TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha De Documentário: Brasil No Olhar De Viajantes

Por:   •  10/4/2025  •  Resenha  •  1.715 Palavras (7 Páginas)  •  1 Visualizações

Página 1 de 7

A diversidade era impressionante animais. quando ele descrevia peixes e planta ele pensava no sabor a mandioca as farinhas de mandioca eles queriam mostrar que o brasil era habitável por eles, mas que também poderia ser comercializada. Jean De Léry passa 1 ano no brasil e os conflitos religioso levaram a convivência com os índios tupinambás ao publicar seus relatos muitos anos depois o protestante apresentou sua versão do fracasso da frança antártica não por acaso relatando a vida daquelas comunidades até ali intocadas pelos defeitos e vícios ocidentais descrevendo suas cerimônias de cura e rituais antropofágicos aspectos da vida material e espiritual de uma sociedade que confrontava os valores do mundo cristão e civilizado

Eles projetam um pouco no índio esse excesso sexual o fato de andarem nu uma gente bárbara meio excessiva etc. Eles encontram um outro mundo, uma outra forma de vida em sociedade e tentam conhecer aquela vida social e seus aspectos religiosos para avaliar a possibilidade de conquistar aquela vida diferente para o mundo protestante. O texto dele características de um antropólogo aquele olhar que descreve mais do que julga há passagens muito interessantes em que ele você entende que ele atribui os males os erros e os pecados dos índios mais a tentação por parte do diabo do que do próprio índio essa maldade intrínseca

Ele não era propriamente um cientista ainda que a antropologia do século XIX e XX tenham muitas veze tenha redescoberto com valor científico

A história da relação da frança com o brasil ainda teria outros capítulos, mas o interesse por essas terras não seria de exclusividade de aventureiros franceses em 1557 é publicado o livro Duas Viagens ao Brasil título abreviado do mercenário alemão Hans Staden, existem poucas informações sobre o passado de Staden mas sua aventura teve início em 1548 ao ingressar como artilheiro em uma missão portuguesa que se dirigia ao litoral de pernambuco para combater piratas e corsários franceses e ajudar a controlar revoltas indígenas

Retornando à europa em 1549, no ano seguinte dessa vez a serviço da espanha Staden embarcou em uma expedição que tinha como destino a colônia ibérica da região da prada mas o infortúnio de um naufrágio ocorrido nas proximidades do litoral de santa catarina o trouxe de volta ao brasil pela segunda vez segundo por terra até a vila de são vicente Staden foi incorporado ao exército portugues e acabou nomeado condestado

No ano de 1558 ao tentar resgatar um escravo perdido foi capturado pelos temidos tupinambás e feito prisioneiro por longos 9 meses a história do seu cativeiro entre os selvagens do brasil contadas com ingredientes de aventura e suspense foi publicado como testemunho de fé de um protestante que sobreviveu às tentações do pecado e aos costumes bárbaros daquela gente paga e traiçoeira que por considerá lo um inimigo portugues ameaçavam transformá lo em refeição de um assombroso banquete canibal

Em troca de quinquilharias, Hans Staden consegue embarcar em um navio francês de volta à Europa. A partir de sua experiência no Brasil, ele produz uma obra que se torna uma fonte histórica preciosa sobre os primeiros anos de formação do nosso território.

A divulgação desses relatos ganha grande impulso em 1590, quando eles são impressos em três volumes e publicados por Theodore de Bry. As gravuras que ilustram essas edições exerceram enorme influência na forma como o olhar estrangeiro passou a enxergar, interpretar e imaginar o encontro entre o Velho e o Novo Mundo.

De Bry foi um grande divulgador desses relatos de viagem. Com sua família, montou uma verdadeira "casa editorial", reunindo relatos de diversos viajantes tanto sobre a América portuguesa quanto a espanhola. Ele refez ilustrações com base nas xilogravuras originais, tornando-as mais sofisticadas e atrativas para o público europeu.

Essas imagens do século XVI, frequentemente feitas por artistas que nunca estiveram na América, foram criadas com base nas crônicas dos viajantes. Isso abre espaço para o aspecto da imaginação, mas também para a tentativa de adaptar essa nova realidade às visões religiosas predominantes na Europa. A representação visual precisava conciliar a novidade do Novo Mundo com as ideias cristãs e o imaginário europeu.

É raro encontrar exemplos em que o próprio cronista também tenha sido o desenhista, como é o caso de André Thevet, um dos cronistas da França Antártica, que também era cosmógrafo e produziu seus próprios desenhos.

Essas imagens, muitas vezes produzidas por quem nunca habitou fisicamente o local, representam os indígenas como Adão e Eva no Paraíso ou como criaturas demonizadas. Esse maniqueísmo nas representações reflete as tensões do período, marcado pelo Renascimento — uma época de redescoberta do corpo e da estética clássica greco-romana.

As fábulas greco-romanas, usadas para explicar o nascimento da civilização, são aplicadas de forma simbólica à representação da América. A pergunta que se coloca é: como explicar a existência de homens considerados “bárbaros”? Como tratá-los? O que será feito deles?

Essa lógica atende à necessidade europeia de organizar o mundo. Em algumas representações, os elementos da paisagem mostram a possibilidade de que a civilização floresça nos trópicos. Em outros casos, há uma espécie de denúncia da “selvageria” e da necessidade de que a civilização europeia se transfira para esses territórios, imponha-se sobre eles e altere o que seria visto como um estado de civilização atrasada.

Um personagem importante que se interessou por esses relatos de viagens foi Richard Hakluyt, um entusiasta da expansão marítima inglesa e figura ligada à corte da rainha Elizabeth I. Ele possuía interesses pessoais na colonização da América do Norte e desempenhou um papel fundamental na organização de uma extensa coletânea de relatos de viagem. Inicialmente publicada em um volume e, posteriormente, ampliada para três volumes, essa coletânea reunia não apenas relatos de viagens inglesas, mas também de outras nações europeias.

Essas publicações tinham uma clara intenção política: defender o direito inglês de explorar os mares do Sul, que até então eram considerados exclusivos das coroas portuguesa e espanhola. A rainha Elizabeth I liderou o início do que viria a se tornar o Império Britânico, adotando uma política agressiva de expansão marítima. Os relatos organizados por Hakluyt serviram como uma justificativa ideológica para essa expansão, promovendo a ideia de que

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.1 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com