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Filologia Antiguidade Greco-Latina

Por:   •  26/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.180 Palavras (9 Páginas)  •  603 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE LETRAS

FILOLOGIA ROM NICA I

GRUPO:

ALINE MOURA ROCHA

LETICIA CAPUANO

LEONARDO SODRÉ

LILIAN RAMOS

MARIANA TEIXEIRA

VINÍCIUS ESTEVES RAMOS

PROFESSOR: FLAVIO BARBOSA

RIO DE JANEIRO

2016.1

Questão 01: Explicitem os significados de filologia e de filólogo, na Antiguidade Greco-Latina. Contemple-se a falta de univocidade de significados nesse período, além das principais construções semânticas mencionadas no texto.

Resposta:

Segundo alguns dicionários, a filologia é a ciência que tem como objetivo estudar uma língua através de textos escritos, também se ocupando da literatura e da cultura de um determinado povo.

A concepção do termo ‘’filólogo’ ‘ é algo completamente antigo, oriundo e precedido de palavras ‘’filologia’’ e ‘’filologar’’, inicialmente encontrado por Aristóteles, mas sabemos que o termo já é precedente a este período. Etimologicamente, o vocábulo significa ‘’ amigo da palavra’’ e encaixa-se na filosofia dos estoicos. Logo OAÓYOÇ é algo relativo à inteligência. Por isso filólogo é aquele que aprende a palavra, a expressão da inteligência, o pensamento alheio e com isso adquire saberes e desenvolvimento intelectual.

Com os avanços, como o surgimento da escrita, a palavra também passou a ter uma noção do escrito, transformando o filólogo não é em um falante e ouvinte, mas também um amigo do meio escrito, através de papiros, pergaminhos, cartas, etc. Após certo tempo, a palavra filólogo passou a designar uma ideia muito mais escrita, podendo ser compreendida como aqueles que liam e escreviam, ou seja, para época era uma minoria, algo totalmente restrito.

Pode-se claramente afirmar que tanto os significados relacionados com as palavras filólogo e filologia não são de fato unívocos, pois não permitem apenas uma interpretação, mas sim várias a partir de ideias e concepções fragmentadas por filósofos e estudiosos. Veja a seguir alguns pontos de vista distintos:

Platão: O termo filólogo não parecia haver um significado técnico ou específico. Através dessa forma de pensamento, ele distingue ‘’filósofo’’ de ‘’filólogo’’ considerando ambos como especialistas suficientemente competentes para opinar o que é ou não verdadeiro, logo é necessário ter conhecimento e discernimento e não apenas ser um bom falante.

Cícero: Já o pensamento desse filósofo está relacionado com a representação de temas abordados com o contexto do vocabulário, como a amizade, o destino, a velhice, a natureza dos deuses, no qual se busca apenas a cultura e o exercício do raciocínio.

Através dos exemplos citados acima, é completamente visível da distinção da definição dos conceitos, ocorrendo a assim a falta de univocidade.

Questão 02: Discorram sobre as possíveis delimitações pra os perfis do filólogo, do filósofo e do gramático, também na Antiguidade Greco-latina.

Resposta:

Ao longo da Antiguidade Clássica, a concepção de filólogo passou por inúmeras variações, em sua concepção mais ampla significava aquele que era amigo da palavra (falada e escrita), amante do ouvir, preocupado com as concepções estilísticas, literárias, considerados os "sábios" dentro da cultura da época, sua acepção não tinha a ver com o estudo da história das palavras, ou seja, o estudo etimológico. Para Platão, a palavra filólogo não possuía um conceito específico ou técnico, mas apesar disso dizia respeito a quem tinha bom conhecimento. Isócretes, por sua vez, já apresenta o sentido de gosto pelas palavras. Já para Cícero tinha relação com os temas abordados. Já para Sêneca, o filólogo era aquele que apresentava análises, deduções e interrelacionamenos de fatos, além de um amplo conhecimento. Todos esses apresentam a associação do conceito de filólogo a ideia de um refinamento intelectual e de uma ampla cultura geral.

O filósofo, para Platão também é detentor de um bom conhecimento, só que para este filósofo o filósofo era mais que um bom falante (filólogo), Sêneca, por sua vez, defende que o filósofo está centrado na discussão das ideias e tem a capacidade de se espantar com o texto. O gramático, por fim, se preocupa com os problemas específicos da língua e da literatura, para Sêneca o gramático se interessa pela própria palavra, analisando as expressões típicas, os arcaísmos, as influências literárias, o objeto de estudo do gramático é a própria língua. Há ainda algumas concepções que aproximavam tanto o gramático quanto o filólogo de um crítico literário. Considerando que o filólogo está preocupado com a comunicação, a concepção de gramático está intrinsecamente ligada a de filólogo.

Por fim, seria possível afirmar que na Antiguidade, a concepção de filósofo, interligada com a de gramático, estava associada aqueles que detinham um amplo conhecimento, inclusive da história, representando um ícone da tradição do conhecimento, enquanto aos filósofos cabia a discussão das ideias e questões que afligiam a sociedade da época, talvez por isso, Platão em sua República Ideal queria expulsar os poetas (e estes seriam ligados aos filólogos - estilística) e dar um maior espaço aos filósofos.

Questão 03: Façam um relato sobre a retomada da filologia a partir do século XV, após o período medieval. É preciso dar conta, nesse texto, da contextualização histórico-cultural desse evento; dos primeiros estudos sobre a história das línguas; da fixação do conceito filólogo nesse período.

Resposta:

O termo filologia era designado as pessoas com múltiplos conhecimentos tanto na Grécia antiga como em Roma A.C, mas a partir do século VI, com a nova mentalidade cristã, que levou os estudiosos a terem outra visão de mundo (omitiam tudo aquilo que não pudesse cristianizar), sobretudo, em relação a problemas religiosos, o termo filólogo deixou de ser usado.

No século XI eram raros os estudiosos e intelectuais que se dedicavam ao estudo do latim, da língua grega e literatura. Só a partir

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