A Crise do estado e seus reflexos na educação
Por: Aryane (Melly) • 6/11/2017 • Resenha • 1.251 Palavras (6 Páginas) • 576 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO[pic 1]
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
EDU311 – POLÍTICA E GESTÃO EDUCACIONAL
PROFESSOR DR. MARCELO DONIZETE DA SILVA
ARYANE MELISSA ROMUADO
OLIVEIRA, D. A. e Rosa, Maria F. (org)Política e gestão da educação. Organizado por Dalila Andrade de Oliveira e Maria de Fátima Felix Rosar. Belo Horizonte, Autêntica, 2010.
A crise do estado e seus reflexos na educação
O livro Política e Gestão da Educação, organizado pelas Professoras Doutoras Dalila Andrade de Oliveira e Maria de Fátima Félix Rosar, traz um aprimoramento da discussão sobre a gestão e a política da educação. Elas reúnem vários autores que discorreram sobre esse tema por perspectivas diversas o que nos permitiu ter uma visão mais ampla sobre o que é uma gestão e como ela pode influenciar em toda a dinâmica do processo de ensino e aprendizagem.
“Estado e educação publica: Tendencia administrativas e de gestão”.
O primeiro autor apresentado é o Antônio Lisboa Leitão de Souza em um capitulo intitulado “Estado e educação publica: Tendencia administrativas e de gestão”. Logo no início de seu capitulo Antônio Lisboa irá abordar a temática da crise do paradigma econômico- estrutural que acabou por refletir na esfera privada e pública, sendo a pública a que mais sentiu seus impactos.
Diante dessa situação de crise o estado passa então por uma reforma, que será direcionada por entidades como: o Banco Mundial (BIRD) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) , ou seja o estado precisa atender as determinações vindas da ordem politica-social, esse movimento acaba por refletir diretamente nas questões sociais, pois elas passam a ser controladas por um estado que é regido pelos interesses da classe burguesa. Com a chegada da crise do paradigma econômico-estrutural a gestão educacional acaba por se alterar, ela passa a estar inserida em uma conjuntura de financiamento da educação, que trás consigo uma nova concepção de autonomia administrativa que acaba por ser descentralizada para as escolas publicas.
No que diz respeito ao financiamento que proporciona essa nova autonomia, o Banco Mundial (BIRD) acredita que dentro dessa nova lógica de gestão, irá promover um processo de ensino mais eficaz, porém a realidade dessas escolas está bem distante disso, essa nova lógica acaba por consistir em movimentos planejados para que a educação seja cada vez mais voltada aos interesses do mercado.
Já a descentralização acaba por ocasionar uma municipalização que faz com que a responsabilidade da gestão escolar não fique somente na mão de um, isso faz com o estado seja desresponsabilizado nas questões problemáticas que tangem a educação, pois agora a administração dela se dá de forma “independente”.
Temos dentro dessa lógica as politicas educacionais tentarem promover uma modernidade, mas esse processo acaba por estar sempre atrelado aos valores conservadoristas, pois quem acaba por gerir a educação na sua essência não é o estado em si, mas sim a sua mão invisível que controla afim de preservar os interesses do mercado.
Mudanças na organização e na gestão do trabalho na escola
A segunda autora apresentada será a Dalila Andrade de Oliveira, em seu capitulo entitulado “Mudanças na organização e na gestão do trabalho na escola” começa fazendo uma reflexão acerca da gestão escolar em 1990 que como sabemos sofreu alterações resultantes do processo de reforma do estado. Ela evidência que essa reforma acaba por transformar a educação em algo que vem como instrumento que afirma e garante que os ideais capitalistas sejam reproduzidos de forma natural, reforçando assim cada vez mais os ideias da meritocracia.
“ As reformas educacionais, portanto, construiram-se
de orientações administrativas, cujo referencial será
a lógica da economia privada.”
(OLIVEIRA, Dalila.2008 Pag132)
A descentralização é vista por ela como uma forma de substituição dos afazeres típicos do funcionamento de uma escola, pois por mais que o conceito de autonomia não funcione de forma plena dentro da logica descentralizada, existem decisões que acabam por ser feitas pelas escola, mascarando assim a realidade de quem realmente controla a educação, pois dentro dessa lógica o estado se faz cada vez mais apático.
Nota-se que dentro dessa crise que o estado passou e tem passado, Dalila e Antônio acabam por entender a dinâmica com opiniões bastante semelhantes, sendo assim a proposta de solução do problema, que consiste em uma educação realmente democrática comum aos dois autores.
Existem novos paradigmas na política das administração da educação
Por fim a autora aqui apresentada será Maria de Fátima Félix Novaes, em seu capítulo intitulado “Existem novos paradigmas na política das administração da educação” faz a critica pautando-se em três abordagens.
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