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REFLEXÃO SOBRE A ARTE POÉTICA DE ARISTÓTELES

Por:   •  22/10/2021  •  Resenha  •  435 Palavras (2 Páginas)  •  191 Visualizações

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 Reflexão sobre a Arte Poética de Aristóteles

Em Arte Poética Aristóteles trata dos elementos da estória, partindo da análise da tragédia de Sófocles, Édipo Rei, pela qual tem declarada preferência.

E é compreensível a paixão do filósofo, pois dessa tragédia ele extrai a organização da arte poética pela primeira vez, definindo de forma clara os elementos que a constituem.

Aristóteles nos diz que toda a forma de arte pode ser imitada, por meios diferentes, ou objetos diferentes, ou de maneira diferente e não a mesma.

Segue explicando que a tragédia é a imitação de uma ação, ou seja, imita pessoas agindo.

 A fábula é a alma da tragédia, seguida dos caracteres, das ideias e da fala, que são seus componentes.

Quanto ao arranjo das ações, salienta que as fábulas precisam ter um tamanho suficiente para que a memória possa abrangê-las por inteiro e deverão ser tão únicas que não possa ser retirada da fábula nenhuma parte, pois, se um de nós o fizer, ela será abalada.

Os fatos inspiram o temor e a pena, e para isso precisamos que um acontecimento decorra do outro, assim como acontece em Argos, onde o assassino de Mitis morre depois que a estátua de Mitis cai sobre ele. Fatos como este são mais admirados porque parecem ter acontecido propositalmente.

As peripécias e reconhecimentos que encontramos dentro da tragédia de Sófocles Édipo Rei são para Aristóteles o mais belo exemplo desses elementos, pois tanto uma quanto a outra acontecem ao mesmo tempo, causando pena e temor, pois o que acontece na estória é proveniente de um erro de Édipo, e não de sua ação consciente.

Sobre o emprego de sinais – que podem ser bons ou ruins – inicia sua explicação com aquilo que tem menos efeito dentro de uma tragédia, seriam estas as cicatrizes, cartas, uma lembrança, silogismos, paralogismos dos espectadores, e o melhor de todos, seriam aqueles decorrentes de suas próprias ações, como acontece em Édipo e Ifigênia.

Os dramas são feitos apenas com aquilo que é essencial e a partir deles, dos dramas, é que se alongam todas as epopéias.

Um desfecho é aquilo que vem depois do reconhecimento, e a linguagem usada nas fábulas deve ser simples, mas não comum, nobre, porém não em excesso.

Difere tragédia de epopéia, principalmente pela extensão que cada uma delas tem e resume comentando que a sua preferência pela tragédia, é simplesmente, porque tudo o que está dentro de uma também está dentro da outra, e na tragédia ainda se tem a música e o espetáculo (ARISTÓTELES, 1995).

Referência

ARISTÓTELES. Aristóteles; Horácio; Longino: A poética clássica. 6. ed. São Paulo: Cultrix, 1995. 33 p. Tradução de: Jaime Bruna.

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