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Religião Grega na Época Clássica e Arcaica – VII

Por:   •  9/7/2018  •  Resenha  •  1.199 Palavras (5 Páginas)  •  763 Visualizações

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BURKERT, W. Religião Grega na Época Clássica e Arcaica – VII

Um novo ponto de partida: o Ser e o Divino

Com a ascensão da filosofia se altera a perspectiva e o modo no qual as questões são feitas, trata como a contribuição mais original dos gregos para a tradição intelectual da humanidade – promovendo mudanças e alterando estruturas até então fixas na religião grega (até o momento era determinada pelas formas de comportamento, com o advento da filosofia o assunto se vê envolto a teses e pensamentos de homens individuais que se expressa, através da escrita).

O autor busca fazer um estudo da filosofia limitando-se ao discurso sobre os deuses. Vai tratar da expansão grega e do confronto com novas culturas e religiões, até que o contato com os estrangeiros é reduzido apenas ao necessário. O autor vai narrando a relação dos gregos com outros povos.

Pontua que a filosofia surge com a tentativa de se definir o que era correto “igualmente para tudo”. Os objetos dessas explicações começam a ser as coisas do céu (metéora) as coisas de baixo da terra, e o início (arché).

A ordem é restaurada e definida por um projeto intelectual; a forma do mito e a narração sobre o passado passa a ser utilizada na explicação da gênese do mundo.

Fala sobre como esses homens não possuíam designação para si mesmos, Platão é quem dá à luz ao termo “filosofo”. Fala dos pré-socráticos, começando por Anaximandro, que coloca o “ser” no tempo que há entre o devir e o parecer, já o “divino” se encontra num tempo infinitamente superior – a partir disso pode-se entender que tudo que acontece como uma ordem legítima. Os deuses de Homero “abandonam” os mortais, ficando ausentes, mas no lugar deles esse INÍCIO global, a explicação da gênese do mundo, promove o sentimento de segurança. (Não entendi muito bem)

Anaxímenes segue o princípio de falar das coisas a partir do que é imediatamente dado, no lugar do infinito coloca o ar, ou mais precisamente o “vapor” como o início das cosias, dele surgindo através dos fenômenos químicos “o que existe, o que existia e o que existirá, deuses e coisas divinas”

Xenófanes de Cólofon define o deus como imóvel, e pela primeira vez o discurso do divino é denominado pelos postulados do que é “próprio e impróprio” – a única coisa que o deus consrva agora é apreender a realidade através do pensamento intelectual. Critica a religião homérica (e também Hesíodo) ao refutar sobrea a imoralidade dos deuses e sobre o antropomorfismo. Termina dizendo que Xenófanes tinha audiência, mas nunca teve adeptos ou discípulos.

Inicia falando de Heráclito como o mais radical e decidido pré-socrático, produz ataques contra Homero e Hesíodo, de mesmo modo que Xenófanes (imoralidade e antropomorfismo) e critica também os rituais do culto tradicional. O princípio que tudo governa, aqui, é o pensamento, igual para Anaximandro, e em Xenófanes é o “discernimento”.

Parménides de Eleia desenvolve uma doutrina do “ser” puro que conduz à conclusão extraordinária que não pode haver devir nem parecer, e, por consequência, não há morte. Assim, o pensamento posiciona-se como autônomo, e o ser repousa por sua própria necessidade em si próprio e não parece precisar da teologia.

O autor apresenta Anaximandro e Anaxímenes como pouco lidos; Xenófanes pelo contrário, propagava suas próprias ideias (era mais escutado); Heráclito como um homem isolado. São as teses de Parmênides que ganham o centro da discussão, e qualquer que quisesse falar sobre o “ser” se deparava com suas ideias.

“Assim, surge um movimento intelectual que durante muito tempo não se pode furtar à reflexão do divino ou dos deuses. ”

Porém, os deuses homéricos não eram potencias cósmicas ou limitados pelo horizonte de pequenos grupos arcaicos, mas eram representantes da realidade e não meros pretextos para a satisfação magica dos desejos.

Daí o autor aponta a convicção de que não se pode compreender a realidade se afastando dos deuses, pelo contrário, cita Tales ao falar que “tudo está cheio dos Deuses”.

A crise: os sofistas e os ateus

Inicia falando sobre a negatividade do termo sofista e dando o real objetivo dos sofistas que era o valor mais elevado da moral tradicional, ou seja, a distinção conquistada através do empenho e do sucesso, ou seja, a areté “o melhor dos melhores”. Esses homens prometiam ajuda para conquistar essa areté – tratava-se no fundo de um ensinamento e de uma educação superior para se chegar ao sucesso. A arte de persuadir e falar bem torna-se marca do ensino sofista.

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