A Alfabetização e Letramento
Por: Mi Acadêmicos • 21/10/2023 • Trabalho acadêmico • 4.232 Palavras (17 Páginas) • 83 Visualizações
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
SOBRENOME, Nome do acadêmico[1]
SOBRENOME, Nome do orientador[2]
Resumo
Ao se falar sobre o processo de alfabetização e treinamento, deve se ter consciência que são dois conceitos distintos, porém indissociáveis, devem estar sempre juntos. O letramento se torna um grande aliado da alfabetização visto que designa a leitura ao seu uso em práticas sociais. Esse trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas, permitindo compreender a importância de se criar novas práticas educativas que insiram a criança na sociedade através de uma leitura crítica e ao mesmo tempo prazerosa para que se alcance um ensino de qualidade.
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Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Práticas Pedagógicas.
1.INTRODUÇÃO
A educação é um direito de todo cidadão brasileiro, para que se qualifiquem e se aprimorem em sua vida social. A leitura é a porta de acesso para o mundo, saber ler e escrever permite que as crianças tenham mais oportunidades, se torne mais independentes no cotidiano e tenham acesso à informação e produção de conhecimento. Tudo isso nos faz refletir sobre a importância da Alfabetização, e atualmente junto com esse tema tem se discutido um outro com grande importância, o letramento.
Alfabetização e letramento são temas diferentes. Uma pessoa alfabetizada é aquela que conhece as letras, sabe codificar e decodificar um texto, mas não necessariamente o que esse texto quer dizer. Ser letrado é entender o texto e interagir com ele, ter condições de fazer com que esse texto seja compreendido e até modificado.
Muitas crianças, ao final da alfabetização não dominam a leitura e escrita alunos não dominam a leitura e escrita pois os professores encontram dificuldades em avançar com os alunos pelas dificuldades enfrentadas pelos mesmos, desse modo, acontece o fracasso e consequentemente a evasão escolar.
As práticas pedagógicas precisam ser revisadas com o objetivo de reverter esta situação, pois acredita-se que o aluno necessita de estímulos e motivações para poder construir seu conhecimento de forma prazerosa, e não de uma aprendizagem mecânica.
O objetivo do presente trabalho é refletir sobre a alfabetização e letramento, dando prioridade a importância das atividades de leitura e produção de texto, levando os professores a reflexão, onde repensem sua prática pedagógica com a finalidade de desenvolver a capacidade de seus alunos.
É de extrema importância que os professores reflitam sobre as dificuldades enfrentadas na alfabetização, para que possam realizar o trabalho pedagógico partindo da realidade do aluno, de tarefas concretas, ensinando e mostrando como fazer uso dessa aprendizagem no mundo social.
O presente artigo é de suma importância, pois traz a todas essas reflexões, em que o aluno não deve ser apenas alfabetizado, e sim também letrado, pois ambos os processos são importantes e indissociáveis. Sem saber decodificar os textos, a criança não consegue lê-los. A leitura precisa fazer sentido para a criança, para que se garanta a compreensão do mundo a sua volta. Logo, o ideal é alfabetizar e letrar ao mesmo tempo.
O trabalho foi realizado a partir de pesquisas bibliográficas que abordaram o tema e contribuição para a construção desse e para uma melhor compreensão acerca da importância do trabalho de alfabetizar letrando para que se insira a criança na sociedade que se fundamenta em leitura.
2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
2.1 Alfabetização
Uma pessoa alfabetizada é quando ela consegue usar letras para escrever palavras, frase e até mesmo textos, é quando ela consegue codificar e decodificar essas letras e consegue ler. Ferreiro (1999, p.47) afirma que:
a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior a escola é que não termina ao finalizar a escola primária.
Pode-se dizer que uma criança está alfabetizada quando ela consegue fazer essas associações de forma autônoma e consegue escrever de uma forma que o outro compreenda, da mesma forma que consegue lê entendendo o que está sendo lido.
Alfabetizar é oferecer instrumentos de cultura para as crianças, de maneira lúdica, em ordem crescente de dificuldade para que as crianças compreendam como funcionam esses símbolos abstratos, como interagem entre eles e como são grafados.
Após aprender a ler e a escrever, novos desafios surgem para os alfabetizandos, eles precisam saber para que servem essas letras e palavras que se combinam e formam mais variados textos que acabaram de aprender, saber como, quando e porque utilizar a língua portuguesa é um outro processo que passou a ser identificado como letramento.
2.2 Letramento
A mudança do século XX para o século XXI foi marcada por muitas mudanças na conjuntura mundial, como a globalização, a evolução de tecnologias e tudo isso vai mudando o mercado de trabalho, as relações sociais, as relações pessoais e até mesmo a educação. A partir dos anos 80 surgem pesquisas na área da linguística, psicolinguística, sociolinguística, da psicologia como, por exemplo, a publicação dos trabalhos da Emília Ferreiro e Ana Teberosky e a tradução dos trabalhos russos que contribuíram muito para a educação.
Em consequência disso foi ficando claro o abismo entre a escrita escolar e a escrita na sociedade. A escrita escolar marcada por ensino mecânico da cópia, da soletração, de uso de textos artificiais. E a escrita na sociedade, a escrita das múltiplas linguagens, e com essa defasagem nasceu o conceito letramento como um apoio para que a escola se abrisse e atendesse as demandas sociais, ou seja, alfabetizar-se para o mundo e não só para a própria escola.
À medida que o analfabetismo vai sendo superado, que um número cada vez maior de pessoas aprende a ler e a escrever, e à medida que, concomitantemente, a sociedade vai se tornando cada vez mais centrada na escrita (cada vez mais grafocêntrica), um novo fenômeno se evidencia; não basta aprender a ler e escrever. As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas não necessariamente incorporam a prática da leitura e da escrita, não necessariamente adquirem competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com práticas sociais de escrita... (Soares, 1998 p. 45-46)
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