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Resenha Crítica :O Nacionalismo Literário

Por:   •  1/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  399 Palavras (2 Páginas)  •  956 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS REALEZA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS: PORTUGUÊS E ESPANHOL – LICENCIATURA

Acadêmica: Marciele Mariza Züge

Resenha crítica sobre o capítulo “O nacionalismo literário”.

Segundo Antonio Candido, o nacionalismo “foi o espírito diretor que animava atividade geral da literatura”, ou seja, era visto como a principal característica do romantismo, tendo em si cravado a essência do próprio país.

Foi essa valorização da pátria, que fez com que os autores brasileiros sentissem o desejo de reconhecimento do Brasil na Europa, querendo mostrar que o Brasil tinha capacidade de produzir literatura de qualidade, queriam que as obras tivessem a “identidade brasileira” reconhecida, munindo-se do patriotismo como seu alicerce principal.

O Romantismo no Brasil possui algumas peculariedades se comparado ao europeu, é claro que ele ocorreu de acordo com a estética do movimento europeu, contudo possuindo a temática brasileira, tendo como eixo norteador a forte presença do país, suas tradições, costumes, sentimentos, etc., apesar disso, as descrições relacionadas ao país é de um Brasil irreal e idealizado.

Para ilustrar as características e peculiaridades do romantismo, o autor Antonio Candido descreve os temas Religião e Indianismo presentes nas obras, em que a temática religiosa aparece em todas as obras do Romantismo brasileiro. Entretanto, a religião dominante no país, a católica, tem menor expressão se comparada à religiosidade, tida como “abertura da sensibilidade para o mundo e as coisas através de um espiritualismo mais ou menos indefinido” e a presença do sentimento religioso oscila entre a fé específica, institucionalizada até a um quase panteísmo.

O segundo elemento do movimento é o indianismo. O principal objetivo do cultivo desse tema é a criação do brasileiro típico, do herói da fundação do país, e o índio é essa representação do Brasil, contudo esse índio é europeizado, transformado em um personagem embranquecido. Segundo Candido, “não há duvida que, deformado pela imaginação, ele se prestava a receber as características que o Romantismo lhe impôs”.

De acordo com o autor, a valorização do nacional (idealizado), reflete o desejo de valorização do pessoal, permitindo assim, a libertação graças à definição de autonomia estética e política, e o direito de expressar os sentimentos individuais.

Assim, a crença de que a literatura brasileira existia e era legitima, baseava-se na presença de elementos universais particulares, sendo possível aos autores o direito a expressão individual, assim o espírito cavalheiresco é enxertado no bugre, a ética e a cortesia do gentil-homem são trazidas para interpretar o seu comportamento”.

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