Miguel Inicio de Um Livro
Por: Thelry Maria Lima da Silva • 24/3/2022 • Abstract • 1.170 Palavras (5 Páginas) • 101 Visualizações
Prefacio
Era um domingo bem cedo, o Sol já havia nascido e sua luz atravessava a vidraça da janela, vencia a cortina e por fim chegava ao rosto de Miguel. Não havia necessidade de acordar cedo e ele queria sair da cama só depois das 9, mas como sempre sua mente o acordava e fazia-o levantar. Após 30 minutos, apenas olhando a luz penetrar por frestas da cortina que ele havia deixado entreaberta, ele resolve levantar, mas acabada sentido como seu corpo dói, ele senta e reflete sobre o dia anterior.
O sábado havia sido um dia normal, na verdade havia sido um ótimo dia. Ele passará uma manhã agradável com sua irmã e seu cachorro Bob, e teve uma tarde maravilhosa com sua melhor amiga, umas das pessoas que mais lhe fazia se sentir confortável. Mas ao chegar em casa, já à tardinha, tudo mudou.
Ele chegou em casa e resolveu tomar um pouco de água, encheu o copo e quando ia levar aos lábios notou que sua mão tremia, nesse momento ele parou e percebeu como seu sangue estava acelerado e quente, ele começou a sentir uma falência de sua coordenação e o medo tomou conta de sua mente, não restavam dúvidas, ele estava tendo uma crise de ansiedade.
Ele já sabia que em uma situação dessas há apenas um erro que não se pode cometer: Perder o controle da respiração. Não querendo que sua irmã o veja ele foi até os fundos. Depois do jardim há uma pequena área fechada onde ficam a casinha de Bob e um depósito de ferramentas, há ainda após essa casinha um pequeno distanciamento até o muro onde fica uma pequena árvore plantada pelo próprio Miguel.
Miguel, aflito, caminhou pela casa evitando o contato de todos, passou pelo jardim suando frio e então chegou até a casinha de Bob, de onde ele foi até a pequena árvore, enquanto caminha ele falava sussurrando: "controla a respiração, vai ficar tudo bem se você controlar a respiração". Ele encostou as mãos na parede para que parassem de tremer, ele tentou respirar pausadamente, mas é impossível e seu coração estava tão acelerado que suas batidas causavam uma forte dor em seu peito, ele acabou perdendo o controle, sentiu sua faringe se obstruir e parou de respirar. Ele se desesperou ao tentar puxar o ar e não conseguir, lágrimas escorriam por seu rosto, ele forçou a respiração e seu peito doeu cada vez mais, já fraco e com medo do que viria a seguir ele tentou puxar o ar mais uma vez e para seu alivio, conseguiu.
O ar que adentrou em seu corpo pareceu ser o mais puro e delicioso do mundo, ele precisou de alguns minutos para se recuperar do que acabou de acontecer. Ainda com as mãos na parede, ele recobrou o ritmo de respiração, no começo lento e não tão suficiente, mas logo ficou confortável e ele agora se afastou da parede. Ele resolveu voltar para casa, porém ainda precisava se recompor, ele ainda lacrimejava, seus olhos estavam vermelhos e sua face molhada, escutou um barulho parecia que alguém estava atras dele, “Minha irmã, talvez? Oh não, não queria que ela me visse assim.” Ele pensou e se virou para ver quem estava com ele, era apenas o Bob, ele estava sentado e o fitava com indiferença como se soubesse que algo estava errado, mas sem saber como ajudar.
Miguel sorriu, aproximou-se de Bob, sentou ao seu lado, fez um carinho nele e começou a falar algo que soa como um desabafo: “Não sei o que houve, eu parecia estar tão bem, tive um dia tão bom e mesmo assim, algo perturba tanto minha mente a ponto de me causar uma crise!”. Após esse momento de tensão ele voltou para casa e preparou-se para dormir, demorou para repousar, mas então apagou em um pesado sono até acordar cedo naquela manhã de domingo.
Miguel atrapalha os pensamentos de lembrança, olha o relógio e puts, se passou uma hora, bom, 7:00 não é um horário tão ruim pra levantar. Ele levanta, seu corpo resiste, mas ele força, se põe de pé e caminha até a cozinha, procura água, é cedo e todos ainda dormem, ele resolve preparar o café. Assim talvez sua mãe ficasse ao menos um pouco feliz, o relacionamento deles não era tão pacífico e Miguel vivia tentando deixar as coisas bem.
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