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. A Pedagogia Histórico-Crítica no Quadro das Tendências Críticas da Educação Brasileira

Por:   •  31/8/2019  •  Resenha  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  917 Visualizações

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 RESENHA

SAVIANI, Dermeval. A Pedagogia Histórico-Crítica no Quadro das Tendências Críticas da Educação Brasileira e A Pedagogia Histórico-Crítica e a Educação Escolar In.: Pedagogia Históricro-Crítica: primeiras aproximações. 10º  edição rev. Campinas,SP: Editora Autores Associados, 2008. p. 54-74 p. 75-88

Para quem procura por uma teorização da história da educação ou da pedagogia para além do senso comum e modismos pedagógicos, um ótimo suporte é a reflexão produzida na obra Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações, por Dermeval Saviani. Os estudos e discussões acerca das teorias da educação possuem um caráter significativo para o campo educacional, uma vez que apenas a ação educativa consciente é capaz de formar cidadãos críticos. Nesse sentido, a opção por uma teoria implica em assumir os seus pressupostos de forma a ser imprescindível uma prática educativa responsável, sustentada pelo conhecimento teórico.

Dermeval Saviani é formado em filosofia pela PUC-SP (1966), é doutor em filosofia da educação (PUC-SP, 1971) e livre-docente em história da educação (UNICAMP, 1986), tendo realizado “estágio sênior” na Itália em 1994-1995. Na primeira parte de seu artigo, é feito uma breve retomada histórica, a partir do marco em que ocorreu o início das discussões acerca da pedagogia históricocrítica, abordando definições teóricas da significação de tal conceito, dando continuidade às materialidades da visão crítico-reprodutivista, que desempenhou um papel importante em nosso país. Para o autor, a pedagogia histórico-crítica, que analisaria a educação sob o ponto de vista histórico, seria uma solução para as limitações da visão crítico-reprodutivista, uma vez que esta não se preocupa em elaborar o senso crítico nas escolas (SAVIANI, 1991, p. 59). 

Adiante, o texto trata sobre a busca de saídas teóricas, parte em que expõe diferentes pontos de vistas e teorias de diversos representantes, tais como Baudelot, Paulo Freire, Bourdieu e Passeron. Estabelece noções referentes a abordagem dialética da educação, assim como também sobre o processo contraditório da visão dialética. Chega-se então a conclusão de considerar cindo grandes tendências no grupo pedagógico em filosofia da educação, são eles: humanista moderna, analítica, crítico-reprodutivista e dialética.  

Entretanto, é no ano de 1979 que a discussão em torno da concepção históricocrítica dá início a um caminho mais coletivo,  ressalta a abordar dialeticamente a educação, para de ter um foco característico por uma “expressão coletiva”.  Pode-se dizer que desde então, aqueles que se preocupavam  com a educação e que enfrentavam por um método critico da educação, apoiaram essa pedagogia, que se tornou coletiva. Diversas pesquisas em volta da pedagogia histórico-critica começaram a ser realizadas a partir disso, em torno de suas suposições filosóficas, teóricas e praticas com a intenção de auxiliar para a disciplina dessa teoria pedagogia visando que possua a faculdade de se permanecer de maneira resistente na escola.

Começava-se então a procura da descoberta de formas de investigar a educação, conservando a indispensabilidade de abrir possibilidade e não somente produzir a analise do real. Em 1981 chega a tese da Guiomar, partindo de que a educação tenha uma função política, onde que, para que ocorra essa colocação política de modo inovador seria preciso conter uma mestria pedagógica. Conclui-se então, a partir disso, que seria uma visão de educação “policitista”, ou seja, um ato político que na verdade é criar política na escola.

Dando continuidade no quinto e sexto tema do capítulo 3, apresenta-se a crítica da crítica que manifestaram contra essa tendência, que com as oposições erguidas contra a pedagogia histórico-crítica habituou-se assumir modo de incertas dicotomias.  

A partir disso, o autor fala em seu texto sobre o papel real do pedagogo e do professor, no qual aprofunda questões sobre métodos e processos a serem sistematizados com seus respectivos alunos, e com isso, a inquisição da importância das disciplinas no desenvolvimento dos mesmos. A pedagogia histórico-critica segundo o autor, provocaria um aspecto do conhecer como decisivo e realizado, com essa afirmação, aponta os impasses exibidos pela pedagogia, tais como o saber e falar na socialização.

Logo após, há um debate a respeito de diversos campos da pedagogia: o primeiro deles sobre a pedagogia concreta que logo se traduz como pedagogia dialética, e nesses termos, abrange-se sobre a lógica e concordâncias de conteúdos. Deixando claro que o sinônimo estabelecido é a dialética como suposição da mudança da veracidade (SAVIANI, 1991, p. 75). Transposta para educação essa teoria insere a pedagogia no materialismo histórico, que de acordo com o autor:

Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão pedagogia
histórico-crítica é o empenho em compreender a questão educacional com
base no desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da pedagogia histórico-crítica é o materialismo histórico,
ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da
determinação das condições materiais da existência humana (SAVIANI, 1991, p. 76)

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