O Cuidado e Acolhimento Com os Alunos de Inclusão Como Forma Preventiva ao Bullying: Garantia do Direito e Permanência na Escola
Por: Laiziani Trevisani de Lima • 9/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.328 Palavras (6 Páginas) • 326 Visualizações
O Cuidado e Acolhimento com os Alunos de Inclusão como Forma Preventiva ao Bullying: Garantia do Direito e Permanência na Escola
Este projeto, com base na pesquisa cientifica sobre o tema, discute o problema da dialética inclusão x exclusão, existente nas instituições de ensino. O trabalho indaga até que ponto estes alunos são respeitados, assim como, o papel do professor frente ao cuidado com o aluno de inclusão. Como se pode explicar, cientificamente, que um direito resguardado por lei não se efetiva. O professor está preparado para a dialética de forma a resguardar os direitos do aluno de maneira acolhedora e preventiva contra o bullying que acerca o tema. Embora seja um direito, do aluno com deficiências especiais sua permanência na escola, muitas vezes este direito se torna a própria exclusão e como consequência o bullying.
Segundo FLEURI x STOLTZ (2012, p.01) a contradição inclusão x exclusão sinaliza grandes desafios a serem enfrentados, para os autores é necessário considerar a educação inclusiva frente ao princípio constitucional da não discriminação. Para que este fato se efetive é importante respeitar a diversidade a partir da compreensão e do respeito à diferença e à paridade de direitos, executadas de maneira interativa, respeitosa, solidária, afetiva, sensível e prospectiva com vistas à justiça e à equidade social garantindo a permanência na escola e prevenindo o bullying. Pois entende-se que enquanto não houver o respeito a diversidade também não haverá inclusão.
Com a investigação percebe-se que os estudantes com deficiência sofrem inúmeras situações de preconceito e violações dos seus direitos. Tem-se a necessidade de refletir e discutir sobre todo processo de inclusão no contexto social e o direito a educação desses alunos especiais. Isto leva a busca por estratégias que assegurem não só o acesso dos estudantes com deficiência nas escolas, mas sua permanência com direito a uma educação de qualidade.
Diante disso o tema abordado tem relevância para refletir, sobre a contradição entre inclusão e bullying, que existe a necessidade de entender e respeitar a diversidade, sabe-se que as escolas devem acolher a todos, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, mas a ignorância, o preconceito e o bullying são barreiras para inclusão escolar e social.
Para Araújo (2007, apud REIS; OMODEI, 2015, p. 123) uma educação que pretenda o desenvolvimento de valores voltados para convivência harmônica entre seus sujeitos não se efetiva se não houver por parte dos educadores, o conhecimento sobre como se dá o processo de legitimação de valores e a consciência da importância de uma educação que vá além dos conteúdos acadêmicos.
Para que os alunos de inclusão tenham respeito é necessário que os educadores tenham uma visão ampla em relação ao tema inclusão, também é necessário que os educadores e a sociedade se unam para conscientizarem as crianças, adolescentes e jovens a respeitar a todos e principalmente os alunos da inclusão evitando o bullying e todo tipo de agressão nas escolas.
A escola é um espaço onde existe muita diversidade, muitas diferenças, por isso são mais propensas aos conflitos. Portanto não deve desconhecer os conflitos e nem renunciar sua responsabilidade de transformação social e do direito a todos a educação.
BENEVIDES (1998) diz que educar para a cidadania requer, antes de tudo, uma escola comprometida com os destinos da sociedade, uma escola onde todas as ações possam convergir para o mesmo ponto, onde o educando seja capaz de governar e ser governado, criando e reivindicando soluções para os reais problemas de sua comunidade (BENEVIDES, 1998).
Assim como em sociedade existem diferenças, dentro da comunidade escolar também haverá, existem pessoas de várias singularidades: tamanhos diferentes, etnias, visões de mundo, histórias de vida, modos de ser, sentir, agir e sonhar. A riqueza cultural existente em nosso país é muito grande, na maioria das vezes, não é levada em consideração no cotidiano da escola (BEAUDOIN e TAYLOR, 2006).
Entende-se que inclusão é a necessidade de alcançar uma educação para todos sem distinção, centrada no respeito e valorização das diferenças. Porém na prática depara-se com diversos problemas no âmbito escolar, o mais comum atualmente é o Bullying, criando uma barreira para a inclusão social e escolar. A situação fica mais grave ainda quando o alvo é uma criança ou jovem com algum tipo de deficiência, que nem sempre tem habilidade física e nem emocional para lidar com a situação.
Como disse MANTOAN (2000, apud FLEURI; STOLTZ, 2012, p. 294) a inclusão “é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós." Então é impossível pensar em inclusão em uma escola onde essa capacidade não existe nas pessoas que ali convivem, onde o bullying acontece não existe inclusão.
No ambiente escolar o principal agente contra o bullying é o professor, visto que ele é quem tem contato direto com os alunos e, portanto, maior possibilidade de perceber as agressões. Mas de acordo com Nozi & Vitalino (2017, apud BORGES, 2018, p. 115):
Para que o professor tenha saberes atitudinais que favoreçam a inclusão de crianças com deficiência e tenha comprometimento com a sua aprendizagem, ele deve se colocar no lugar desse aluno, buscar formação e apoio e trabalhar de forma colaborativa com os professores especializados e demais professores envolvidos.
A escola deve então buscar meios de favorecer essa capacitação do professor além de promover palestras, dinâmicas de grupo e cursos que envolvam também os alunos para despertar o senso crítico e conscientizar os alunos para que convivam de forma que a escola torne-se um espaço prazeroso e inclusivo, e não um espaço de disseminação da violência.
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