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A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por:   •  6/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  418 Visualizações

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

As discussões em torno das temáticas: Alfabetização e Letramento leva-nos a uma série de contradições, limites e possibilidades do processo ensino-aprendizagem, além do apontamento de caminhos e descaminhos que vimos percorrendo ao longo dos anos.

Em se tratando do Brasil, sabe-se que o fracasso na alfabetização dos alunos atinge índices altíssimos, e que durante muito tempo o cenário de reprovação na etapa inicial do ensino fundamental, prevaleceu nas escolas de ensino básico. Críticas fundamentadas em dados numéricos elevados, foram protagonistas da denominação do modelo de Alfabetização – que utilizava-se quase que exclusivamente do sistema fonológico e gráfico na aprendizagem da língua escrita – como responsável pelo fracasso escolar.

Advindo dessa nova realidade, surge a necessidade de um novo método de ensino, que ultrapasse os fenômenos distintos da alfabetização; desenvolvido num contexto de práticas sociais de leitura e escrita, denomina-se o: Letramento, esse, por sua vez, se comprometia em assegurar o desenvolvimento das habilidades necessárias de leitura e escrita para uma participação efetiva dos educandos nas mais diversas práticas sociais.

No entanto, mais uma vez nos deparamos diante de outra tentativa fracassada de aprendizagem da língua escrita nas escolas brasileiras. Se antes o fracasso estava presente/contido em avaliações internas à escola e somente se estendia até os anos iniciais do ensino fundamental, hoje chegamos a um nível de fracasso que alcança avaliações externas à escola e perdura durante todo o ensino fundamental, chegando ao médio e tendo como consequência a formação de indivíduos incapazes de ler e interpretar, assim como, escrever de acordo com as normas ortográficas (não alfabetizados ou semi-alfabetizados).

Há uma série de hipóteses responsáveis por essa faceta, uma delas e provavelmente a mais relevante, seria a perda das especificidades do processo de alfabetização, tendo essa, por sua vez, vários apontamentos de causa. Percebe-se então, na íntegra, que quando se deveria apenas ter ocorrido uma tentativa de fuga excessiva dessa especificidade, na verdade, acabaram por findar a necessidade da mesma como uso para a “alfabetização” dos alunos.

Com as críticas decorrentes desse novo método – ausência do ensino direto, explícito e sistemático de transferência sonora para a forma gráfica – surge à possibilidade de retorno ao método exclusivamente fônico (teoria do radicalismo), como se para resolver o problema fosse impreterivelmente necessário a escola estar de um lado ou do outro.

Não atinge-se um resultado positivo no sistema escolar negando os avanços teóricos conquistados, nem tampouco retornando a um passado de descaminhos já superados. Faz-se necessário a busca por novos caminhos que possam levar em conta os motivos de sucessos e fracassos de ambos os métodos (Alfabético e Letramento).

Levando em consideração a trajetória histórica do processo escolar, conclui-se que a utilização apenas do convívio com o material escrito que circula nas práticas sociais; aprendizagem que se dá por modo incidental, implícito e assistemático, onde os alunos podem descobrir por si só as relações fonema-grafema – Letramento (teoria sem método), ou com o processo que utiliza-se

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