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RESENHA CRÍTICA DA OBRA MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

Por:   •  19/3/2019  •  Dissertação  •  326 Palavras (2 Páginas)  •  376 Visualizações

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Gabriella Mendes Bezerra Neves

RESENHA CRÍTICA DA OBRA MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

Trabalho apresentado à disciplina Hermenêutica Jurídica, ministrada pela Prof.ª Dra.: Lorena de Melo Freitas como requisito parcial para obtenção de nota.

Campus João Pessoa

2019

  A história da obra se passa no começo do século XIX, ocasião em que a família real portuguesa se refugiou no Brasil. Por isso, o romance tem início com a expressão “Era no tempo do rei”, referindo-se ao rei português dom João VI e mostrando vários costumes da época através de diálogos entre entre as personagens, das vestimentas e das construções.

  Um aspecto interessante do livro Memórias De Um Sargento De Milícias é que as personagens não são idealizadas, tal qual como no romantismo, não há visão maniqueísta: todos os personagens tem qualidades e defeitos, dando um ar realista a obra. Dessa forma, desenvolve-se pela primeira vez na literatura nacional a figura do malandro na voz do personagem Leonardo, que, mesmo depois de grande não possui uma visão madura, não tem perspectivas em relação ao futuro, se deixa levar por suas emoções, gosta de desafiar as autoridades e não valoriza o que as pessoas fazem por ele.

  Somando-se a isto, o livro tem um lado voltado para a vida e dia-a-dia de classes mais baixas da população brasileira, podendo-se  observar como a juventude da época se comportava, principalmente quando se reuniam com outros amigos para fofocar e cantar modinhas. A vizinhança não escapa do olhar crítico do autor, que descreve como as vizinhas geralmente tinham forte inclinação para fofocar sobre a vida alheia e provocar discussões.

  Portanto, a obra de Manuel de Antônio de Almeida, diferencia-se das demais publicadas na época, porque utiliza uma linguagem mais coloquial e um tom jornalístico, além de abordar as classes sócias mais baixas e mostra-las como realmente se comportavam, sem idealismos românticos, antecedendo o realismo.

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