Trabalho apresentado às disciplinas de Produção do Conhecimento Histórico Escolar. História do Brasil, República. História Regional. Seminário VII. Da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR
Professores: Cyntia Simioni França, Julho Zamariam, Taíse Ferreira da C. Nishikawa, Fabiane Luzia de Menezes Santos, Fabiane Taís Muzardo.
Polo - Araçuaí
2015
INTRODUÇÃO
O presente projeto tem por objetivo apresentar o tema e suas desdobraduras para a Produção do Conhecimento Histórico Escolar, o tema por mim escolhido para ser desenvolvido será “Políticas públicas desenvolvidas no vale do Jequitinhonha-mg.
O Vale do Jequitinhonha mineiro é marcado por uma profunda contradição. Apesar da sua relevante significação social .cultural e econômica em todo o histórico de ocupação e desenvolvimento regional, não tem merecido a devida atenção por parte dos Centros de Poder. Em Itinga, município do Vale, com população aproximada de 14 000 habitantes, mais de 90% da população economicamente ativa está excluída do mercado formal de trabalho e destes mais de 75% são agricultores familiares que tem tido pouca atenção do poder público.
O presente estudo busca analisar historicamente o processo de políticas de desenvolvimento desenvolvidos no Vale do Jequitinhonha, e as principais transformações sociais políticas e econômicas que transcorreram, a partir das frentes de ocupação da região e das intervenções políticas do estado até o momento atual.
A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo sendo utilizado levantamento bibliográfico sobre as questão regional e as políticas governamentais desenvolvidas no Brasil e no Vale do Jequitinhonha, no qual para desenvolver este projeto a ser pensando e desenvolvido nas escolas, em especial no ensino fundamental, para tal norteamentos trabalharei com a Dissertação, Do Jequitinhonha aos canaviais: em busca do paraíso mineiro de Leila Amaral; o livro Formação do Brasil contemporâneo, de C.P Junior e o livro a A terra construída – família, trabalho, ambiente e migrações no Alto Jequitinhonha, Minas Gerais de Flavia Maria Galizon
Por muitos anos o Vale do Jequitinhonha e em especial o médio Jequitinhonha é conhecido nacionalmente e internacionalmente como “o Vale da Miséria”, isso é alimentado pela mídia nacional que só expões o vale como uma região de extrema pobreza, berço de mão de obras baratas para os grandes centros urbanos.
DESENVOLVIMENTO
Para o desenvolvimento deste trabalho procurei por pesquisadores, e autores que pudesse me dar à base para alavancar uma proposta que pudesse ser avaliada dentro de um contexto histórico, segundo Leila Amaral , a região do Rio do Jequitinhonha localiza-se a nordeste do Estado de Minas Gerais, sudeste brasileiro, pode ser repartida em três zonas bem diferenciadas: o Alto, o Médio e o Baixo Jequitinhonha. O Baixo e o Médio Rio são marcados por grandes propriedades rurais, dedicadas à criação de gado e à silvicultura, o Alto Jequitinhonha, situado acima do Rio Araçuaí, é caracterizada pelas grandes extensões de terras planas – as chapadas – apropriadas por empresas, contrastando com as vertentes - as grotas - ocupadas pelos terrenos de agricultores familiares. A sociedade foi então formatada em sua identidade e organização social em relação com pelo menos dois ciclos econômicos brasileiros: o da cana de açúcar e do ouro, Desta forma vai se formando uma sociedade onde o poder, as regras e interesses predominantes são alheios ao interesse popular, como se verifica ao longo de quase toda a história de ocupação do Vale e do Norte de Minas.
Para, Caio Prado Junior, A partir das décadas de cinqüenta/ sessenta a industrialização ganha força no país com seu modelo desenvolvimentista marcando profundamente a região em sua organização sócio espacial.
Conforme o Estatuto da Terra de 1964, os latifúndios considerados improdutivos deveriam passar a ser empresas rurais não significando com isto uma nova estrutura fundiária e obtendo do governo muitos incentivos fiscais para adequar aos novos tempos de ideologia modernizadora.
No Vale do Jequitinhonha, uma das expressões desta adequação a modernização imposta pelo estado, se deu através da concessão de terras públicas das chapadas para as grandes plantações de eucalipto para produzir carvão para as demandas do pólo siderúrgico implantado em Sete Lagoas, Betim, Ipatinga. Com isto vira carvão o cerrado nativo e sua rica e diversificada flora. A partir daí muitas famílias de agricultores começam a sentir uma diminuição das águas e suas minas afetando as atividades agrícolas e a agricultura familiar, embora as médias pluviométricas tenham se mantido no mesmo nível das décadas anteriores.
Outra prática que se tornou comum foi a queima do cerrado para fazer carvão e para melhoria da renda.
Paralelamente vai entrando na região o pacote tecnológico da “Revolução Verde” que baseado em sementes híbridas, insumos industriais e mecanização, fazem aos poucos que o agricultor se torne dependente da agroindústria. Isto significa uma mudança de racionalidade e de forma de pensar e estruturar a produção. Para muitos agricultores familiares, significa perda de autonomia e uma dependência e subalternidade ao mercado, ao governo, aos técnicos e perda de um conhecimento e autonomia construída ao longo de séculos de envolvimento com o ambiente. Este modelo de desenvolvimento excludente agravou as condições sócio econômicas das populações locais e as elites passaram a utilizar o discurso de que a pouca adoção das tecnologias e insumos industriais aliada às constantes secas, é que eram causadores do atraso da região. Mas as médias pluviométricas anuais, não alteraram significativamente16 e o que se configurou com o processo desenvolvimentista foi um processo de deterioração dos recursos naturais como a biodiversidade, solo e águas.
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