Bobbio - A Teoria das Formas de Governo RESUMO
Por: Tiago Rosaes • 25/6/2017 • Resenha • 896 Palavras (4 Páginas) • 1.324 Visualizações
Norberto Bobbio - A Teoria das Formas de Governo
PLATÃO
- República ideal: governantes-filósofos, guerreiros, aqueles que se dedicam aos trabalhos produtivos. Nunca existiu. Aquela em que cada homem é designado para a tarefa que faz melhor.
- Os critérios que diferenciam formas boas de formas ruins, para Platão, são violência vs. consenso e legalidade vs. ilegalidade. As formas boas são aquelas em que o governo não se baseia em violência, e sim no consentimento ou na vontade dos cidadãos; onde ele atua de acordo com leis estabelecidas, e não arbitrariamente.
- Estado perfeito é um só. Todo o resto é corrompido.
- Aristóteles e Políbio: história como sucessão de formas boas e más +-+-+-
- Platão: história como um passagem do mal para o pior
- 4 ruins: timocracia, oligarquia, democracia e tirania (o. decrescente)
- 2 boas: monarquia e aristocracia (essencialmente uma)
Paixões das formas corruptas:
Timocrático → ambição
Oligárquico → riqueza
Democrático → liberdade imoderada (licença)
Tirânico → violência
- A honra do timocrático se corrompe quando se transforma em ambição imoderada.
- A riqueza do oligárquico se corrompe quando se transforma em avareza, ostentação.
- A liberdade do democrático se corrompe quando este passa a ser licencioso.
- O poder do tirano se corrompe quando se transforma em arbítrio, violência pela violência.
Timocracia (Esparta) - corrupão da aristocracia
Oligarquia = corrupção da timocracia
Tirania (forma + degenerada) = corrupção da monarquia
Mudança de constituição: passagem de geração. (homem timocrático como filho rebelde do pai aristocrático)
Corrupção do Estado se manifesta pela discórdia.
Problema político: tema fundamental é unidade do Estado com relação ao indivíduo. (não a liberdade do indivíduo perante o Estado)
- A corrupção de um princípio consiste no seu excesso.
- Dois tipos de discórdia: a que ocorre dentro da classe dirigente e o conflito entre a classe dirigente e a dirigida
- Estado/sociedade como um organismo
Três almas individuais: racional (constituição ideal), passional (timocracia. Guerreiro > sábio) e apetitiva (oligarquia, democracia e tirania)
- Três necessidades: essenciais (oligarquia), supérfluas (democracia) e ilícitas (tirania).
- Democracia possui aspectos positivos e negativos.
- Anarquia: caos, inexistência de governo.
ARISTÓTELES
- Forma de governo = politeia = Constituição ("dá ordem à cidade, determinando o funcionamento de todos os cargos públicos e sobretudo da autoridade soberana")
- A ordem hierárquica platônica é adotada por Aristóteles
- Critério entre bom e mau: interesse comum e interesse pessoal
- Vários tipos de monarquia: hereditária, militar, despótica
- Três relações de poder:
pai sobre sobre o filho (interesse dos filhos)
senhor sobre o escravo (próprio interesse
governante sobre o escravo (interesse comum de governantes e governados)
Monarquia: governo BOM de um só
Tirania: governo MAU de um só
Oligarquia: governo MAU de poucos
Aristocracia: governo BOM de poucos
- POLITIA: mistura de democracia e oligarquia (muitos e bons). Nunca existiu concretamente. Alcançado pela política do meio-termo (o centro é sempre melhor que os extremos). É um tipo de governo-misto. Uma forma boa pode resultar de uma fusão de duas más.
- Na democracia governam os pobres, que constituem a maioria; na oligarquia governam os ricos, que representam a minoria.
- Conservar o método eleitoral e excluir o requisito de renda.
- As cidades melhor governadas são aquelas onde predomina a classe média
- ESTABILIDADE
Politia: pior das formas boas; Democracia: melhor das más
Aristóteles usa um critério qualitativo, e não quantitativo, para diferenciar oligarquia de democracia. Na democracia governam os pobres, que constituem maioria. Na oligarquia governam os ricos, que constituem minoria. Desse modo, a união entre essas duas formas daria origem à politia.
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