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A Crítica a Antropologia e Geral na África e em Moçambique

Por:   •  31/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.057 Palavras (13 Páginas)  •  1.068 Visualizações

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Abel Ernesto Sempre

Ali Buanamade Ali

Ana Eusébio Arlindo Sabonete

Anastácia Manuel Retine

António Magaia Sabão

Ditos Eugénio Joaquim

Juvência Ricardo

A crítica a Antropologia e geral, na África e em Moçambique

(Licenciatura em Ensino de Geografia, 2º Ano)

Universidade Pedagógica

Nampula

2018

Abel Ernesto Sempre[pic 2]

Ali Buanamade Ali

Ana Eusébio Arlindo Sabonete

Anastácia Manuel Retine

António Magaia Sabão

Ditos Eugénio Joaquim

Juvência Ricardo

A crítica a Antropologia e geral, na África e em Moçambique

(Licenciatura em Ensino de Geografia, 2º Ano)

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado na cadeira de Antropologia Cultural Leccionada pela:

MA: Ainda Ofiço

Universidade Pedagógica

Nampula

2018


Índice

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Introdução        3

Críticas à Antropologia em Geral        4

Antropologia em África e em Moçambique        5

A Antropologia na pós-independência em Moçambique        7

A experiência da Luta Armada e o trabalho intelectual        7

Antropologia em África        9

Referências bibliográficas        13


Introdução

O presente trabalho é sobre críticas à Antropologia, mas concretamente a critica a antropologia e geral, na África e em Moçambique. São objectivos deste trabalho possibilitar o estudante a Conhecer os propósitos da Antropologia Moderna; Perceber que a partir da crítica se abrem novos campos para a Antropologia e estudos sobre a cultura popular. Analisar a situação da Antropologia em África, em geral e em Moçambique, em particular, durante o domínio colonial e tempo pois independência.

A metodologia utilizada foi a da pesquisa das referências bibliográficas.


Críticas à Antropologia em Geral

A antropologia teve o seu período mais fecundo no inicio século XX onde foram criticados os cânones iniciais da própria disciplina. Novas abordagens foram propostas. Houve grande avanço nas ciências paralelas, os meios de comunicação progrediram grandemente, contribuindo para a divulgação das ideias. Deu-se a reformulação da antropologia cultural. A realidade sócio-cultural toma novos rumos e é analisada por olhos diversos. Os povos, antes apenas objecto de estudo, começam eles próprios a cultivar os estudos de antropologia. A antropologia liberta-se do servilismo colonial. (Francisco Lerma Martinez, p. 103).

Em consequência, o objecto inicial seria reformulado e haveria o enriquecimento da Antropologia. Por exemplo com a integração de estudos psicológicos, linguísticos, com a pesquisa do campo. James FRAZER (1854-1941), avançou com estudos comparativos das sociedades; Alfred RADCLIFFEE-BROWN (1881-1955) e Bronislaw MALINOWSKI (1884-1942) desenvolveram intensos “trabalhos de campo”. Este último veio a ser o mais metódico pesquisador de campo, mais privilegiado na Antropologia Moderna. Edward EVANSPRITCHARD (1902-1973), importante sociólogo, se interessou pelo estudo das dinâmicas sociais, conflitos e mudanças culturais.

O sociólogo francês Émile DURKHEIM (1858-1917), mesmo servindo se da sociologia, procurou encontrar explicação científica da acção social e política, apresentando a religião como factor integrador fundamental da sociedade. Os seus estudos tiveram um cariz etnológico. Esse contributo foi acrescido por Marcel MAUSS (1872-1952), seu discípulo, que apesar de ser também sociólogo, formou a primeira geração de antropólogos franceses. Este promoveu o surgimento da Antropologia Contemporânea francesa ao dar maior ênfase a um “trabalho de campo” directo, prolongado e sistemático. Publicou um Manual de Etnografia, em 1947.

Para (Martinez, 2004, p. 59) cit. por (Vilanculo, p. 53) Franz BOAS (1858-1942), fundou a tradição antropológica americana, no fim do século XIX, defendendo, contrariamente aos evolucionistas, o recurso rigoroso à história. A geração posterior de Antropólogos, formada, entre outros, por Abrahan KARDINER, Margareth MEAD e Ralph LINTON, seguiu a corrente culturalista, que explorou as dimensões inconscientes da civilização (a personalidade individual em relação às práticas do corpo, a noção cultural de feminidade e masculinidade e seus papeis sociais, a relação entre culturas. (Queiroz & Sobreira, 2016, p. 50)

A partir dos anos 50 do século XX, a Antropologia segue uma trajectória complexa sob a influência de Edward EVANS-PRITCHARD (1902-1973), Claude LÉVI-STRAUSS (1908…), e de autores contemporâneos como Mary DOUGLAS, manifestando um interesse pela história e a mudança, conflitos das dinâmicas sociais. Nas gerações dos anos 70 – 80, do século XX dá-se também um interesse pelas representações e crenças, pela ideologia e as relações de produção, pela organização social e o parentesco, pelos mitos e os sistemas de pensamento e pelo simbolismo (Id.) A Antropologia passou a estudar não só o exótico, o primitivo, mas também aspectos culturais do mundo ocidental. Assim, a área de estudo passou a constituir não o “outro” geográfico ou histórico, para ser o “outro” em relação ao pesquisador. (Vilanculo, p. 54)

Mas essa crítica terá surgido de fora da Antropologia, quando, como aponta Mello, (2005, p. 195) os povos que antes eram apenas objecto de estudo dos europeus e norte-americanos, como os africanos, os asiáticos e os latino-americanos, começaram a cultivar também estudos antropológicos. Actualmente ocorre a reinterpretação ou a reavaliação da Antropologia Cultural, segundo perspectivas elaboradas internamente e não pela alteridade do europeu. Esperam-se ainda estudos sistemáticos tipicamente novos, como o estudo da cultura popular, o folclore, da globalização, da vida urbana (Francisco Lerma Martinez, p. 104).

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