Resumo Formação de Portugal

Portugal:

Historiografia Tradicional:

17/05 – Portugal aparece por volta do séc. XII, durante a “reconquista” e a

consequente expansão dos reinos de Castela e Aragão. Nesse contexto, o rei

Castelhano se alia com um cavaleiro da dinastia de Borgonha (França) devido a

relações familiares entre as dinastias e cede ao mesmo uma terra recém conquistada

no norte da Península Ibérica, que passa a ser o Condado de Portugale/Portucale.

Por ser um território costeiro, esse condado especializa seu comércio em produtos

como peixes, azeite, vinhos, mel, cera, cortiça, peles, etc.

Ao expandir seu território, o cavaleiro conquista terras árabes-muçulmanas ao

sul (devido as fronteiras Castelhanas ao leste), fazendo com que suas terras sejam

estreitas e alongadas. Buscando o reconhecimento independência de seu condado, o

cavaleiro de Borgonha procura o Papa, que reconhece a mesma no ano de 1179.

No séc. XIV o Rei de Portugal morre sem herdeiros causando uma crise na

dinastia de Borgonha. O herdeiro por direito, é então, o rei de Castela, mas este

enfrenta uma grande oposição por nobres e burgueses de Portugal, que financiam,

iniciam e vencem uma guerra contra o reino vizinho.

Com a derrota de Castela a dinastia de Avis é escolhida como a nova família

real, tendo como rei Dom João de Avis. Devido ao seu apoio na coroação dessa nova

dinastia, os burgueses impõem para o rei seu projeto econômico: uma expansão

marítima* para buscar especiarias direto das fontes produtoras e obter maior lucro.

Os interesses dessa expansão incluem: mercantilismo, metalismo, obter uma balança

comercial favorável, intervencionismo estatal e colonialismo (colocado pela

historiografia tradicional como um projeto previamente dado). A expansão religiosa foi

usada como uma justificativa para esse projeto.

*A historiografia tradicional traz que os conhecimentos da expansão marítima

eram portugueses (pescadores), e não árabes, asiáticos, judeus, gregos, etc.

Problematizações – Lucila Siqueira:

22/05 – A autora Lucila Siqueira traz diversas problematizações quanto as

visões tradicionais da História Portuguesa, e a primeira delas é o uso do termo

“burguesia” (adotado pela Historiografia tradicional para denominar a classe que se

juntou para fortalecer o rei, enfraquecendo