CRÔNICA – A LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE IDIOMAS
Por: Clauson • 7/5/2018 • Artigo • 1.010 Palavras (5 Páginas) • 357 Visualizações
CRÔNICA – A LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE IDIOMAS
Aluno: Clauson S. Godoy Ferreira
Palavras-Chave: Crônica, Linguística, Ensino, Idiomas, Clauson.
Muito já se discute sobre os avanços da Linguística em diversos aspectos envolvendo a Língua e a Fala, que muitas vezes sobrepõem os métodos tradicionais da gramática. E assim também venho trazer neste relatório alguns destes aspectos em relação ao ensino da Língua Estrangeira e suas aplicações, e porque o ensino da gramática tradicional já se tornou um método ineficaz.
Há muito tempo em muitas instituições de ensino devido ao conservadorismo e estruturalismo preservado nestas instituições, o ensino das línguas estrangeiras tem se mantido embasado em uma pedagogia totalmente fundamentada no ensino da gramática de maneira sistemática aos mais diversos alunos, sem considerar gênero, faixa etária, contexto social e religioso, e outras questões importantes. Duarte (1996:37) destaca o papel da aprendizagem significativa, segundo a autora, aprender significativamente é o que ocorre quando se leva em consideração os objetivos pessoais do aluno e, portanto, a ênfase a ser dada é no aluno situado no seu momento histórico, determinado por uma contexto socioeconômico, político, cultural e religioso.
É neste contexto que a Linguística entra com os recursos necessários para que o aprendizado de línguas seja individualizado, adaptado a cada tipo de variação linguística, ou estudante, de maneira natural, assim como o aprendizado da língua materna. Além do mais, a Linguística aplicada tem foco na resolução de problemas, de maneira processual.
Segundo Lopes (1996), a LA é entendida aqui como uma área de investigação aplicada, mediadora, interdisciplinar, centrada na resolução de problemas de uso da linguagem, que tem foco na linguagem de natureza processual, que colabora com o avanço do conhecimento teórico, e que utiliza métodos de investigação de natureza positivista e interpretativista. (LOPES, 1996: 22-23)
Uma das primeiras e grandes contribuições para a Linguística Moderna se dá através de Chomsky. No final dos anos 1960, ele introduziu o conceito de Gramática Universal (GU). Ele desenvolveu esta teoria pelo fato de que, as crianças em um momento de seu desenvolvimento cognitivo, conseguem aprender mesmo que de forma básica os pilares da comunicação de seu idioma, mais do que outras atividades que são menos complexas. Ou seja, conseguem adquirir o aprendizado da linguagem sem qualquer feedback sistemático ou instrução. Assim, ele concluiu que as crianças possuem uma faculdade inata da linguagem, capaz de decifrar o código da língua materna, e aprendizado.
Segundo esse pensamento, foi desenvolvida a Monitor Theory, de Krashen (1982), que baseada em pesquisas, conclui que o aprendizado da segunda língua deve fornecer condições similares ao aprendizado da língua materna, para criar um ambiente similar ao cognitivo que foi comprovado pelas crianças de Chomsky.
Outra contribuição de extrema importância da Linguística para o ensino de idiomas vem de Dell Hymes no começo dos anos 1970. Segundo sua teoria, o saber e o aprendizado da comunicação em si, estão muito mais além de saber regras de gramática, já que devemos considerar a competência comunicativa do indivíduo.
Neste contexto, não podemos ignorar a extrema importância do conteúdo de Linguística no currículo de conhecimento do professor de língua estrangeira. Principalmente pela abrangência que esse mesmo conhecimento irá proporcionar a esse profissional. O professor com essa “bagagem”, pode fornecer ensino individualizado a seus respectivos alunos, tendo sensibilidade para compreender os erros fornecer os feedbacks adequadas a cada tipo de situação. Farrell (2003) e Kleiman (1998) nos mostram que no ato da leitura as pessoas normalmente acionam seus conhecimentos prévios sobre o tópico. Uma vez que o aluno identifique o tópico em questão, a compreensão do texto e a solução das tarefas propostas deverão ser suficientes para que ele atinja seu objetivo principal, que não é a tradução do texto em sua íntegra, mas um entendimento global do que está sendo exposto. Tal prática também pode se mostrar produtiva na leitura em língua materna.
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