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A Alfabetização e Letramento

Por:   •  30/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.838 Palavras (8 Páginas)  •  250 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

Uma supervisora escolar precisa construir uma proposta de formação continuada durante um semestre letivo, sobre a alfabetização e letramento para os alunos do 1º ao 3º ano dos anos iniciais, considerando além das práticas tradicionais, o direito de brincar e a utilização das tecnologias como ferramenta de aprendizagem.

A supervisora logo de início constatou que as professoras do 1º ao 3º ano apresentavam muitas dificuldades em relação à alfabetização das crianças, com argumentos e reflexões pedagógicas muito diferentes entre si. Percebeu também, que algumas professoras acreditavam que a alfabetização das crianças exigia, por parte destas, muita seriedade com propostas de atividades intensas diárias e muita tarefa de casa para garantia da aprendizagem exitosa dos alunos. Outras professoras questionavam e afirmavam, com muita veemência, que as crianças eram desligadas, que não tinham interesse nas atividades escolares, preferindo as brincadeiras e o uso de tecnologias como a internet.

Após sistemática observação das aulas e rodas de conversas com os alunos a supervisora realizou uma criteriosa análise dos dados obtidos onde observou a dificuldade de compreensão das professoras em integrar todos os componentes de aprendizagem da matriz curricular de forma a ser interessante para a aprendizagem dos alunos.

Por fim, convidou a direção da escola para expor suas conclusões ao grupo de professoras.

Ao finalizar a socialização do processo que realizou, a supervisora afirmou que para que os problemas e angústias nos relatos em relação à alfabetização das crianças do 1º ao 3º ano fossem solucionados, fazia se necessário à construção de um plano de formação para o grupo de professoras, em que tanto aspectos legais, quanto pedagógicos deste processo, pudessem ser estudados e debatidos com o grupo de professoras.

Para a efetivação desta formação, a supervisora ficou com a tarefa de elaborar um projeto de formação para um semestre, que contemplasse as necessidades observadas e refletidas por ela.

2 - REVISÃO DE LITERATURA

Porque alfabetização e letramento são conceitos frequentemente confundidos e sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo, que é importante aproximá-los: a distinção é necessária porque a introdução, no campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de alfabetização; por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera se e reconfigura-se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele. Magda Soares, A reinvenção da alfabetização.

No processo de formação em serviço das professoras que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental vale ressaltar a importância de considerar os dois conceitos que envolvem o aprendizado da língua escrita alfabetização e letramento, porém sem desmerecer as especificidades que envolvem cada um deles; e ainda introduzir na prática pedagógica das professoras o uso de jogos e das tecnologias no cotidiano das aulas.

O uso de jogos na alfabetização são ferramentas essenciais para compreender e dominar a escrita alfabética e substituir o aprendizado mecânico.

Nesse processo de formação é importante que seja retomado as características dos termos alfabetização e letramento e a reflexão sobre o papel das professoras para que estas possam considerar, nas suas atividades diárias, uma proposta de alfabetizar, de forma lúdica, proporcionando a formação de leitores e escritores competentes.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, o objetivo do trabalho com a leitura é promover a formação de leitores competentes:

Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros já lidos, que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos. BRASIL, 1997, p. 54.

Se o objetivo da escola é formar cidadãos capazes de compreender os diferentes textos que circulam na sociedade, é preciso ter um planejamento pedagógico onde os alunos possam vivenciar as diferentes dimensões da leitura.

3 – JUSTIFICATIVA

Nas aulas para os alunos do 1º ao 3º ano, a utilização dos jogos é um meio de oferecer às crianças um ambiente de aprendizagem prazeroso, motivador e planejado, com possibilidades de serem alfabetizados e letrados.

No cotidiano, é comum as professoras muitas vezes preocupadas com o processo de alfabetização e letramento esquecer que cada criança tem seu tempo e que precisam de estímulos, para alcançar esse objetivo. Assim, acabam deixando os jogos de lado, esquecendo-se que estes são instrumentos importantes para o êxito do processo de alfabetização.

Os jogos como coadjuvantes, na alfabetização, representam mais do que uma mudança de concepção, pois sua utilização deve ser baseada em uma mudança de valores em sociedade, com reflexões dos professores, diretores, pais, alunos e comunidade.

Os jogos e brincadeiras são tão importantes para o desenvolvimento das crianças, tornando-se assim um direito garantido tanto em algumas leis específicas quanto em referenciais para a educação básica:

a) a Declaração Universal dos Direitos das crianças, que foi aprovada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 20 de novembro de 1959. Representantes de centenas de países aprovaram a Declaração dos Direitos da Criança, que foi adaptada da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Princípio 7 - toda criança tem direito de receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver suas habilidades. Também a criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito. (Declaração Universal dos direitos da Criança, segundo ONU, 1959)

b) Constituição Federal do Brasil: artigo 227 elenca os direitos fundamentais da criança como o direito à dignidade, à educação, à saúde, ao lazer, à alimentação, à profissionalização, à cultura, ao respeito, à vida, liberdade e à convivência familiar e comunitária. (Brasil, 1988) 15

c) estatuto

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