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Resenha Acadêmica da obra Multiletramento e Multimodalidade: ações pedagógicas aplicadas à linguagem, destaco o texto “Campanha publicitária, tecnologias, e re(construção) de identidades no espaço escolar”

Por:   •  15/4/2020  •  Resenha  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  393 Visualizações

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Resenha Acadêmica

Ariele Dias[1]

              Na obra intitulada Multiletramento e Multimodalidade: ações pedagógicas aplicadas à linguagem, destaco o texto “Campanha publicitária, tecnologias, e re(construção) de identidades no espaço escolar”, capítulo elaborado pela professora Renata Garcia Marques, formada em Letras-Português pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS); especialista em Mídias em Educação pela universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Atualmente, doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). O livro tem 188 páginas, foi publicado no ano de 2016 e tem como editora Pontes Editores. Além disso, as organizadoras da obra são Dorotea Frank Kersch, Carla Viana Coscarelli e Josiane Brunetti Cani.  

        Inicialmente, o capítulo trata sobre as tecnologias que transformam a sociedade e os indivíduos. Além do mais, destaca-se a popularização do celular, o qual deve ser reconhecido pela escola como uma ferramenta potente para o ensino de Língua Portuguesa, visto que os tempos mudaram, e as tecnologias devem ser encontradas inseparáveis do contexto escolar e das vidas dos alunos. Além disso, é ressaltada a importância dos gêneros textuais relacionados às tecnologias, visto que os gêneros são práticas discursivas e estão presentes em todas as esferas de circulação de discursos, sendo midiática ou não.

        No texto, a autora destaca a linguagem como interação por meio do projeto didático de gênero, que proporciona um trabalho coletivo entre aprendizes e docentes, sempre vinculado a uma prática social, em que o processo de aprendizagem torna-se significativo tanto para o aluno quanto para o professor. Tendo em vista a aplicação do PDG em sala de aula, o trabalho com gêneros nessa perspectiva, tem o objetivo de explorar a prática linguareira, possibilitando ao estudante interagir com o processo de  construção do seu próprio conhecimento.

         A autora cita alguns autores como Guimarães e Kersh, idealizadoras do projeto didático de gênero, além de Schneuwly Dolz, autor que serviu de inspiração para o PDG por meio das sequências didáticas. Além disso, o capítulo aborda a importância do trabalho com os gêneros textuais como instrumentos de aprendizagem, pois eles representam a prática linguareira da sociedade. Propõe-se uma reflexão sobre o cenário da educação básica nacional, visto que é preciso explorar o ensino da língua com qualidade e significado para os estudantes.  Dessa forma, ao longo do texto, o projeto didático de gênero em sala de aula é tido como potente , uma vez que o gênero, no PDG, é o fio condutor para o ensino de língua materna e possibilita aos docentes várias possibilidades de trabalho e até mesmo, um olhar mais atento para o uso das tecnologias.

        Em um segundo momento, a autora relata sobre a escola ser a maior agência de letramento, assim, professores devem repensar o papel da leitura e da escrita frente à tecnologia, pois, os espaços online oportunizam e estimulam os usuários a participarem de diversas atividades de maneiras diferentes, o que gera aprendizagem. Nessa perspectiva, a autora aponta para a transposição dessa lógica de produzir aprendizagens, isto é, trabalhar com a linguagem apoiada na internet e nos recursos digitais, utilizando-os como ferramentas pedagógicas.

        A autora entende que com as tecnologias, o texto ganha inovação, recursos e materialidade na tela.  Barton e Lee  são citados no texto  e dizem que “os textos multimodais são onipresentes em nossas vidas cotidianas”. Atualmente, são vários os aplicativos disponíveis, que possibilitam a liberdade de criar e hibridizar elementos e escolher os recursos multimodais de acordo com seu propósito. No entendimento da autora, a tela se tornou um espaço para a produção de gêneros digitais, híbridos, colaborativos, criativos e compartilhados, os quais possibilitam novas formas de aprendizagens atreladas às tecnologias.

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