OS TÓPICOS CENTRAIS DA TRADUÇÃO
Por: mary_lumos • 1/2/2021 • Artigo • 701 Palavras (3 Páginas) • 127 Visualizações
AVALIAÇÃO DE LEITURA 1
TÓPICOS CENTRAIS DA TRADUÇÃO
PERÍODO ESPECIAL 2020.II
MARIANA SANTOS FREITAS MARTINS DA SILVA
GRR 20181485
Escolha pelo menos 02 dos 04 textos de Rosemary Arrojo e sintetize suas questões mais centrais (máx. 1000 caracteres);
No ensaios “As questões teóricas da tradução e a desconstrução do logocentrismo: algumas reflexões” e “A desconstrução do logocentrismo e a origem do significado” Rosemary Arrojo se opõe a tradição logocêntrica — que postula que os problemas teóricos suscitados pela ação de traduzir só podem ser esclarecidos pela ciência linguística — ao argumentar que própria matriz que reflete sobre esses problemas é também a matriz que produz a noção da impossibilidade teórica da tradução e, consequentemente, a concepção da tradução como uma usurpadora ineficiente que, ao tomar o lugar do “original”, pode apenas oferecer reflexos pálidos e oblíquos.
Ainda, Arrojo critica a crença logocentrista na possibilidade de uma distinção intrínseca entre sujeito e objeto, onde a origem do significado é necessariamente localizada no significante. Para ela, a projeção da origem do significado para fora do sujeito e de seu contexto de leitura, consequência do desejo de um significado transcendental, neutro e independente, leva qualquer teoria linguística a um destino de frustração e ineficiência. De acordo com Arrojo, tanto a questão do significado, quanto as questões teóricas da tradução e de todo intercâmbio linguístico, somente poderiam ser resolvidas em moldes logocêntricos se o sujeito e sua realidade fossem, também, centrados num racionalismo supra-humano e imutável.
É neste contexto que a autora afirma que o universo logocêntrico deixa de lado o que constitui o eminentemente humano: o ideológico, o cultural, a perspectiva e tudo aquilo que resiste a qualquer pretensão de controle, sistematização ou predeterminação. Dessa forma, ao dizer que a relação entre sujeito e realidade é necessariamente marcada pelas circunstâncias que constituem esse sujeito, diz também que toda tradução traz consigo as marcas de sua realização: o tempo, a história, as circunstâncias, os objetivos e a perspectiva de seu realizador. Arrojo conclui, portanto, que nenhuma tradução pode ser “neutra” ou “literal”.
Relacione as questões centrais desses 2 textos de Arrojo com a reflexão de pelo menos 02 dos outros 03 autores lidos – Cardozo, Frota e Rodrigues (máx. 1000 caracteres);
Em “Tradução: a questão da equivalência”, Cristina Rodrigues aborda o conceito de equivalência a partir das implicações do mito de Babel. Para tanto, estabelece contato entre a desconstrução e os estudos da tradução ao refletir sobre a noção de equivalência, especialmente como colocada por teóricos da tradição essencialista/logocentrista.
Para Rodrigues, a homogeneidade pressuposta pela equivalência não tem lugar no “reino da diferença” instituído a partir da destruição da torre de Babel — a dispersão das tribos e a multiplicidade de línguas não permitem que se pense na absoluta igualdade de valores. De maneira análoga, no âmbito da tradução, a autora ressalta que os signos se relacionam entre si de modo diferente em cada língua e em cada texto. Conceber, portanto, a tradução como uma relação complexa entre dois textos — e não simétrica —, significa conceber a tradução como o lugar da diferença, como um processo que promove a transformação de valores.
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