Resenha Revolução e Revolução Industrial
Por: Bernard Veronese Copque • 10/3/2016 • Resenha • 561 Palavras (3 Páginas) • 898 Visualizações
Bernard Veronese Copque
Licenciatura em História – UEPG - 3º ano
Resenha Revolução e Revolução Industrial in Dicionário de Conceitos Históricos, SILVA. Kalina Vanderlei.
A autora SILVA traz a tona a ideia de revolução como um processo que deve ser tratado como uma modificação da estrutura da sociedade, relacionando alguns autores que colocam seus pensamentos em contradição em determinados pontos, mas entendendo no geral que para se haver uma revolução, ela deve trazer uma modificação social, uma mudança da ordem imposta.
Para entender como se utilizar o conceito ela se expressa na ideia de que muitos autores, para legitimar uma construção histórica, colocam o conceito de revolução, um dos poucos mutáveis, pois, ele precisa de um processo determinante para ser considerado revolucionário como conceito principal de seus constructos, como por exemplo, o golpe de 64 no Brasil, que foi escrita por muitos como uma revolução; processos como esse não pode e não deve ser considera como revolução, pois ele não trouxe uma mudança mais uma permanência em uma forma de pensar, sua estrutura foi composta para a não mudança, que estava imposta no imaginário coletivo.
Outra forma de entender uma revolução e a forma como Hobsbawm ao considerar que a revolução industrial inglesa foi única e ainda esta em curso, neste ponto concordo com a autora ao colocar Hobsbawm, pois seu entendimento de uma revolução em seu livro durou 50 anos, segundo ele o mundo e um processo dinâmico de reestruturação do padrão imposto por duas classes os burgueses e os proletariado, não havendo outras revoluções dentro delas, como se um processo pudesse se fragmentar em várias revoluções, podemos entendê-las, como a revolução de 1880 na Inglaterra, a estrutura no modo de produção dos povos foi modificado profundamente, retirando as pessoas dos campos e realocando as nas cidades, esse movimento trouxe um embate de costumes que fortaleceu a transformação da sociedade, novas formas de socializar, que consiste na relação de comer, conversas, moradias e costumes que se readaptaram, trouxeram um novo modo de organização social, mas ela teve fases, essas fases são escritas como novas revoluções, “segunda revolução industrial” por exemplo.
O conceito deve ser utilizado de forma sabia, pois como a história muitos conceitos se modificam no decorrer do tempo, esse em questão teve sua estrutura construída na revolução francesa, na qual um poder imposto foi substituído por outro, no Brasil se tem a ideia de revolução quando falamos das greves gerais dos operários em 1917, da “revolução (golpe) de 64”, mas como falar de uma revolução dentro desse processo, se uma nação que a 28 anos antes – 1889 – tinham em seu processo de mão de obra o trabalho cativo, pode se entender que uma revolta tenha surgido, mas nunca uma revolução, a estrutura que e necessária para se fazer uma revolução deve mudar a base da ordem vigente, reconstruindo o modo de organização e colocando novos processos em vigência, como exemplo podemos pegar Napoleão em sua primeira fase de comando na França, quando ao tomar o poder ele coloca como fator principal o estudo – educação – da população, pode ser que isso faça parte de uma propaganda, mas Napoleão modificou muitas coisas imposta que refletiu na sociedade, trazendo a tona mais uma ideia de que toda a revolução deve ser pensada como político-social, pois percebemos que as revoluções se fazem no cerne de uma sociedade – as cidade.
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