SEMÂNTICA FORMAL
Por: veronicalves230 • 30/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.515 Palavras (7 Páginas) • 244 Visualizações
INTRODUÇÃO
Conforme Roberta Pires, a Semântica é uma área de estudos não muito simples de se explicar, pelo fato de buscar o “significado” das palavras e das sentenças, mas quando se diz isso entramos em um conflito grande porque usamos esse termo para descrever situações de fala diferentes. E caso tentarmos incluir tudo e outras coisas nesse termo, teremos que construir um método sobre significado, porque já não saberemos mais o sentido da palavra. No entanto parecem vários problemas e questões sobre o significado que os semanticistas ficam a enfrentar e buscar respostas possíveis.
Desse modo, com tantas questões e varias formas de se descrever o significado, se tem outras semânticas. Para cada uma se tem uma noção particular de significado, como na Semântica Formal o significado é um termo complexo que se compor de duas partes, o sentido e a referência. A Semântica da Enunciação, herdeira do estruturalismo, o significado é o resultado do jogo argumentativo criado na linguagem e por ela. Já a Semântica Cognitiva, o objeto é a superfície linguística de um conceito, o conceito que é adquirido por meio de nossas manipulações. Embora já se saibamos um pouco sobre essas três formas de fazer semântica, vão a fundo de suas teorias.
SEMÂNTICA FORMAL
A semântica formal é tomada como um referencial teórico e grande inimigo a ser destruída, ela descreve o problema do significado a partir do ponto que as sentenças se estruturam logicamente. Um pioneiro neste assunto, Aristóteles, mostra que há relações de significado que se dão independentemente do o conteúdo das expressões, mas esse raciocínio se garante apenas pelas relações que se estabelecem entre os termos, independentemente do significado. Em geral, a semântica deve muito à definição de significado colocada pelo alemão Gottlob Frege(1848-1925) que apresentou duas contribuições, a distinção entre sentido é referência e o conceito quantificador, o autor afirma que só é possível o estudo científico do significado se diferenciamos as demais coisas para ficar somente aquelas objetivas, desse modo ele exclui da semântica o estudo das representações individuais que uma dada palavra pode provocar. Mas, a Semântica estuda os aspectos objetivos do significado, porém com aqueles que estão abertos à inspeção pública, então para essa objetividade tem que ser assentida entre os membros de uma comunidade.
E o sentido é, pois, o que nos permite chegar a uma referência no mundo Frege precisa dessa distinção porque sem ela não é possível explicar a diferença, tanto que o sentido de referência é embora ambas as sentenças tenham a mesma referência, elas expressam pensamentos diferentes, porque o sentido é o caminho que nos permite alcançar a referência, quando descobrimos que dois caminhos levam à mesma referência, aprendemos sobre esse objeto, sobre o mundo. Para explicar a diferença ente sentido e referência, ele propõe uma analogia com um telescópio apontado para a lua. A referência seria a lua, pelo a propriedade daqueles que a observam, no entendo ela pode ser vista de varias formas e ângulos que nos mostra algo novo, a imagem da lua que formada pelas lentes do telescópio é o que todos vemos, essa imagem compartilhada seria o sentido, no entanto a imagem mental que cada um de nós forma da imagem objetiva do telescópio está fora da Semântica.
O sentido só nos permite conhecer algo se a ele corresponder algo se a ele corresponder uma referência, em outras palavras, o sentido permite formular um juízo de valor, que é avaliar se o que dizemos é falso ou é verdade. Por assim, para Frege, mas não para a Semântica Formal contemporânea, sentenças que falam de personagens fictícios carecem de valor de verdade, essa preposição de existência faz parte das condições de verdade da sentença, mas não do sentido. E a solução do autor foi caminhar paralelamente à solução com relação aos nomes próprios que indicam seres imaginários. Agora Beltrame Russell tem outra solução, ele trata o artigo definido “o” como um quantificador. Essa proposta trata a pressuposição existencial como parte do conteúdo da sentença.
Em 1970 aconteceu uma explosão de trabalhos sobre a preposição, dentre eles o trabalho de Oswald Ducrot que mostra a Semântica Formal oferece para a pressuposição em particular e para o significado geral.
SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO
Segundo Ducrot, a Semântica Formal é inadequada porque se respalda num modelo informacional, em que o conceito de verdade é externo à linguagem. A Semântica Formal na linguagem é um meio para alcançarmos uma verdade que está fora da linguagem, o que nos permite falar sobre o mundo e adquirir um conhecimento seguro sobre ele. O conceito de referência de Frege seja um realismo. Antes é necessário distinguirmos entre semânticas objetivas ou realistas, que postulam uma ordem no mundo que dá conteúdo à linguagem, e semânticas mais próximas do relativismo, que acreditam que não há uma ordem de mundo que seja dada independentemente da linguagem e da história. Já a Semântica da Enunciação está inscrita nessa perspectiva, mas há abordagens formais que não se vinculam a uma metafísica realista.
Semântica da Enunciação, a referência é uma ilusão criada pela linguagem, pois todos estão ligados à linguagem. Algumas diferenças de concepção da linguagem surtem efeitos na forma como os fenômenos semânticos são descritos. Já nas versões atuais da Semântica da Enunciação, o conceito de pressuposição é substituído pelo do enunciador. É bom lembrar que a Semântica da Enunciação abre mão da ideia de que há sentença, entidade cujo sentido não depende do contexto em que ela é dita, ao contrario, e por isto sempre falamos em enunciação. Assim, ela analisa sempre em termos de argumentação.
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