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Anhanguera - Fundamentos Filosófcos e Sociológicos da Educação

Por:   •  4/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.125 Palavras (17 Páginas)  •  212 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

MATEMÁTICA

DESAFIO PROFISSIONAL

Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação

CLAUDEMIR ROBERTO DE CASTRO – RA 2848227134

LEANDRA LUNA NAVARROS

TAUBATÉ/SÃO PAULO

2015

INTRODUÇÃO 

 

“Filosofamos partindo do que sabemos para o que não sabemos para o que parece que nunca poderemos saber totalmente [...]”. Segundo o pensamento do filósofo espanhol Fernando Sovater, este é o ato de filosofar, e o que veremos neste trabalho é a essência da Filosofia, seu ensino e problematização, nos levando estes parágrafos a pensar ou filosofar sobre problemas sociais que nos cercam como as desigualdades do século XXI, ou o encobrimento da verdadeira cultura pela indústria cultural, o que é a indústria cultural? O que ela tem feito com nossas histórias, com nossa real cultura?

Conheceremos os pensamentos de um grande mestre, Bourdieu, nos mostrando que a desigualdade social começa nos valores que os pais passam para seus filhos, ou seja, alguns têm outros não.

Dessa forma iremos conhecer um pouco mais sobre essa disciplina e seus autores que nos ensinam a arte de filosofar e a sua importância para nós quanto sociedade.

DESENVOLVIMENTO

ETAPA 1 – A Natureza da Filosofia e o Seu Ensino.

Algumas vezes ao pararmos para pensar, seja sobre a vida ou as circunstâncias dela, nos deparamos com o famoso “só sei que nada sei” de Sócrates, e, nos perguntamos o porquê de não entender, não saber o que estamos vivendo, o que esta acontecendo, por que chegamos aonde chegamos, enfim aqui neste parágrafo nos deparamos com o problema da filosofia. A filosofia busca responder esses questionamentos do ser humano de maneira aberta, mas não só um questionamento ocioso, emotivo sobre problemas pessoais, e sim entender a estrutura do problema, como por exemplo, quando queremos saber o conceito de realidade, queremos saber o que é realidade e não a natureza e estrutura do nosso conceito de realidade partiram então do ponto “O que é Filosofia?” A filosofia é uma disciplina a priori, onde o principal instrumento para realizar o trabalho é o pensamento, é através do pensamento, da analise do pensamento que se obtém as teorias filosóficas, ou seja, não é uma disciplina empírica, onde se utilizam laboratórios, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas. A filosofia é composta por instrumentos dos quais são obtidos as teorias e argumentos. A teoria surge como um termo mais claramente neutro, uma ideia razoavelmente sofisticada e clara que alguém defende, as teorias dos filósofos são respostas a problemas filosóficos, alguns reais, outros ilusórios, assim como suas teorias podem ser mais ou menos plausíveis, porém são perspectivas de resolução de um problema, não apenas um item fictício literário são tentativas reais e importantes.

O argumento é o que sustenta a teoria, não apenas em filosofia, mas em todas as disciplinas, em todas as ciências é preciso um argumento irrefutável para tornar qualquer teoria verdadeira. A argumentação é o aspecto principal da filosofia. Chegamos agora em um ponto com muitos entre parênteses, pois ao falarmos em argumentos, colocamos a vista alguns problemas da filosofia, e não são com os argumentos filosóficos, mas sim com os problemas que a filosofia enfrenta quanto disciplina. Comecemos pelo fato da disciplina em questão não ser empírica, isso frente ao cientismo é uma desvalorização, algo em que não se possa confiar, pois contra fatos não há argumentos, e se a filosofia não pode ter suas teorias consensuais e substanciais, não é susceptível de verdade, se não há resultados consensuais substanciais, o que há exatamente para ensinar? Como lidar com as diversidades teóricas dos filósofos? Porém essa tese de que se não for empírico não é susceptível de investigação é simplesmente refutável, pois se algo não é consensual substancial a ponto de não ser conceptível de investigação acadêmica séria, não é susceptível de investigação empírica, em outras palavras é uma tese filosófica, é neste sentido que a filosofia se torna inevitável. Outro problema de ensinar filosofia são as chamadas autoridades. Em uma cultura autoritária “pensar é proibido”, dessa forma, filosofar também, nessa cultura, o que se pode ensinar é a história da filosofia, os grandes pensadores e suas teses, mas não a filosofia, é muito comum encontrarmos na grade curricular A História da Filosofia, que conta como tudo começou, as teorias defendidas pelos filósofos.

O historicismo e o enciclopedismo são duas formas de abordagem para evitar responder os problemas de escolha de conteúdo a lecionar no currículo acadêmico. De um lado a abordagem historicista consiste em escolher um ou dois filósofos apenas que o professor geralmente conhece por que estuda na sua investigação e reduz-se a disciplina aos tais filósofos e o que disseram sobre tais temas. Assim, o estudante fica sem conhecer, por exemplo, nem mesmo uma parte central da ética contemporânea. E do outro lado à abordagem enciclopedista que consiste em listar os problemas, teorias e argumentos da ética. Estas duas abordagens devem ser evitadas, mas ambas tem vantagens, a abordagem correta é conciliar as duas abordagens procurando evitar seus defeitos. Observando a imagem de August Rodin - O Pensador, podemos colocá-lo como um símbolo da filosofia, pois representa exatamente o que vem sido discutido ou relatado até agora, o ato de pensar, o ser pensante, capaz de enfrentar obstáculos convencionais para questionar o que esta acontecendo a sua volta, a decisão de não ser influenciado por  tendências e sim criticar positivamente ou não o que lhe rodeia, vemos um homem solitário de olhos fechados vivendo em meio ao caos do cotidiano e refletindo sobre os problemas sejam eles filosóficos ou não.  A filosofia é importante para a compreensão da sociedade e do mundo pois com ela aprendemos a pensar e questionar e nos tornamos seres pensantes e questionadores, como a filosofia não apresenta resultados consensuais, tem difícil aceitação na sala de aula, tanto por alunos como por professores. Como esta matéria é de difícil aceitação e compreensão, torna-se viável não considerá-la uma disciplina acadêmica séria. O que está sendo realizada de forma equivocada, pois com a filosofia o estudante tende compreender os problemas, teorias e argumentos e aprende a discuti-los.

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