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O ENSAIO SOBRE A EDUCAÇÃO E LITERATURA NA PANDEMIA E UTILIZANDO AS MÍDIAS REMOTAS EAD E ER

Por:   •  28/2/2022  •  Ensaio  •  4.591 Palavras (19 Páginas)  •  132 Visualizações

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO[pic 1]

FACULDADE PIO DÉCIMO

INSTITUIÇÃO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS / ESPANHOL

PERÍODO: 5º(quinto )                DATA:  10 / 12 / 2021_

DISCIPLINA: LITERARATURA E CULTURA SERGIPANA

DOCENTE: Prof. Me FRANCISCO DIEMERSON DE SOUSA PEREIRA

ENSAIO SOBRE A EDUCAÇÃO E LITERATURA NA PANDEMIA E UTILIZANDO AS MÍDIAS REMOTAS EAD E ER

CAMILLA CRISTINA SANTOS CAMPELO DA SILVA

RESUMO: Neste período que estamos passando pela Pandemia do COVID-XIX, várias demandas surgiram na busca de restabelecer a continuidade profissional, de formação escolar e superior, incentivo à cultura e literatura. Este ensaio trata da perspectiva de uma visão de uma metodologia a ser pensada para a cultura e literatura sergipana na formação de professores e discentes através da utilização de mídias remotas onde pode-se, inclusive, se pensar na disponibilização de e-book e espaços de leitura, principalmente para a comunidade formada e em formação de Letras e áreas afins, com isso incentivando a cultura e literatura sergipanas nas escolas públicas e privadas do estado de Sergipe. Tal projeto ambicioso, com a formatação acima, necessita de políticas e leis públicas estaduais que direcionem para essa finalidade se adequando ao contexto do MEC.

Palavras - chave: Pandemia, EAD, Literatura, Ensino Remoto.

1 - INTRODUÇÃO

A pandemia da Covid-19 a partir do primeiro semestre de 2020 impôs novos paradigmas à educação em um período no qual as atividades presenciais foram severamente afetadas, preconizando o distanciamento social como uma maneira eficiente de frear a contaminação pela doença. Nesse contexto O Ensino Remoto - ER e a Educação a Distância - EAD se colocaram em evidência em todas as modalidades de ensino, incluindo a educação superior. Frente a este contexto, este ensaio busca refletir como o ER, a EAD e as plataformas tecnológicas de aprendizado estão alterando as modalidades de ensino.

Neste ensaio darei uma pincelada nas teorias que baseiam o formato, os objetivos, a realidade, os resultados, as lacunas e os sucessos dos esforços do EAD, consolidados como prática comum em instituições públicas e privadas de ensino superior. Este breve ensaio também se preocupa em trazer uma conceituação da Educação a Distância sob novas perspectivas, tratando sobre o papel do docente como mediador da transmissão de conhecimentos entre alunos e dispositivos digitais, abordando também da ressignificação do papel do tutor de EAD na cadeia de transferência de saberes exercida no meio da educação remota, além de mostrar também acentuar que os profissionais de Comunicação desempenham um papel de grande relevância no apoio aos educadores envolvidos com a Educação a Distância.

É neste contexto que também apresento neste ensaio uma pequena análise crítica sobre a divisão da educação em modalidades utilizando o ER e sobre o comportamento preconceituoso em relação à EAD, manifestado por boa parte das pessoas. Também é importante observarmos argumentos sobre a proposição de que, no paradigma educacional pós-Covid19, o novo “normal” será a educação semipresencial mediada por recursos educacionais digitais e a categorização equivocada da educação a distância como modalidade se tornará anacrônica, visto que a aplicação dos métodos e das tecnologias educacionais hoje disponíveis ressignificará os conceitos de distância e de ensino.

O mundo já passou por um histórico de endemias e pandemias; no século VIII, com início em 735, um surto de varíola acometeu alguns países Asiáticos, sendo que há estimativas que de 25 a 30 % da população do Japão, por exemplo, tenha sido dizimada. Referente à vírus que afetam ao sistema respiratório, existem registros de epidemias no mundo desde o século XVIII, até os dias atuais, sendo que alguns tiveram  alguns origem na transmissão por pessoas em viagem entre diferentes países, mas, entretanto, somente a partir da pandemia da Gripe Espanhola se iniciaram políticas públicas para a saúde com atuações do e intervenções dos governos com interrupção de aulas, obrigatoriedade do uso de máscaras, proibição de aglomerações, em diversos países asiáticos. Não diferente do passado estamos vivendo por situação semelhante e mais grave, generalizada pelo mundo.

Nesse contexto de pandemia, as festas e movimentos culturais e literários que são socialmente entendidas como um evento revelador dos costumes e das tradições, expõem também a dimensão cultural de uma sociedade. Sendo que as festas, sobretudo as religiosas e as de eventos musicais, agregadas as festas religiosas, representam um momento de sociabilidade. São uma oportunidade de rever os amigos, visitar os parentes ou recebê-los em casa e de estabelecer e reforçar laços, inclusive de solidariedade. Ir à festa também significa estabelecer laços de convivência com outras pessoas, além da família, ou seja constituem uma forma de reunião social, sobretudo nas regiões rurais, dos engenhos e fazendas isoladas.

Alguns desses eventos atraem muitos turistas para Sergipe. A maioria desses visitantes são pessoas nascidas, em cada um dos municípios envolvidos com essas festas, e que moram em outros Estados do Brasil, a exemplo da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Goiás, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro e que retornam, à passeio, à terra natal, nesses períodos religiosos, para rever os familiares e curtirem essas festas, cada qual de seus municípios de origem. Nessas festas, além destes visitantes, recebem-se turistas que vem apenas acompanhar as procissões e caminhadas peregrinas.

As festas dos(as) santos padroeiros(as) dos 75 municípios de Sergipe são sempre atrativas, e com a pandemia todo esse movimento cultural, quiçá literário, e turístico bem como os movimentos expressão de eventos musicais, artes cênicas e literários tiveram, se não na sua totalidade, mas totalmente parado sem geração de recursos que pudessem manter seus representantes .

A Educação não passou por problema menor, com escolas fechando suas portas por não poderem honrar com suas obrigações econômicas  por falta da possibilidade de adequar sua estrutura sem o apoio público, nesse momento de transição para o “novo normal”.

Além disso o Estado de Sergipe, rico culturalmente em diversas áreas artísticas, não possui um material disponibilizado de modo sistematizado sobre a cultura e literatura sergipana, de modo que possa oferecer a quem o buscar, principalmente os sergipanos, conhecimentos sobre os principais nomes de artistas plásticos, autores e obras das diversas escolas literárias e de expressões culturais.

Pode-se dizer inclusive que ainda hoje há uma certa incoerência entre a estrutura de ensino que cobra conteúdos em vestibulares de acesso ao ensino superior, que não são oferecidos nas grades curriculares escolares da rede estadual de educação.

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