Vicio e volante - Redação
Por: Lecinhos • 28/4/2017 • Dissertação • 387 Palavras (2 Páginas) • 206 Visualizações
Vício e volante
Os seres humanos, donos do planeta, senhores da vida e da morte, dos prazeres e dos vícios; invulneráveis às conseqüências dos próprios atos, desafiam as leis da natureza, desprezando a Física, a Fisiologia e cultivando o descuido, o desrespeito com a vida (própria ou alheia), com o patrimônio (próprio ou alheio), lançando mão do consumo de substancias psicoativas diversas para o alcance pleno do prazer e bem estar infinitos... Essa é uma visão extremista que nos transporta às “fatalidades” diárias no transito brasileiro; onde aproximadamente 50% das ocorrências graves estão diretamente relacionadas ao consumo de substâncias psicoativas, especialmente o álcool, curiosamente uma droga culturalmente aceita e largamente difundida entre a população, cada vez mais jovem.
O consumo de bebidas alcoólicas, como qualquer outra substância com propriedades semelhantes, gera uma infinidade de males que vão desde um simples mal estar, uma ressaca, uma briga a um acidente automobilístico fatal, um “crime de trânsito”, um acidente de trabalho... São imprevisíveis as conseqüências e impossíveis de se avaliar, em sua totalidade, os prejuízos emocionais às famílias, à sociedade e ao próprio indivíduo, os lares desfeitos, os empregos e a dignidade humana perdida para a bebida ou para a ideologia da ostentação, do prazer prolongado, do falso status e do socialmente aceito. Não dá para ignorar que o consumo de bebidas alcoólicas impulsiona a vida e a economia, de maneiras distintas é claro, porém, para o bem ou para o mal. A culpabilidade e as conseqüências danosas do consumo do álcool não deve ser atribuída exclusivamente a esse líquido “inconsciente”, nós somos conscientes até o último gole e consumimos substâncias entorpecentes por livre arbítrio; o álcool (droga da felicidade) nem sempre deve ser encarado como potencializador das faculdades negativas do ser humano, já que vez por outra revela, justamente, as características positivas! Como num remédio: a diferença entre o benefício e malefício é a dose.
A busca constante da felicidade em tudo, a todo momento e a qualquer custo, transforma tudo a nossa volta em ferramentas a nosso favor, sem que isso possa ser absolutamente impróprio ou eternamente próprio. O ser humano é livre para escolher a “ferramenta” adequada nessa busca insaciável, porém, é igualmente livre para aceitar as conseqüências inevitáveis das suas ações, não há vilões nem mocinhos com relação ao consumo consciente do álcool, apenas seres humanos.
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