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Análise do Livro Didático

Por:   •  7/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.698 Palavras (11 Páginas)  •  344 Visualizações

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Análise do livro didático

Por

Mariana Nunes e Sabrina Santos

(DRE 115.177.279 e DRE 115.190.578 )

Alunas do Curso de Letras/Português-Espanhol

Turma LEP

Trabalho apresentado ao Prof. Dennis Castanheira no Curso de Semântica da LP (LEV400), como requisito parcial para a obtenção de média na disciplina.

Faculdade de Letras

2º semestre de 2018.

1 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa apresentar uma análise do capítulo 15 do livro didático "Português - Linguagens em Conexão - Vol. 2" de Maria das Graças Leão Sette, Márcia Antônia Travalha e Maria do Rozário Starling de Barros. O capítulo apresenta os temas: polissemia, homonímia, paronímia, sinonímia e antonímia para alunos do 2º ano do ensino médio. Essa análise consiste em pensar sobre a organização do capítulo e a metodologia utilizada em diálogo com o texto "Linguística e ensino", de Oliveira e William. Sendo seu principal objetivo refletir de que maneira os conceitos são trabalhados, tendo em vista que o ensino de língua deve ser realizado de modo a considerar aspectos interacionais e pragmáticos.

Este relatório encontra-se organizado em quatro capítulos. Além deste primeiro, que introduz o trabalho a ser realizado, o capítulo 2 intitulado "pressuposto teóricos", apresenta dois sub capítulos como "Conceito de ensino" e "Conceitos trabalhados", que respectivamente falam sobre a importância do livro didático no ambiente escolar, a concepção de ensino utilizada, apresenta a perspectiva adotada da língua que foi utilizada para o desenvolvimento do trabalho e explica os conceitos trabalhados no livro didático.

No capítulo 3, são apresentados, divididos em tópicos, os resultados da análise feita, que servirão para dar ao leitor uma visão geral sobre a qualidade do material didático, focando no cumprimento de sua função como ferramenta de trabalho e conhecimento.

O quarto capítulo comenta as conclusões resultantes a partir da análise realizada de todo o capítulo e do diálogo entre as reflexões feitas com o texto de Oliveira e William (2008).

2 - PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

2.1. Conceito de ensino

Baseando-se nas concepções de Oliveira e Wilson (2008) a respeito da ideia de língua e ensino, este trabalho encontra nas autoras uma fonte rica de conhecimentos que servirão de aparato direcional e teórico. Toda a análise realizada em cima do capítulo selecionado preza pela qualidade do livro didático, destacando se os temas são abordados de maneira coerente e considerando as questões sociais envolvidas no processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, é preciso esclarecer que a perspectiva adotada neste trabalho é a que vê a língua em seu aspecto pragmático e interacional, ou seja, não levando em consideração apenas a estrutura linguística, e sim fatores extralinguísticos, considerando 1 "todas as interferências comunicativas que cercam sua produção e recepção".

Com o que foi mencionado anteriormente, fica pressuposto que há outras formas de abordagens ao tratar da língua. Dentre diversas perspectivas, a concepção formalista enxerga a língua como um fenômeno autônomo que independe de fatores interacionais, e que, dentro do ambiente de ensino, é 2 "uma entidade capaz de encerrar e veicular sentidos por si mesma". Já a concepção adotada neste trabalho é a da linguística funcional e pragmática, que tem um foco mais amplo, enxergando a importância das questões interacionais e de outros fatores extralinguísticos no estudo da língua.

Através desta concepção, trabalhada por Oliveira e Wilson (2008) em seu texto "Linguística e ensino", este trabalho realiza sua avaliação tendo em vista que o ensino deve ser realizado de maneira acolhedora, não excludente. Muitas vezes o ensino nas escolas é realizado de maneira mecânica, em que o aluno recebe uma quantidade exaustiva de conteúdo, a qual ele não consegue entender ou fazer conexão com a sua realidade, o que acaba sendo desestimulante pois o leva a pensar que não é capaz de compreender uma língua que já domina. Esta problemática gera uma série de reflexões a respeito de como ensinar língua no ambiente escolar. Deste modo, surge a concepção de linguística funcional e pragmática e nos permite enxergar a importância do livro didático no ensino.

Tendo em que vista que os livros didáticos são elementos fundamentais dentro do ambiente escolar pois, muitas vezes, eles serão o único material de suporte para obtenção de conhecimentos literários, científicos e culturais, é de extrema importância a análise dos conteúdos disponibilizados através destes, tendo como objetivo melhorar a qualidade do material para garantir que ele alcance seu objetivo como ferramenta de trabalho e conhecimento, quando em contato com os alunos a quem serão destinados.

Pensando na importância e na significação do livro didático, analisaremos a organização do capítulo e a metodologia utilizada, pensando se estes consideram as especificidades envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, como: o perfil do aluno e do professor, tempo, os aspectos sociais e outros fatores importantes para o seu desenvolvimento.

2.2. Conceitos trabalhados

O capítulo 15 do livro "Português - Linguagens em Conexão - Vol. 2" de Maria das Graças Leão Sette, Márcia Antônia Travalha e Maria do Rozário Starling de Barros trata de cinco conceitos semânticos: polissemia, homonímia, paronímia, sinonímia e antonímia.

O primeiro conceito apresentado entende-se pela capacidade de uma mesma palavra possuir múltiplos significados. Uma palavra polissêmica pode apresentar significados distintos a depender do contexto ao qual está inserida. Neste caso, as palavras só apresentam uma entrada no dicionários pois há uma relação semântica

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