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RESENHA CRÍTICA PESQUISA DAS CARTAS DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL EO FILME VERMELHO BRASIL

Por:   •  2/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.165 Palavras (5 Páginas)  •  954 Visualizações

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Resenha Crítica: as Cartas dos Cronistas do Descobrimento e o Filme Vermelho Brasil

O filme Vermelho Brasil conta a história da expedição de Nicolas Durand de Villegaignon ao Brasil por volta dos anos 1550 e sua luta para criar uma colônia, a chamada França Antártica, na formação da identidade brasileira no primeiro século da colonização. O local escolhido por Villegaignon para sua aventura no trecho da costa inicialmente até então virgem e selvagem Baía de Guanabara. A tentativa de conquista pelos franceses desse “paraíso” serviu como pontapé inicial para um maior engajamento dos portugueses na ocupação das terras que haviam descoberto. Assim, de uma pequena fortaleza de madeira construída para combater os invasores – e que tinha como sede de armas uma ilha que até hoje carrega o nome de Villegaignon -, nasceu a cidade do Rio de Janeiro projeto Vermelho Brasil conta esta história pelo ponto de vista de duas crianças, Just e Colombe, órfãos levados na expedição para serem treinados como intérpretes na relação com os “selvagens” nativos.

O “Descobrimento” do Brasil deve, antes de tudo, ser considerado no contexto das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos promovidos nos séculos XV e XVI. Nesta época, Portugal e Espanha se lançaram ao mar em busca de novas terras e, principalmente, metais preciosos. Com isso sabemos, que anos antes dos portugueses, navegadores a serviço da coroa de Castela já teriam avistado terras no sul da América. A esquadra que chegou ao Brasil era composta por experientes navegadores e bastante numerosa. Seu objetivo principal era chegar às Índias com intenção de explorar o comércio de especiarias.

 Quando os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, encontraram uma população indígena que habitava o litoral do território brasileiro. O primeiro contato entre os índios e brancos foram marcados por um período histórico que se inicia com o confronto em virtude da defesa de posses de suas terras que os portugueses tinham interesses de colonizar e explorar para obtenção de lucros e expandir o comercio e a agricultura, pois nesse “novo mundo” a qual eles mencionavam, vislumbravam muitas oportunidades, pois tinham muitas terras para serem exploradas e mão de obra escrava. O trabalho era extrair o pau-brasil e preparar a madeira para embarque era feito pelos indígenas, em troca de roupas, colares, espelhos, facas, serras e machados.

 O índio brasileiro vivia em regime de comunidade primitiva, onde prevalecia a ausência de propriedade privada e a produção era comunitária. O trabalho era dividido de acordo com o sexo e a idade. As mulheres cuidavam da lavoura, das crianças e cozinhavam. Plantava-se principalmente milho, feijão, mandioca, e o tabaco. Os homens caçavam, pescavam, construíam tabas, guerreavam e preparavam o solo para a lavoura. A alimentação obtida na caça, na pesca, na colheita da lavoura que era dividida entre todos os membros da comunidade.

Os selvagens moravam em ocas, dormiam em redes e esteiras que eram fabricadas pelas mulheres. Os índios tinham suas crenças religiosas a vários deuses, adoravam as forças da natureza (vento, chuva, relâmpago, trovão) e tinham medo dos maus espíritos. Jurupari era um espírito mau, provocava pesadelos e apertava a garganta das crianças de noite. O chefe religioso da aldeia era o pajé, que possuía poderes mágicos.

O casamento era monogâmico, embora os chefes tivessem tantas esposas quanto pudessem sustentar. O número de esposas era fator de prestígio na tribo. Analisando os relatos das “Cartas’ e o filme “Vermelho Brasil ” segundo o autor Jean de Léry os índios eram organizados, criativos, unidos, solidários tinham muito asseio e aplicavam suas próprias regras e leis dentro das aldeias.

                     Que entre se dividem todos os encargos domésticos”

“Que os oleiros daqui não poderiam fazer vasos de barros mia formosos”

“Que somos servidos com asseio”

“Recebem com grande humanidade os estrangeiros que vão visitar”

   (Jean de Léry, P.73)

Jean Léry descreve de forma diferente dos outros autores, das cartas, analisando o conteúdo, ele relata sobre a terra e o modo que os nativos viviam, o autor não apresenta preconceito observado, mas com simpatia ao seu semelhante e com respeito. Julga-se que, ele encontrava naquele espaço selvagem não para impor suas ideologias aos nativos, mas sim no intuito de entender como aqueles índios viviam em comunidade nas aldeias.

 Quando analisamos outras cartas é possível notar nas descrições os interesses e preconceito que os mesmos apresentava a respeito aos índios e bem nítida e as ideologias e suas crenças religiosas que eles impunham aos nativos.

 Alguns descreve, sobre a catequese que era imposta aos nativos segundo os textos, sem nenhuma resistência por parte dos índios, observamos no decorrer de todo o enredo montado para a prática da catequese, os padres e os protestantes mencionavam o pecado que seria coisa demoníaco um cenário de maniqueísmo, o bem representado na figura da igreja e o mal referiam a tudo que os índios acreditavam.

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