Questões Sobre o Livro do Bachelard
Por: estudantdeeng • 26/2/2021 • Trabalho acadêmico • 460 Palavras (2 Páginas) • 154 Visualizações
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O livro “A Formação do Espírito Científico” está distribuído em 11 capítulos que objetivam explicar os obstáculos epistemológicos que surgem durante todo um aprendizado e experiência científica, que como o próprio retrata, não são fatores externos como dificuldade de entendimento de um fenômeno, mas sim psicológico e intrínseco a todo o processo de aprendizado científico.
Também, de acordo com a obra, a ciência se opõe à opinião, impossíveis de dividirem o mesmo espaço, mesmo que eventualmente a ciência valide uma opinião. Este efeito se dá por razões que diferem àquelas que fundamentam esta opinião. Fica claro, então que um dos primeiros obstáculos é a opinião.
Ainda antes de sua primeira experiência, Bachelard ousa construir uma hierarquia do erro, que o chama de museu dos horrores e no que se pode imaginar como um conjunto de imagens de pensamentos pré-científicos da alma pueril/professional, porque de acordo com o mesmo, os indivíduos são obrigados a considerar uma falsa ciência que esmaece o real, toda a falsa ciência contra a qual precisamente, o verdadeiro espírito científico deve se constituir” (BACHELARD, 1967, p. 33), estes obstáculos que deveriam ser combatido nos primeiros contatos, acabam-se por tornar o motivo pelos quais novos pensamentos científicos precisam ser realizados.
Ainda neste capítulo, Bachelard divide os obstáculos em 3 principais: O primeiro constata a ideia de que se deve desmistificar as ideias já presentes na nossa formação enquanto indivíduo, lutar contra analogias, metáforas e contra as imagens. Já o segundo, aborda a ideia do conhecimento geral, filosofias gerais e sistemas coesos que já existem e são cientes. Segundo o autor, este tipo de conhecimento nada contribui na formação de um pensamento abstrato, que é utilizado para confrontar as observações obtidas em cada experimento. O terceiro, é o obstáculo verbal -É dado no livro um exemplo de uma esponja, que pode ter diferentes significados e se interpretada de diferentes formas, diferentes finalidades e imagens- e esta primeira imagem a qual o cérebro humano relaciona não contribui para o processo de construção do conhecimento.
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Para Bachelard o conhecimento unitário é um o obstáculo para o desenvolver da ciência, e que todos os pesquisadores devem fugir de associações, analogias e intuições, pois tal forma de pensar é limitante e reduz o pensamento crítico. Entretanto, existem casos em que a intuição está correta e as analogias ajudam achar novas soluções para problemas distintos, por conseguinte não deve ser totalmente ignorada. Segundo o autor, a forma de enxergar e estudar a natureza deve ser pluralizada e ir contra às ideias de caracterizar a ciência da natureza de forma definitiva, o que quer dizer que o espírito científico deve estar em permanente transformação. A Epistemologia é momentânea e específica, ainda como está na obra, um “discurso de circunstância”
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