A LEITURA NA ESCOLA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO ALUNO
Por: liuken • 31/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.634 Palavras (7 Páginas) • 400 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Curso Licenciatura em Letras e Respectivas Literaturas
lília cristina ferreira martins
A LEITURA NA ESCOLA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO ALUNO
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Salinas
2015
lília cristina ferreira martins
A LEITURA NA ESCOLA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO ALUNO
Trabalho apresentado ao Curso Licenciatura em Letras e Respectivas Literaturas da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplinas: Língua Latina Literatura Brasileira e Portuguesa I Morfossintaxe Seminário V Estágio Curricular Obrigatório II.
Professores: Anderson Teixeira Rolim Rosemari Bendlin Calzavara Celso Leopoldo Pagnan Antonio Lemes Guerra Junior Eliane Provate Eliza Adriana Sheurer Nantes
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Salinas
2015
INTRODUÇÃO
Ler é um ato vicioso para o desenvolvimento pessoal e profissional. É uma forma envolvente de expandir nossa capacidade de comunicação. Quem é preparado desde criança tem mais sucesso nos estudos, no trabalho e na vida. É necessário interagir com a leitura e a escrita dentro e fora do contexto escolar, de modo a cumprir as exigências atuais da sociedade.
Nossas escolas estão preparando seus alunos para ler e escrever, porém parece haver uma distância cada vez maior entre as exigências sociais e as habilidades de leitura e escrita apresentadas por esses alunos. (FERNANDES, 2010). Apesar das transformações ocorridas ao longo dos séculos, poucas mudanças ocorreram, pois muitos educadores ainda estão apegados a uma prática formalista e mecânica onde aprender a ler/escrever acaba sendo para a maioria dos alunos a decoreba de signos lingüísticos, pois não há uma decodificação das palavras, lê-se apenas por ler, sem saber o que está lendo e porque está lendo, não há um significado para tal, o mesmo ocorre com a escrita.
Com o advento da tecnologia e com o acesso aos meios de comunicação cada vez mais ampliados, existem várias modalizações de leitura, as informações no mundo contemporâneo não estão mais restritas ao material impresso e aos livros, hoje, podem ser acessadas por intermédio de computadores, tablets, celulares, dentre outros, ampliando assim o acesso a novos conhecimentos, porém com esse advento vê-se que os alunos encontram “respostas prontas” não sendo necessário refletir. Os conhecimentos são sistematizados de tal maneira que o assunto, por mais complexo que seja, é simplificado, dispensando assim uma pesquisa aprofundada ou uma reflexão por parte do aluno.
Dessa maneira é necessário que os professores adotem estratégias para que contornem a situação desmotivadora da leitura dos alunos. É necessário que no processo de formação do jovem leitor a escola adote medidas que envolva a família e a sociedade para que o aluno participe criativa e criticamente no seu desenvolvimento como cidadão consciente.
DESENVOLVIMENTO
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) um dos objetivos da escola quanto ao aluno é que este saiba questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. Para que este objetivo seja alcançado é necessário que a leitura e a escrita façam parte, rotineiramente, da vida do aluno.
No entanto, a grande maioria dos estudantes brasileiros não é motivada a ter uma relação contínua com a leitura, eles não são estimulados à pesquisa, ao acesso às bibliotecas, à produção e criação de textos. A leitura é vista apenas como uma obrigação das tarefas escolares e não como uma atividade prazerosa, ou seja, todo conhecimento que ele possui sobre leitura está relacionado aos exercícios de compreensão e/ou de interpretação de textos, isto é, ao ato mecânico de ler para dizer/responder questões feitas pelo autor do manual didático, lendo apenas para cumprir/vencer as páginas e as lições trazidas pelo livro. Entende-se, aqui, a leitura como algo oposto a prazer, a descoberta, a fonte de informações, a conhecimento.
Para MARCUSCHI (1998) e COSTA (1998) citados por FERREIRA e DIAS em seu artigo A escola e o ensino da leitura, no que diz respeito ao alcance da escola no aprendizado da leitura, a hipótese que se levanta é que a escola não tem cumprido o seu papel no tocante aluno-leitor maduro, crítico, competente e reflexivo e, portanto, na formação de cidadãos críticos, como tem proposto os novos Parâmetros Curriculares. O que se observa é que a escolarização prolongada não se tem mostrado como um fator suficiente para garantir um bom desempenho do indivíduo em atividades de compreensão de leitura.
Para FERREIRA e DIAS, de acordo com estudos feitos por ARCHANJO (1998) e FERREIRA (1998), o resultado parece indicar que a escola não tem garantido o desenvolvimento de habilidades inferenciais elaboradas, e portanto o surgimento de leitores maduros através da valorização da reflexão e da reconstrução do conhecimento, perpetuando, ao contrário, a prática empirista do conhecimento, e consequentemente, o desenvolvimento da passividade, da falta de criatividade e de crítica de aluno-leitor.
Segundo Foucambert (1994), a metodologia alfabetização já está equivocada em sua denominação. Deveria chamar-se "leiturização", pois a utilização lógica da leitura e escrita de textos que circulam no meio em que o aluno vive é de vital importância. Para ele, aprende-se a ler lendo as coisas que já fazem parte do dia-a-dia, coisas de ler, e não textos preparados para ler. Nesse contexto, as leituras tradicionalmente apresentadas nas escolas de Ensino Médio não seriam eficientes para dar essas respostas. Diante disto, o mesmo propõe que neste projeto, a escola e/ou professores sejam os responsáveis pela educação dos alunos, mas também que outros setores da sociedade, por exemplo, a família, a biblioteca pública, as empresas e associações de bairro também participem ativamente.
Portanto, espera-se que os professores que sejam bons leitores, que estejam informados, que incentivem e dinamizem a leitura compreensiva, comparativa e crítica, e que realizem diversos tipos de atividades com a linguagem escrita. Para isso, recomenda-se um programa de leitura para esses profissionais, porque as demandas da comunidade apontam para a “necessidade de formação do professor para a exploração da leitura como elemento de formação do povo”. (BRASIL, 2008).
Assim ensinar a ler e escrever na escola é um desafio que transcende amplamente a alfabetização. As práticas escolares devem considerar a sociedade como um espaço de práticas de leitura e de escrita, o que implica dizer que, fundamentalmente, é a sociedade que determina para a escola quais os conteúdos e competências necessárias ao exercício da cidadania. É lá, para além dos muros da escola, que está o âmbito da prática do que se deve ensinar na escola, para que ela – a escola – tenha sentido.
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