A Alfabetização e Letramento

O processo de alfabetização se torna de extrema importância na vida de todo estudante para que se possua um bom desenvolvimento, sendo necessário que ocorra de uma forma correta, evitando prejuízos em sua vida acadêmica. Muitas pessoas questionam os processos de alfabetização utilizados atualmente. Conforme estudamos, os métodos de alfabetização, o sintético e o analítico, ainda se fazem presentes no sistema educacional brasileiro, tanto no âmbito do ensino público quanto do privado. O método sintético aborda o estudo das unidades menores da língua, sendo eles o fonema, a letra, a sílaba, ocorrendo da parte para o todo.

Para os métodos analíticos, a criança não começa a aprender as palavras primeiro pelo alfabeto, silabas, letras ou sons, mas sim pela palavra em si. Dessa forma, baseia-se como unidade de análise a palavra, a frase e o texto, como estratégia de início, realizando depois a análise das unidades menores da língua. Sendo assim, os métodos analíticos fazem um caminho inverso dos métodos sintéticos, ou seja, partem das unidades completas que depois são fragmentadas, ou seja, divididas, separadas e analisadas em unidades menores.

O método global integra o conjunto dos métodos analíticos que se orientam no sentido do todo para as partes. Defende que a criança percebe as coisas e a linguagem em seu aspecto global, que a leitura é uma atividade de interpretação de ideias e que a análise de partes deve ser um processo posterior.

Ao analisarmos o conteúdo abordado na Live (Diálogos sobre Alfabetização - Perspectivas discursivas para a Alfabetização II), mediado pelas professoras Cecília Goulart e Maria Cristina, podemos perceber que na perspectiva defendida por elas, se aproximam dos métodos globais e analíticos, pois elas se referem a linguagem como ponto chave do processo educativo. Diferentemente dos métodos sintéticos. Na perspectiva discursiva entende-se sujeitos e a linguagem fundamentais para o processo de formação e alfabetização.

Portanto, na perspectiva do diálogo, a criança deve ser vista como um sujeito social, participante de seu processo de formação. Baseia-se em uma prática de ensino flexível e em constante mudança, cultiva uma visão de ensino e aprendizagem, introduz sistematicamente contribuições de pesquisa com base na interação professor-aluno e os orienta a se engajar na prática reflexiva. Este trabalho mostra que a prática pedagógica operacional baseada no ensino de textos promove a aprendizagem da linguagem escrita e de leitura por meio da prática do ensino do discurso, em que a interação entre os participantes do processo de aprendizagem permite a produção de textos. Essa pode ser uma forma possível de estimular os alunos a gerar conhecimento, pois cria espaço e permite a interação e o diálogo entre os temas históricos e sociais.