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Resenha crítica do capítulo 4 ou 5 da coletânea "Diversidade na educação: reflexos e experiências".

Por:   •  6/7/2022  •  Resenha  •  786 Palavras (4 Páginas)  •  135 Visualizações

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Instituto Federal De Goiás

Departamento de Áreas Acadêmicas 1

Licenciatura em História

Hiam Ribeiro De Abreu

Elabore uma resenha crítica do capítulo 4 ou 5 da coletânea "Diversidade na educação: reflexos e experiências".

O capítulo 5, do livro “diversidade na educação: reflexos e experiências”, intitulado “educação e diversidade étnico-cultural” foi escrito pela doutora em antropologia social pela USP Nilma Lino Gomes. Além de doutora, foi a primeira mulher negra a comandar uma universidade pública federal, ao ser nomeada reitora da Universidade da Integração Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), e ocupou o cargo de ministra das mulheres, da igualdade racial e dos direitos humanos do Brasil durante o governo Dilma Rousseff. O extenso currículo da doutora Nilma demonstra sua aproximação com a área em questão, além da competência e excelência que a torna uma das grandes autoridades brasileiras no assunto.

O livro trata um pouco dos desafios de tornar a educação no Brasil mais inclusiva e diversificada (quanto ao público) e nesse sentido o quinto capitulo busca tangenciar o tema geral do livro no sentido que explica as relações socioculturais no ambiente escolar na medida em que pensa a relação entre o “eu” e o “outro”.  Nesse sentido, Gomes divide seu texto em três subtópicos que tracejam uma linha de raciocínio bastante clara.

Subtópico 1: O impacto do Diferente

No primeiro tópico a autora aborda uma reportagem da revista Veja que trata (de maneira indireta) a questão racial no Brasil. Se valendo dessa matéria, ela começa abordar as diferenças entre os próprios brasileiros e se a partir dessas diferenças somos um povo inclusivo – que abraça as diferenças e as acolhe. Para a autora – e também para nós leitores – a resposta se torna clara: Quanto a questão racial não somos inclusivos.

Segundo Gomes, a negativa que vale para a questão racial é válida também para grupos sociais outros. Isso se torna mais complicado ao levar-se em conta a pluralidade cultural do Brasil (que é natural para um país de dimensões continentais). A partir desta construção, Nilma nos convida a refletir sobre a presença dessa enorme diversidade cultural e sobre os desafios de se refletir e ter um posicionamento crítico para que possamos reconhecer os diversos recortes dentro da temática diversidade cultural. (GOMES, p. 70)

Outro ponto levantado pela autora é a importância da escola nesse contexto. Segundo Nilma, a diversidade precisa ser pensada no ambiente escolar visto que a escola exerce uma função social e politica muito maior do que aquelas previstas pelos liberais da educação.

Acredito que nesse sentido, o próprio curso de educação para as relações étnico-raciais vem de encontro com o pensado até aqui. Como alunos de uma licenciatura, nos preparamos para sermos futuros professores e nesse sentido precisamos estar preparados para enfrentar os desafios de uma educação mais plural e inclusiva.

Subtópico 2: Mas o que é diversidade?

Nesse tópico a autora dedica algumas linhas para explicar em termos gerais o que é a diversidade e por que, para discuti-la, é preciso partir de uma discussão política. Para Gomes, tudo gira em torno de uma comparação entre o “eu” e o “outro” e quando classificamos algo ou alguém como o outro definimos o eu como norma vigente tornando o outro estranho ou até mesmo desajustado. Em outras palavras, o comportamento humano em sociedade define normas e aqueles que não aderem a essas são deslocados para a marginalidade. Acredito que esse comportamento seja genuinamente politico e nesse sentido a defesa da autora se coloca em um ponto crucial para discussão.

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